O município de Viçosa, na Zona da Mata, decidiu no dia 10/09 aderir ao Programa Minas Consciente, do governo do estado, passando para a onda verde, fase mais permissiva do plano estadual. Em pronunciamento nas redes sociais, o prefeito Ângelo Chequer fez um desabafo público. “Confesso a vocês, estou cansado e vamos perder essa luta (contra o novo coronavírus), por teimosia”, disse ele.
Ele se referia aos vários setores da classe empresarial que pressionaram a administração municipal para o fim do isolamento social como forma de prevenção à COVID-19 e maior liberação da economia. Ele disse que a pressão foi muito forte sobre o comitê especial da doença criado no início da pandemia. “Hoje, temo até mesmo pela nossa integridade física”, lamentou Chequer.
Programas, como o rodízio de CPF e as barreiras sanitárias ficam extintos. Clubes, bares e cinemas, que permaneciam fechados, vão ser abertos, com a adesão ao “Minas Consciente” e consequente migração para a onda verde do plano, conforme orientado pelo estado, que permite aos municípios ser menos restritivio, desde que o sistema de saúde de seja bem aparelhado, como é o caso de Viçosa.
Para o chefe do poder executivo, a economia de Viçosa depende dos estudantes e que as aulas não vão voltar. Ele informou que houve um declínio de apenas 5% nas notas fiscais emitidas em Viçosa. “Em contrapartida, somos a cidade com os melhores índices de enfrentamento à COVID-19 na Região Sudeste e a segunda melhor do Brasil. Só que, agora, não interessa mais quantas vidas foram poupadas. Então, não reclamem se nossa estrutura de saúde não suportar”, alertou um desalentado prefeito.