Madalena Giordano começou sua saga de ser explorada em São Miguel do Anta e Viçosa
O professor Dalton Si-queira Milagres Rigueira, acusado de manter por 38 anos Madalena Gordiano em regime análogo à escravidão , foi demitido da Fundação Educacional de Patos de Minas (Fepam). A entidade, que é atrelada ao Centro Universitário de Patos de Minas, confirmou informação sobre o desligamento de Dalton dos cursos de veterinária e zootecnia.
Madalena Gordiano, 47 anos, que viveu em Minas Gerais sob regime análogo à escravidão por 38 anos, rezava todos os dias porque acreditava que “Deus a ajudaria a ter uma vida nova”, contaram pessoas próximas a ela. Foi assim que encontrou forças para sobreviver aos 38 anos em que esteve sob custódia da família Milagres Rigueira, primeiro nas cidades de São Miguel do Anta e Viçosa, por 24 anos, e depois em Patos de Minas, onde morou os últimos 14 anos.
No fim de dezembro do ano passado, ele já havia sido afastado de cargo e passou a responder na Justiça trabalhista logo após Madalena ter sido resgatada de sua residência, em Patos de Minas, Minas Gerais . Com isso, o apartamento da família foi posto à venda para conseguir pagar a indenização de Madalena, que espera decisão em Uberaba. No momento, apenas a ação trabalhista está correndo, mas sem previsão para desfecho. A pensão de R$ 8,4 mil recebida por uma Madalena Giordano pagou o curso de medicina de um integrante da família Milagres Rigueira, em Minas Gerais . De acordo com informações prestadas pelos auditores fiscais do caso, o dinheiro dela ainda financiou os gastos da família por 17 anos.
O benefício foi concedido a Madalena por ela ter sido esposa de um ex-soldado da Segunda Guerra Mundial, mas jamais teve controle do dinheiro. O valor era administrado por Maria das Graças Milagres Rigueira e o filho dela, Dalton César Milagres Rigueira.