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Pesquisa confirma metais pesados e contaminação do pescado nos rios afetados pela lama da Samarco

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Pacumã apresenta manchas vermelhas após o desastre

No último dia 03 de novembro, atingidos de toda a Bacia do Rio Doce obtiveram importantes informações sobre a caracterização do rejeito (volume estimado, composição e ecotoxicologia) despejado nos rios com o rompimento da Barragem de Fundão em 2015, incluindo dados sobre a qualidade da água dos rios e do pescado.

As informações foram apresentadas pelo Instituto Lactec durante o 5º Seminário Integrado do Rio Doce/Esquecimento e Incertezas dos Desastres da Mineração: Resistir é Preciso, realizado ao vivo pelo Youtube. A pesquisadora e coordenadora executiva do Diagnóstico Socioambiental dos danos decorrentes do rompimento da barragem do Fundão, Gleiciane Carvalho Blanc, informou que o volume estimado de rejeito despejado nos rios é de 44 milhões de m³.

Ele exibiu dados que com prometem a qualidade da água com diversos metais pesados como ferro, manganês, cobalto, níquel, antimônio, cobre, estanho, mercúrio, chumbo, bário, arsênio, zinco, selênio e cromo. Para análise da composição, foram coletadas, entre junho de 2017 e maio de 2019, 74 amostras de rejeito, durante cinco campanhas, em áreas das barragens de Germano, Fundão, Santarém e trecho até a UHE Risoleta Neves.

De acordo com os resultados da pesquisa, “os rejeitos permanecerão por uma centena de anos no ambiente e poderão afetar o tempo de recuperação dos ecossistemas, com efeitos potencialmente nocivos. O rejeito apresenta toxidade crônica, ou seja, pode haver acumulação no organismo decorrente de repetidas exposições. O rejeito causa danos ao meio ambiente e afeta flora, fauna, solo, ar e água”.

Sobre a qualidade da água, o Instituto Lactec comprovou que, apesar dos rios atingidos já apresentarem certo comprometimento na qualidade da água devido à prática da mineração na região, a presença de indústrias e a falta de saneamento, o rejeito proveniente do rompimento impactou severamente a qualidade da água dos rios. A água ficou mais turva, houve redução das concentrações de oxigênio dissolvido e aumento das concentrações de metais.

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