Um casal de Raul Soares foi preso por suposto assassinato do próprio filho de 10 meses. A PM registrou a ocorrência no dia 1º de janeiro, de manhã, quando foi chamada pelo próprio pai da criança para o reconhecimento de cadáver, porém no chamado, disse aos policiais que a criança havia morrido de causas naturais, versão totalmente negada por médicos legistas que constaram sinais de estrangulamento e poli traumatismo no bebê.
A ocorrência foi registrada como um chamado para atendimento na Rua Carlos Galinari, no Bairro Vila Parente, em Raul Soares, no dia 1º de janeiro, às 11h24min., solicitada por Lucas da Silva Rezende, de 25 anos, que narrou uma história para os policiais militares cheio de dados estranhos e confusos.
Ele disse que a sua namorada, Caroline de Souza Ramos, de 21 anos, está residindo em sua casa há aproximadamente 28 dias, desde quando foram diagnosticados com sintomas da COVID-19. Comentou que Caroline tem o hábito de sempre dormir ao lado do seu bebê (vítima) de apenas 10 meses. Afirmou que naquele dia, por volta de 06h, Caroline havia deixado a criança dormindo no quarto e foi se deitar com ele na sala.
Segundo Lucas, a criança chorou a noite toda, demonstrando que poderia estar com alguma enfermidade. Relatou que pela manhã Caroline foi se deitar com ele na sala, onde adormeceram e acordaram por volta das 10 h. Segundo ele, assim que acordaram, Carolina foi até o quarto e encontrou o bebê deitado de bruços, morto, com a pele arroxeada e as pernas enrijecidas.
Lucas continuou relatando que levou Caroline para a residência dos avós dela no Bairro Tarza, pois ela estava muito nervosa e começou a passar mal, e em seguida chamou a PM. Com a chegada dos militares na casa do casal, Lucas os conduziu até o quarto onde estava a criança, já sem vida.
Os militares tomaram o depoimento de Caroline: “a criança apresentava problemas de saúde, chegando a ficar internada no Hospital São Sebastião por 01 (uma) noite e liberada. Posteriormente a criança apresentou sangramento no ouvido, farto relatado a Carolina pela babá da criança. Carolina disse que virou a criança de posição, tentou mexer as pernas e reanimá-la, porém, sem resultado. Ela disse não aguardou a PM no local, pois começou a passar mal.
Por volta de 19h30min, chegou ao conhecimento da PM que após a criança passar pelos cuidados de médicos legistas (IML) em Caratinga foi constatado pelo médico legista que ela apresentava sinais de estrangulamento e que o pulmão havia sido afetado proveniente de algum trauma, indicando assim que a criança teria sido vítima de homicídio e não morta por causas naturais como se havia pensado no início.
Os policiais militares foram até a funerária para onde a criança tinha sido levada e conseguiram informações do laudo médico do IML (declaração de óbito), onde constava que o bebê sofreu poli traumatismo por objeto contundente.
Com a constatação do homicídio e dos sinais de violência no corpo do bebê, o casal foi preso. Os celulares de Lucas e Caroline foram recolhidos e encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil. Ambos negaram a execução do crime.