Amamentação x coronavírus: leite materno não transmite

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Especialistas ouvidos pelo G1 (portal de notícias de O Globo) explicam que não há evidência de que o leite materno transmita o vírus da Covid. Mulheres com suspeita ou confirmação de COVID- 19 podem manter a amamentação, desde que sigam as recomendações de higiene.

A amamentação durante a pandemia trouxe dúvidas para as mães. O leite materno é o alimento mais indicado para a saúde e o desenvolvimento dos bebês, mas será que a amamentação deve ser mantida mesmo quando a mãe está contaminada com a doença? Ministério da Saúde, outros órgãos de saúde e especialistas explicam que o leite materno não oferece riscos à criança.

Pamella Holanda diz que DJ Ivis a agrediu por amamentar a filha enquanto estava com COVID-19.Durante participação no ‘Encontro com Fátima Bernardes’ na terça-feira, dia 13/07, ela afirmou que foi orientada por seus médicos a amamentar a filha. Pamella disse que não havia denunciado as agressões antes por medo, dependência financeira e receio de ser desacreditada.

“A Mel tinha quase um mês. Naquela ocasião eu estava com a doença e todos os médicos me aconselhavam a amamentar. Ele não que eu amamentasse porque disse que eu ia passar COVID19”, disse Pamella que foi agredida pelo marido e divulgou o vídeo nas redes sociais. O DJ Ivis é do Ceará e faz muito sucesso, ou pelo menos fazia, pois sua violência contra a mulher fez elke perder contratos e patrocinadores.

Existe comprovação científica da transmissão do vírus da COVID-19 pelo leite materno?

De acordo com o documento da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde não há constatação científica significativa que demonstre a transmissão do vírus da Covid-19 através do leite materno. Está comprovado que a transmissão do coronavírus se dá, principalmente, pelo contato de uma pessoa doente por meio de gotículas respiratórias emitidas quando a pessoa tosse, espirra, ou por saliva ou secreção do nariz.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é manter o aleitamento materno em livre demanda de modo exclusivo até 06 (seis) meses. “Parece improvável que a doença seja transmitida por intermédio do leite materno, seja através da amamentação ou pela oferta do leite extraído por uma mãe que é confirmada/suspeita de ter COViD-19”, afirma os autores do documento do Ministério da Saúde.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as mães com suspeita ou com diagnóstico de COVID-19 que quiserem amamentar devem os seguintes cuidados:

01) usar máscara facial (cobrindo completamente nariz e boca) durante o ato de amamentar o bebê;

02) evitar falar ou tossir durante o ato de amamentar para reduzir as chances de transmissão do vírus;

03) máscara utilizada pela mãe deve ser trocada imediatamente em caso de tosse ou espirro;

04) a mãe deve utilizar uma máscara nova a cada nova mamada;

05) antes de trocar o bebê ou retirar o leite materno, a mãe deve estar com as mãos lavadas.

Segundo Plinio Trabasso, médico infectologista e coordenador de assistência do Hospital das Clínicas da Unicamp, a mãe deve continuar amamentando enquanto tiver condições físicas. A amamentação pode ser suspensa em casos graves ou caso a mãe não se sinta bem ou confortável para realizá-la. “A suspensão da amamentação depende do gravidade do quadro clínico da mãe. Enquanto ela tiver condições físicas de amamentar, deve continuar o aleitamento”, afirma o infectologista.

 

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