Começou na semana passada a 3ª fase do julgamento das mais de 700 mil ações contra a mineradora Samarco na Justiça de Londres, na Inglaterra. Até o dia 19 de dezembro estarão sendo ouvidos especialistas brasileiros em direito civil, societário e ambiental, mas entre os dias 20 de dezembro/2024 e 13 de janeiro de 2025, haverá recesso. De 13 a 16 de janeiro/2025 serão ouvidos especialistas em questões geotécnicas e de licenciamento; de 17 de janeiro a 23 de fevereiro: preparação das alegações finais; 24 de fevereiro a 05 de março: apresentação das alegações finais.
Segundo reportagem da Revista Veja, um auditor de risco da mineradora BHP Billiton admitiu que sabia da existência de rachaduras na Barragem de Fundão 01 (um) ano antes de seu rompimento. A admissão ocorreu durante o julgamento no Tribunal Superior de Londres, que está avaliando a responsabilidade da mineradora anglo-australiana pelo colapso da Barragem de Fundão Mariana em novembro de 2015.
Em seu depoimento como testemunha no Tribunal de Londres, Max Wetzig, então auditor de risco da BHP Billiton, não havia mencionado que estava ciente de um incidente grave que revelou o aparecimento de rachadura. Ele disse tinha conhecimento de que havia ocorrido um incidente grave e que buscou informações em relação à resolução ou às ações tomadas pela Samarco em relação a esse incidente.
O engenheiro admitiu que não se lembrava de ter recebido uma análise de estabilidade em relação ao incidente, mas disse que os estudos deveriam ter sido encaminhados pelo Departamento de Minério de Ferro da BHP Brasil para o banco de dados utilizado pela auditoria. Nesta semana, o julgamento terá audiências e depoimentos importantes para o caso.
Nesta quarta-feira, 27 de novembro, haverá audiência na Corte de Londres para discutir sobre a representação dos municípios brasileiros. Estarão presentes 12 representantes de cidades afetadas pelo rompimento, incluindo prefeitos atuais e eleitos em outubro, como no caso de Barra Longa, Santa Cruz do Escalvado, Rio Doce e Mariana.