Religião e política

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Recentemente li publicação atribuída ao ex-ministro do STF Joaquim Barbosa em que diz: não misture fé com política, pois historicamente essa mistura sempre teve como resultado catástrofes sociais, guerras civis etc. Não se deixe iludir! Se não houvesse declarado apoio ao candidato do PT, soaria como visão de direita. O jogo político e de poder tem contornos por vezes incompreensíveis. Quando ministro foi relator do escândalo do mensalão em que o PT esteve profundamente envolvido. Na época, Barbosa foi zeloso na apuração dos delitos. Como o tempo passa e voa, hoje o Dr. Joaquim baldeou para o lado obscuro que ele tão bem combateu.

No presente período eleitoral é comum religiosos se valerem da atenção dos fiéis para manifestarem suas preferências políticas. O objetivo é influenciar. Na igreja católica existem várias correntes políticas. A mais forte é a tendência social de esquerda que se baseia na igualdade. Na prática são raros os casos de sucesso desse regime pelo mundo. Na mesma igreja há os que combatem o socialismo explícito. As manifestações em favor de um e contra outro tem dividido e contrariado os fiéis. Alguns prometem abandonar a igreja e cancelarem o dízimo, como me foi dito. No site da CNBB existe uma matéria de autoria Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará, em que aborda a missão da igreja. Ele afirma:
“Igreja quer dizer convocação, assembleia! Os mesmos discípulos, antes fujões diante da perseguição, agora se encontram reunidos. Será sempre na convocação à assembleia, comunidade que se constitui, que a Igreja manifestará a sua visibilidade em todos os tempos. É ali, onde dois ou mais estão reunidos em nome de Jesus (Cf. Mt 18,20), que ele se mostra vivo. Antes mesmo da pregação explícita da Palavra, sem dúvida essencial, especialmente o nosso tempo se sente tocado pelo testemunho de comunhão e pela caridade! E basta observar que as comunidades cristãs tendem naturalmente a estender os braços do amor recíproco, desejosas de chegarem aos mais distantes e aos mais pobres. Igreja é convocação, assembleia, caridade, serviço aos irmãos!”

Na democracia a liberdade de opinião e escolha deve ser respeitada. Manifestações impositivas são antidemocráticas. Os pecados da “Santa Inquisição” ficaram no passado. Como na política, a igreja é conduzida por humanos imperfeitos e as decisões pessoais quando equivocadas, não representam a essência da instituição. Para relembrar, o episódio histórico conhecido como “Santa Inquisição” teve início oficial no século XIII, provavelmente no ano de 1229. Na ocasião, o Papa Gregório IX, no Concílio de Toulouse, proclamou oficialmente a instituição do Tribunal do Santo Ofício, também conhecido como Inquisição. O flagelo da Santa Inquisição é um fenômeno típico da Idade Média. Ainda no aspecto formal, o Papa Inocêncio IV, em 1252, publicou o “Ad Extirpanda”, um documento que continha o plano para dar curso à eliminação de hereges. Eram considerados hereges todos aqueles que se opunham aos postulados da Igreja Católica.

Se você acha que religião é uma experiência privada em que simplesmente um ser humano tem uma conexão com o divino, então não faz sentido misturar religião com política. O FUTURO PELO SEU VOTO!

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