Um grande problema de infraestrutura da rede de esgoto está assustando moradores e comerciantes do Bairro Santo Antônio. Problemas detectados já há muito tempo nas galerias que passam por baixo da Rua Professor Campolina esquina com a Rua Santo Antônio estão causando transtornos e prejuízos sérios para moradores e comerciantes do entorno.
Um edifício localizado no nº 130 da Rua Professor Campolina está sofrendo por causa do assoreamento de esgoto in natura. Impossibilitado de seguir o seu destino, por causa das obstruções, o esgoto está subindo pelo encanamento do porão do prédio, criando uma verdadeira lagoa no local e causando mau cheiro insuportável e danificando a estrutura do edifício.
A reportagem do Líder Notícias esteve no local na manhã de quinta-feira, 30 de setembro, para conversar com as pessoas que estão sendo seriamente prejudicadas pelo problema e todas elas confirmaram que já protocolaram reclamações sobre a situação em todos os departamentos municipais responsáveis, como o DMAES, a Prefeitura, a Semam e até no Ministério Público, mas até a data de 30 de setembro, não receberam nenhuma confirmação para a solução do problema.
O presidente da Câmara Municipal, Antônio Carlos Pracatá, informou à reportagem que protocolou requerimento endereçado ao Poder Executivo pedindo urgência para a solução do problema. Ele disse que destacou a situação na Câmara e que pode piorar com as chuvas que estão por vir. Pracatá acredita que os moradores das ruas João Vidal de Carvalho e Santo Antônio terão a situação agravada.
“A nossa preocupação é contínua, pois ainda não foi feito nenhum serviço para conter as águas que vêm do Manso, do Paraíso e do Bairro de Fátima. Não há vasão suficiente, enche e transborda nas ruas”, afirmou Pracatá que também acompanhou a reportagem junto com os atingidos que mostraram a situação em tempo real.
Segundo informações do Sebastião Fernandes, proprietário do prédio seriamente prejudicado por causa do esgoto acumulado em seu porão, existe também um problema de engenharia nas galerias que favoreceram esse acumulo de detritos e entupimentos. Sebastião conhece as galerias há muito tempo onde já esteve algumas vezes com técnicos. O proprietário de uma papelaria também reclamou de um bueiro mal fechado no local onde 04 (quatro) pessoas caíram dentro dele e saíram machucadas.
“Essa situação se arrasta há quase 04 (meses), já entrei com reclamações em todos os órgãos competentes do Município para a solução do problema. Eles estiveram aqui e avaliaram, sabem que o problema é sério, mas até agora nada foi feito para resolver”, disse Sebastião, acrescentando que as galerias assoreadas é que causam a “brotação” do esgoto e afetando a estrutura do prédio que apresenta trincas.
Marcos Sarte, proprietário do Pica Pau Lanches, estabelecimento que fica na loja do prédio, disse que durante a campanha eleitoral, Wagner Mol Guimarães chegou a comentar com ele que a correção do problema que assola o prédio, pela engenharia da obra, demandaria um valor muito alto em dinheiro para corrigir o problema que causa inundações de casas e lojas da região, durante os períodos de chuva. “Estou sendo muito prejudicado por causa desse esgoto e por causa desse cheiro insuportável. Pagamos tarifa de esgoto, que só nesse prédio são 04 (quatro) tarifas todo mês, sem termos rede de esgoto funcionando corretamente. O esgoto é jogado nas galerias que passam aqui por baixo e que estão todas entupidas”, comentou Marcos Sarte.
