Em Ponte Nova aconteceu o retorno das aulas presenciais. Na última segunda-feira, dia 16, elas começaram na rede privada. A rede municipal tem debatido o assunto e colocou normas, como, por exemplo, a vacinação dos professores, pelo menos 1ª dose. As aulas presenciais voltaram na maior parte do país.
Animados com a queda no número de hospitalizações e mortes causados pela COVID19 estados e municípios de terminaram a volta às aulas nas escolas públicas e privadas. Alguns estabelecimentos de ensino ainda adotam rodízio entre os alunos, outros já recebem 100% dos estudantes.
Embora o momento ideal para o retorno das aulas presenciais ainda seja motivo de discussão, poucos discordam de que o ensino remoto seja prejudicial para crianças e adolescentes. Assim, com a vacinação parcial ou completa dos funcionários e professores, as escolas voltam às aulas com protocolos de prevenção para evitar surtos nas comunidades escolares.
Para além dos protocolos adotados pelas escolas, uma questão vem sendo pouco discutida: para que a volta às aulas presenciais não cause aumento significativo no número de casos de COVID-19, é preciso comprometimento das famílias. Assegurar que as crianças e os adultos que morem com elas não se exponham a riscos desnecessários é fundamental para garantir a segurança de toda a comunidade. Crianças e adolescentes estão vivendo há mais de um ano privados do convívio social com seus principais amigos. Nessa fase do desenvolvimento, a socialização é muito importante, em especial para adolescentes. Contudo, é necessário fazê-los entender que se não respeitarmos as medidas não farmacológicas de prevenção fora da escola, não teremos como garantir a segurança dentro do ambiente escolar.
CUIDADOS NA VOLTA ÀS AULAS
A prioridade neste momento, em que crianças e jovens ainda não foram vacinados e que há a circulação da variante Delta, deve ser a escola. Reuniões, festas e demais situações que promovam aglomerações desnecessárias, principalmente em locais fechados e sem uso de máscara, não devem ser autorizadas pelos responsáveis, por mais difícil que seja dizer não aos filhos.
Obviamente, não estamos nos referindo aos jovens e familiares que não podem escolher fugir das aglomerações. Muitos precisam pegar condução, trabalhar e frequentar espaços poucos ventilados e onde há muita gente. Devem, no entanto, usar máscara sempre. A regra deve valer para crianças, adolescentes e adultos.
Também é preciso reforçar a necessidade de que todos os adultos se vacinem assim que puderem, e que levem os filhos de 12 a 18 para que se imunizem quando a vacinação desse grupo começar.
Enquanto a vacinação não avança e chega aos jovens (no momento Ponte Nova não atingiu os 50% recomendados pelos cientistas para 2ª dose) não podemos descartar o uso de máscara e o distanciamento físico. Caso contrário, corremos risco de precisar retroceder ao ensino remoto e ver milhares de pessoas adoecendo, algumas gravemente, de uma infecção evitável.