Um ditado popular diz que o mar não está para peixe. E o rio também não. Um laudo produzido por técnicos de uma empresa de consultoria ambiental, solicitado pela Justiça aponta que peixes do Rio Doce continuam contaminados e prejudiciais à saúde, mesmo após quase 07 (sete) anos do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.
O pedido foi solicitado pela 12ª Vara Federal Cível e Agrária da seção judiciária de Minas Gerais, que cuida da reparação e compensação dos danos advindos do rompimento da barragem. A empresa contratada passou 01 (um) ano pesquisando e analisando o material coletado até saírem os resultados. Seis (06) municípios capixabas por onde passa o Rio Doce tiveram amostras recolhidas.
O desastre afetou 42 municípios, que foram periciados. Até o momento saíram resultados para os municípios de Aracruz, Baixo Guandu, Colatina, Linhares, Marilândia e São Mateus no Espírito Santo. Para os municípios de Ponte Nova, Santa Cruz do Escavado, Acaiaca, Rio Doce e Governador Valadares o resultado deverá ser entregue em março de 2023.
A Fundação Renova enviou um posicionamento em que destaca os feitos da empresa para a reparação, mas não comentou sobre o laudo envolvendo os peixes. A Renova disse que, pelo assunto estar judicializado, não irá se manifestar.