Algumas atividades empresariais estão pagando alto preço pela obediência ao protocolo do governo.
Em nossa cidade algumas portas não reabrirão na pós Pandemia. O Programa Minas Consciente, do qual Ponte Nova é signatária, passou a ser obrigatória por forças de medidas impostas pelo STF – Supremo Tribunal Federal – e do TJMG – Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A que se imaginar que esses órgãos tenham assessoria de especialistas da área médica.
Tomar decisões macros uniformizando para as diferentes situações às mesmas medidas, me parece equívoco. O protocolo de Minas Gerais precisa ser revisto, passando de macrorregiões para microrregiões. Veja o exemplo: Manhuaçu registra mais de 20
óbitos e Ponte Nova apenas 01 e integramos a mesma macrorregião.
O platô da curva de infectados em Minas Gerais que deveria acontecer em abril, ainda não veio. É compreensível que as medidas de contenção sejam adotadas, mas a uniformização delas traz à tona algumas incoerências.
Ponte Nova é referência de atendimento à saúde e que registra um óbito, deveria ser
vista de maneira distinta. Ainda, na última quarta-feira (15/07) foi entregue o Centro de
Referência Regional COVID19 HAG/Cisamapi organizado
pela prefeitura municipal, Hospital Arnaldo Gavazza e Cisamapi. O Centro disponibiliza mais 50 leitos clínicos e deve alterar o grau de risco da macrorregião (Ponte Nova, Viçosa e Manhuaçu), no Programa “Minas Consciente”. Simultaneamente o Hospital Gavazza Filho recebeu do Governo de Minas mais 07 respiradores, monitores e acessórios, permitindo a montagem de mais 07 UTIs completas para o tratamento do COVID-19.
O número de leitos disponibilizados para a Pandemia é determinante para a
provável reclassificação dentro das “ondas” do programa estadual de combate ao
vírus. Esperamos migrar da “Onda Branca para a Amarela” flexibilizando a abertura de outras atividades que hoje estão fechadas. Após as providências de adequação, Ponte Nova
(HNSD e HAGF) disponibiliza para a região 75 leitos de CTIs exclusivos e mais 28 não exclusivos. O município está preparado para atender o crescente número de contaminações que se espalham pelo interior.
Enquanto isso alguns segmentos empresariais continuam fechados. As linhas de crédito para pequenas e médias empresas até oferecem juros atraentes. Mas os critérios de
liberação dos empréstimos são cruéis e dificilmente chegam a quem precisa. Lojas de
confecções, calçados, academias, salão de beleza/estética e outras, já não sabem como
administrar as despesas de aluguel, mão de obra e encargos, contador, fornecedores,
IPTU, condomínio, água, luz, telefone e outras, sem que haja faturamento. Para um segmento que mais gera empregos no país, o futuro é de incertezas.
O dinheiro está sumindo e o consumidor está redefinindo seu perfil. Teremos que
reaprender a viver num período de reconstrução da economia e do emprego, num cenário desafiador. Considerando que as vidas importam, me preocupa como essas vidas estarão no futuro. A retração limita as oportunidades e adequar-se ao novo cenário vai exigir uma participação mais efetiva dos governos. A reforma tributária e administrativa precisa contribuir para a saúde das empresas, e não apenas para aqueles que fazem do Estado o seu acolhedor refúgio. BOA SEMANA!