O processo judicial que tramita na Inglaterra sobre o rompimento da barragem da Mineradora Samarco, ocorrido em 2015 na cidade de Mariana, só deve ser concluído em 2027. Ao mesmo tempo, no Brasil, há tratativas avançando entre as pessoas afetadas e as empresas responsabilizadas pelo acidente.
Na semana passada, foi realizada mais uma audiência de gerenciamento do caso na corte britânica que conduz o julgamento do desabamento da barragem do Fundão. A ação é movida contra a mineradora australiana BHP Billiton e a brasileira Vale, acionistas controladoras da Samarco.
Do lado dos afetados pelo desastre, a causa é defendida pelo escritório de Londres Pogust Goodhead – que atua em causas dessa natureza: apresenta-se nos locais de acidentes, coleta de assinaturas, processa empresas em foros internacionais e cobra comissão de até 50% do valor obtido em indenizações.
Na audiência de quinta-feira passada, 18 de abril, realizada no Tribunal de Tecnologia e Construção, em Londres, a corte britânica determinou que os pedidos de indenização individual, caso a BHP Billiton e Vale S.A, não sejam bem-sucedidas em sua defesa de responsabilidade, só devem entrar em fase final a partir de outubro de 2026.
A partir daí, haverá audiências com duração de 22 semanas. Dessa forma, essa fase do processo só será concluída em 2027. O processo teve início em 2018, liderado pelo prefeito de Rio Doce, Silvério da Luz, e pelo prefeito de Mariana, Duarte Júnior, hoje deputado federal.