Presidente da Comissão COVID-19 do Legislativo afirma: prefeitura não tem plano de vacinação

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Dr. Wellerson Mayrink (esq.) no estúdio da Rádio Montanhesa em 09/03 sendo entrevistado por Vicente de Freitas

Na terça-feira, dia 09 de março, o médico Dr. Wellerson Mayrink, vereador e presidente da Comissão Especial COVID-19 da Câmara Municipal concedeu entrevista ao radialista Vicente de Freitas, em seu programa apresentado na Rádio Montanhesa Am 670 Khz. Durante 45 minutos, entre 14 h e 15 h, o vereador criticou a postura da prefeitura municipal em relação ao combate à COVID-19, principalmente na questão da vacinação, que ele disse não ter um Plano Municipal de Vacinação.

 “Quando as vacinas chegaram, eles (prefeitura) distribuíram as vacinas para os hospitais e as pessoas foram vacinadas sem critério. Muita gente jovem recebeu o imunizante em detrimento dos idosos. No Asilo Municipal aparece na listagem até uma senhora, que já morreu, constando que havia sido vacinada. Esta lista foi digitada, mas nós da Comissão Especial COVID-19 queremos a lista original”, disse Dr. Wellerson Mayrink.

Sobre a superlotação dos leitos hospitalares em Ponte Nova (Nossa Senhora das Dores (HNSD) e Arnaldo Gavazza Filho (HAG), Dr. Wellerson Mayrink foi enfático em dizer que nas cidades vizinhas não existe gestão sobre saúde, principalmente nesta pandemia. “É muito fácil, receberam dinheiro, não montaram estrutura em suas próprias cidades e enviamos doentes para Ponte Nova. Vamos ao Ministério Público para saber o quanto cada cidade recebeu, inclusive Ponte Nova. O problema que eles têm 15 dias para enviar respostas e mais 15 dias para protelar. Mas, vamos continuar agindo para que a população saiba tudo, para que haja total transparência”, disse Dr. Wellerson Mayrink ao locutor apresentador Vicente de Feitas.

Sobre o fechamento do comércio, o médico disse ser contrário, incluindo os outros membros da Comissão. Ele disse que é preciso enfrentar a pandemia com mais fiscalização, maior estrutura nos hospitais e no Centro Referência COVID19 HAG/CISAMAPI. “Não é possível o comércio ficar fechado, assim muitos morrerão da doença e outros perderão seus empregos e empresas podem quebrar. Precisamos encontrar um equilíbrio neste momento”, disse o médico que foi eleito pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), mesma agremiação política do prefeito Wagner Mol Guimarães.

Em reunião realizada em 11/03, a Comissão Especial COVID-19 reiterou solicitação ao Executivo

 

 “Assessoria de imprensa da Prefeitura diz que denúncias do vereador Dr. Wellerson Mayrink são infundadas e fechamento do comércio é para evitar colapso na saúde”

 

A editoria do Líder Notícias manteve contato com a assessoria de comunicação da prefeitura municipal sob a responsabilidade da atual secretária de Cultura e Turismo, Fernanda Ribeiro. Sobre as declarações do presidente da Comissão Especial COVID19, vereador Dr. Wellerson Mayrink, ela disse: “as acusações do Dr. Wellerson Mayrink são infundadas, pois o Plano Municipal de Vacinação está disponível no site da Prefeitura. O próprio Estado atrasou e só mandou orientações no dia 29 de janeiro e as vacinas chegaram em Ponte Nova antes do dia 20/01. Dr. Wellerson tem conhecimento disso. O Plano depende do número de doses. É simples”, alegou Fernanda Ribeiro.

Ela disse que não sabe quais são as motivações do vereador, “mas é preocupante ficar criando este alarde, um pânico na população com em cima de acusações infundadas”.

Quanto às declarações do presidente da ACIP/CDL, Cochise Saltarelli Martins, Fernanda disse que o contexto é o seguinte: “não há como agradar a gregos e troianos agora, pois a situação é difícil. Ou você fecha e protege a cidade de um colapso na saúde ou você abre, correndo o risco de morrerem pessoas e outras de Ponte Nova ser enviadas para outras cidades por falta de CTI”.

A coordenadora da comunicação do Poder Executivo entende ser legítima a posição da ACIP/CDL que é defender os comerciantes, mas a Prefeitura tem que cumprir o seu papel. “Quando é possível flexibilizar o comércio, a administração age neste sentido, mas independente das reivindicações da ACIP/CDL já existem planos quando se edita decretos. Sabemos que há impacto e assim não fizemos um lockdown, existem restrições mais rígidas, mas equilibrando com a saúde. O momento é este: se ficar o bicho pega e se correr o bicho come”, encerrou Fernanda em contato via WhatsApp com o editor do Líder Notícias, Ricardo Motta.

Fernanda Ribeiro atendeu solicitação da editoria do Líder Notícias via WhatsApp
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