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Servidoras da Semam denunciam más condições de trabalho

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Karla Nazaré e Lucielena Rosa foram à Tribuna Livre da Câmara

Secretário contesta e diz que as atribuições constavam do edital do concurso

Na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Ponte Nova, no último dia 26 de novembro, 02 (duas) servidoras da Semam (secretaria municipal de Meio Ambiente). Karla Nazaré de Souza Ferreira e Lucilene Rosa Júlio falaram sobre as dificuldades enfrentadas como servidoras. Karla que trabalha na coleta de lixo, disse: “Trabalhar na Semam é uma sentença. Com 02 (dois) dias de serviço eu passei um dos maiores abusos que um ser humano pode passar. É uma administração arbitrária, abusiva, que desconhece qualquer valor humano, desconhece qualquer lei trabalhista e qualquer princípio de igualdade”, afirmou.

Aprovada em quarto lugar no concurso, Karla tinha a expectativa de escolher o local onde ela trabalharia, de forma a conciliar com os horários disponíveis do transporte público para a região onde mora. Entretanto, ela foi informada que ficaria à disposição para atender as demandas da secretaria. Além disso, a servidora relatou que no primeiro dia do serviço faltou orientações básicas de como é o trabalho.

A servidora contou que no segundo dia também atuou em rotas que exigiam muito esforço físico. De acordo com Karla, um colega responsável por fazer a avaliação de desempenho chegou a avisar a supervisora sobre as condições dela, mas ainda assim, foi mantido o planejamento. “O sol estava muito quente, a gente não tem condições de tomar água e nem de fazer xixi, nada disso. Eu tonteei com o caminhão parado, e caí, me acidentei. Eu machuquei o meu pé, fui para o hospital”, disse.

Lucilene Rosa Júlio também relatou situação semelhante. Ela disse que foi aprovada em primeiro lugar para o cargo de conservação de vias no último certame da Prefeitura. “Nunca imaginei, em toda a minha humilde ignorância, passar por tamanho desrespeito e por situação tão abusiva dentro daquela secretaria”, disse logo no início da participação.

Lucilene contou que desde o primeiro dia de trabalho está atuando na coleta de lixo. “Sem treinamento, sem segurança do trabalho, sem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados, simplesmente vai. Eu fui, o coletor que estava do meu lado é que me treinou, muito bem até, mas não é uma pessoa que é específica para fazer um treinamento”, disse.

Secretário de Meio Ambiente explica

Nossa reportagem ouviu o secretário municipal de Meio Ambiente, Bruno do Carmo, que disse: “realmente elas manifestaram desejo de trabalhar na varrição, mas não existe demanda para esta área e como o edital do concurso prevê as atribuições para o cargo de Conservação de Vias também para a coleta de lixo e assim eles foram designados. Precisamos seguir o que está escrito”. “Entendemos a situação das servidoras e assim que houver demanda para a varrição e novas convocações de concursados poderemos fazer o remanejamento. A Semam trata todos os servidores com igualdade e elas assinaram documento que receberam os EPI’s. Obedecemos aos preceitos basilares da atividade pública: ética, legalidade e moralidade”, encerrou o secretário.

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