Por volta das 19h50min. do dia 25/02, a Polícia Militar de Ponte Nova foi chamada no hospital Nossa Senhora das Dores por várias pessoas. Os médicos socorriam um bebê gravemente ferido, supostamente vítima de um aborto. O bebê não resistiu aos ferimentos e faleceu. São suspeitos do assassinato, a mãe, uma adolescente de 12 anos e a avó, uma senhora de 49 anos.
Os policiais militares conversaram com a mãe do bebê, uma adolescente de 12 anos, e ela disse para a polícia que vinha há algum tempo sentindo cólicas e dores, mas que não sabia que estava grávida, e que entrou em trabalho de parto e expeliu o bebê. Acrescentou ainda, que ao ver um bebê saindo do seu corpo, entrou em estado de choque e buscou uma faca na cozinha e desferiu facadas no pescoço do bebê.
Ao ser questionada pelos militares, a adolescente disse, inicialmente, que a sua mãe não havia participado do fato. Segundo a adolescente, sua mãe, ao perceber que ela havia abortado um bebê, ficou muito nervosa e saiu para a rua aos gritos.
Médicos, enfermeiros e policiais perceberam que haviam muitas contradições na narração dos fatos. Os médicos questionaram que: um parto como esse, considerando as condições da gestante e do bebê, seria impossível de ser realizado como foi narrado pela adolescente.
A adolescente foi novamente questionada pelos militares e começou a entrar em contradições e continuou afirmando que a sua mãe não havia feito qualquer coisa.
Os policiais militares também investigaram e tomaram o depoimento da mãe da adolescente (avó do bebê), uma senhora de 49 anos, e disseram que constataram que ela também não conseguia explicar diversos questionamentos. Além disso, outra equipe policial deslocou até o local do fato para realizar o isolamento do lugar, onde acionaram a perícia técnica. Mas chegando ao local encontraram uma outra mulher, de 44 anos, limpando várias peças de tecido e também o próprio local do crime. O que chamou ainda mais a atenção. A mulher de 44 anos, segundo pessoas do lugar onde aconteceu o crime, seria a companheira da avó da criança.
Após ouvirem várias testemunhas e moradores das proximidades, os militares novamente fizeram contato com os envolvidos e, apresentadas as diversas contradições, a adolescente confessou que ela e sua mãe sabiam da gravidez, e que sua mãe teria lhe ajudado durante o parto, entretanto, reafirmou que ela sozinha teria desferido os golpes de faca no bebê, e que ainda teria tentado enforcar o recém-nascido com um fio de um carregador de celular, além disso a adolescente contou que teria deixou o recém-nascido cair e bater com a cabeça em uma cômoda.
A perícia técnica no local do acontecido encontrou os instrumentos utilizados no crime: uma faca e um fio sujo de sangue, além de verificar marcas de sangue na cômoda.
Os policiais também conversaram e investigaram o pai do recém-nascido, um outro adolescente de 16 anos, e ele contou para a polícia que teve um relacionamento amoroso com a adolescente em junho de 2020, e que após alguns meses ela havia dito a ele que estava grávida, propondo ainda a realização de um aborto. Após negar a praticar o aborto, o adolescente teria tido pouco contato com a gestante, pois terminaram o namoro.
De acordo com as informações e relatos apurados, os policiais prenderam a avó do bebê em flagrante, a terceira mulher envolvida que tentou apagar as provas do crime, apreenderam a adolescente, mãe do bebê, e ainda informaram ao adolescente, pai do bebê, que ele irá responder pela prática do crime de Estupro de Vulnerável, já que na época dos fatos ele teve conjunção carnal com uma adolescente de 11 anos de idade.
Ainda durante o registro da ocorrência, os policiais receberam a triste notícia de que o bebê não havia resistido aos ferimentos e faleceu.
Avó do bebê assassinado tem a sua prisão revogada
No final da tarde de (26/02), o delegado da polícia civil de Ponte Nova, Dr.Silvério Rocha de Aguiar, esclareceu a impressa sobre o caso do assassinato do bebê após o parto, e completou dizendo que a avó, suspeita de participar do crime, teve a sua prisão revogada pela sua defesa.
Dr. Silvério, que está investigando o caso do brutal assassinato do bebê, o crime bárbaro ocorrido na noite de (25/02), disse que ainda não há provas consistentes que aleguem o envolvimento direto da avó no crime, e ela ficará à disposição da justiça, durante as investigações.