Está previsto na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) para esta quarta-feira (23/09) o julgamento conjunto de 03 (três) processos que podem praticamente acabar com as loterias estaduais, inclusive as de Minas Gerais. Dependendo do resultado do julgamento, ficará proibida a criação de novas loterias estaduais e limitada a emissão de bilhetes pelas já existentes.
De janeiro a setembro de 2020, a Loteria Mineira já arrecadou R$71,9 bilhões. No ano passado, a arrecadação total foi de R$99,5 bilhões. As ações ajuizadas pelo Governo do Rio de Janeiro e pelo Governo do Mato Grosso, questionam um decreto de 1967. O Decreto-Lei nº 204/1967 estabelece que a União (Governo Federal) tem o monopólio para explorar loterias. Os três casos estão sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
Quem defende a quebra do monopólio afirma, ainda, que o Governo Federal deseja aplicar literalmente o Decreto de 1967, para que os Estados explorem os jogos apenas jogos nos formatos existentes à época que a norma foi publicada, sem utilização de tecnologia, sem planos de jogos proporcionais à população atualmente existente.
Essa “volta no tempo” praticamente acabaria com as loterias estaduais, hoje inseridas em um mercado que compete com sites de apostas, jogos eletrônicos e outras práticas ilícitas como o jogo do bicho e máquinas caça-níquel.