Combustíveis como moeda de troca

Compartilhe
Facebook
Twitter
Email
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Combustível caro foi munição para as oposições colocarem o fato na conta do Pr. Jair Bolsonaro. A massificação dessa falsa responsabilidade pela mídia contrária ao governo convence os incautos. E nesse jogo político e econômico, há ataques e contra-ataques. O governo reagiu e se dispôs a subsidiar combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica. A proposta contempla a isenção pelos Estados do ICMS até 31 de dezembro próximo. O reembolso custará aos cofres públicos uma quantia ainda incerta. O ministro da Economia Paulo Guedes deu parecer com um ranger elástico, entre 25 e 50 bilhões de reais. O Projeto de Lei Complementar 18/2022 visa enquadrar combustíveis, energia elétrica, comunicação e transporte coletivo como “bens e serviços essenciais”. Assim, tudo acontece dentro da Lei.
A inflação americana e europeia é a maior dos últimos 40 anos. Para contê-la aumentam os juros. Juros altos conspiram contra o poder aquisitivo. Consumir fica mais caro e reduz a procura. A política de juros altos inibe investimentos e leva o capital para o mercado financeiro onde só beneficia o investidor. Desacelerar a demanda nem sempre é o melhor caminho. A oferta de emprego depende da economia girando em níveis normais. Os combustíveis continuam com preços altos no mundo. Apesar dos esforços a guerra promovida pela Rússia não tem data para acabar. Os países produtores de petróleo da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – se negam a aumentar a produção. Com isso os preços se mantêm em alta. Crises e guerras se transformam em oportunidades.
O subsídio dos combustíveis pode significar redução dos custos. É preciso monitorar as gôndolas para ver se de fato os preços reduzem. Há que se entender que o efeito não é imediato. O estoques adquiridos a preços mais altos não podem ser comercializados com queda brusca dos preços. Quem não proteger o capital de giro vai amargar prejuízos, por vezes insuportáveis. Um exemplo hipotético: um Posto de Combustíveis que opera com estoque regulador de 70 mil litros, pode amargar prejuízo imediato de 140 mil reais se baixar os preços no dia da aprovação das medidas. Se projetarmos para um Posto da capital que vende 1,2 milhão de litros/mês, o dano é bem maior.
Em que pese as narrativas de caos, a economia brasileira vai bem. O PIB do primeiro trimestre foi de 1%, superior a previsão do FMI (0,3%). Mesmo com a pandemia o desemprego caiu para 10,5% ante 14,8% herdado do governo anterior. Brasileiros com empregos formais chegam a 100 milhões. Dos 10,5% de desempregados cerca 50% estão em atividades informais gerando renda. O superavit fiscal é estável a 12 meses. A inflação de maio ficou em 0,42%. O previsto era 0,70%. Em abril se manteve o superavit fiscal, o maior em 21 anos. Isso significa que o governo arrecadou mais do que gastou. Temos um governo que não é populista e de esquerda que não distribui dinheiro, cuida da arrecadação e não emite moeda. Nossas reservas somam 362 bilhões de dólares, diante de uma dívida pública de US$ 47 bilhões. Uma economia gigante e distinta no continente. BOM FERIADO!

Siga nas redes sociais
Artigos relacionados
Skip to content