Psicofobia: preconceito contra quem tem transtornos mentais

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A psicofobia é o preconceito contra pessoas com transtornos ou deficiências mentais. Entenda por que é preciso desconstruir esse preciso. Historicamente, ao longo dos séculos de evolução da humanidade, as pessoas que têm um transtorno mental ou uma deficiência mental foram vistos como endemoniados, ligados à bruxaria ou possuídos por espíritos. Nós temos séculos e séculos de afastamento, de uma tentativa de afastar essas pessoas do convívio da sociedade.

Com o advento da psicoterapia, da psicanálise, da psiquiatria, e uma compreensão melhor dos fenômenos que estão em torno dos transtornos mentais ou das deficiências mentais, esse assunto veio para o campo da saúde e da medicina. Mas isso não significa que as pessoas deixaram de ter preconceitos com relação a quem é ou quem vive com transtorno mental ou tem alguma forma de deficiência mental.

E esse preconceito é terrível. É terrível porque ele faz mal para as pessoas que são vítimas desses preconceitos e ele afasta essas pessoas dos tratamentos, dos cuidados, das psicoterapias, do acompanhamento médico psiquiátrico. Ou seja, psicofobia, ou preconceito em relação à saúde mental, só traz prejuízos para essas pessoas, e obviamente para a população como um todo.

Aqui no Brasil, no dia 12 de abril, a partir de uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria, foi instituído o Dia Nacional de Enfrentamento da Psicofobia, como uma forma da gente desmistificar essa questão da saúde mental e da gente combater ativamente os preconceitos em relação às pessoas que têm algum transtorno mental ou alguma deficiência mental.

Hoje em dia existem muitas pessoas com depressão, com ansiedade, com quadros psicóticos, com quadros de dependência de substâncias, com transtorno de personalidade. E se essas pessoas não são cuidadas, se essas pessoas se afastam dos serviços de saúde, elas correm um risco muito maior de ter a sua vida prejudicada, de ter a sua vida impactada, e mesmo um risco muito maior de suicídio. Portanto, é fundamental cada um de nós, individualmente, combata esses preconceitos em relação à saúde mental.

O ator Reynaldo Gianecchine participa da campanha da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) contra a Psicofobia

TRANSTORNOS OU MIMIMI?

Essa história de dizer que quem tem depressão está com frescura, ou está se vitimizando, ou está com mimimi, não tem nada a ver. Chamar de louco quem tem algum sofrimento emocional também é péssimo. Afasta essas pessoas, estigmatiza essas pessoas e só faz mal para elas. Transtornos de saúde mental e deficiência mental merecem todo o seu respeito e mais do que isso, que você combate ativamente o preconceito contra essas pessoas.

Dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) sugerem que 30% da população das Américas teve ou terá algum transtorno mental. No Brasil, estimativas recentes mostraram que os transtornos de depressão e ansiedade respondem, respectivamente, pela quinta e sexta causa de anos vividos com incapacidade.

Ao se deparar com a situação que causa fobia, a pessoa pode sentir o coração acelerado, dificuldade para respirar, tremores, suor excessivo, náuseas, boca seca e aperto ou dor no peito. Sintomas emocionais: ansiedade ou medo, sentimento de impotência para superar ou receio em perder o controle. Como tratar: geralmente é indicado a psicoterapia cognitiva comportamental, em que pode ser aplicada uma técnica chamada exposição e prevenção de respostas. Em casos mais graves, o paciente também pode usar medicação.

Três por cento (03%) da população sofre de transtorno mental
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