Grandes potências mundiais voltam ao período pós-segunda Guerra Mundial. A luta é pela supremacia econômica e poder sobre os blocos aliados. O acirrado conflito entre EUA x Rússia traz a reboque a China. Como patrocinador da guerra da Ucrânia os americanos atingem duas potências rivais. A Rússia e a China. Os russos estão envolvidos num conflito que se alonga além do esperado. Os efeitos se refletem na economia, na sociedade e na política. Os oligarcas do gás e petróleo, padrinhos de Vladimir Putin, estão insatisfeitos. Desde fevereiro a Europa diminuiu a aquisição dos combustíveis russos. O bloqueio econômico dos 31 países- membros da OTAN, já incluindo a Finlândia, impôs a economia russa reflexos não esperados. A GASPRON dos russos é uma das maiores petroleiras do mundo e neste momento corre o risco de ver seus negócios impactando a saúde financeira do grupo. Remember Petrobras em 2016.
Esse imbróglio criado por Putin vem desagradando os chineses. Possuidores da 2ª maior economia do planeta, os chinos tiveram seu crescimento contido na acelerada corrida para alcançar os Yankees. Tio Sam está rindo à toa. Quero dizer, a guerra Ucrânia/Rússia vai continuar. A reação chinesa vem através da inteligência de mercado. A viagem do Presidente do Brasil a China se dá em regime de urgência. Lá o Brasil firmará acordo bilateral com ampla abertura de mercado e ativos brasileiros aos chineses. Nesse acordo os negócios feitos no Brasil passarão a ser na nossa moeda, o Real. Da mesma forma, os negócios fechados lá deverão ser honrados em YUAN, que vale 0,717 reais. Resta convencer os exportadores brasileiros, principalmente os do agronegócio, a aceitarem o YUAN nas transações. Ninguém quer moeda “podre”, como se diz no mercado.
De acordo com o especialista Carlos Cauti do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) lembra que: “já foi tentado no passado e não deu certo”. Ele recordou que em 2009, o próprio Lula, em seu 2º mandato, tentou um acordo parecido”. O Brasil tem a maior economia do nosso continente e está sendo usado como “caminho para as Índias” pelos chineses”. As alianças que o Brasil vem fazendo com o bloco dos países socialistas/comunistas desagradam as economias mais fortes do mundo, muitos, parceiros comerciais.
O cenário é favorável ao desenvolvimento da “Guerra Fria II”. No passado a briga esteve nas disputas e conflitos pós 2ª guerra envolvendo a divisão do mundo entre potências e polarização entre a extinta URSS (socialista) e os EUA (capitalista). Esse conflito político-ideológico (1947-1991) dividiu o mundo em dois grandes blocos. Um alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao comunismo. O conflito envolveu o poderio bélico e a criação em 1940 da OTAN, que se propõe a evitar conflitos na Europa e a defender os estados democráticos das agressões do bloco comunista. Em seu artigo 5º está previsto: “Estados-membros devem auxiliar qualquer outro país sujeito a ataque armado”.
Estamos diante de nova polarização. Econômica, ideológica e de poder. Não haverá a 3ª guerra mundial. Gananciosos sim, idiotas não. Ficaremos nas ameaças. BOA SEMANA!