A crucificação de Jesus foi um evento que ocorreu no ano 33 da Era Cristã, uma vez que se acredita que Jesus Cristo tenha morrida com 33 anos de idade. Como o calendário hebreu era utilizado no tempo de Jesus e ele incluía a determinação dada de uma nova fase da lua e do amadurecimento da colheita da cevada o dia – e mesmo o mês – exato da Páscoa judaica num determinado ano é tema de muita especulação. Estimativas para o ano da crucificação resultaram em que uma data frequentemente sugerida é sexta-feira, 03 de abril de 33, mas a Igreja Católica criou uma rotatividade, inexplicável.
Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus e também o Messias. Ele foi preso, julgado pelo Sinédrio (era uma assembleia de juízes judeus que constituía a Corte e Legislativo supremos da antiga Israel) e condenado por Pôncio Pilatos e finalmente executado na cruz. Coletivamente chamados de Paixão o sofrimento e morte de Jesus representam aspectos centrais da teologia cristã incluindo as doutrinas da salvação e da expiação.
Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani, no Monte das Oliveiras, após a Última Ceia com os 12 apóstolos. Após ter sido chicoteado Jesus recebeu dos soldados romanos, como zombaria, o título de Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus (INRI). Ele foi vestido com um robe púrpura (a cor imperial), uma coroa de espinhos, foi surrado e cuspido. Finalmente, Jesus carregou a cruz ao local de sua execução, o Monte Golgotá, que em aramaico significa Monte Caveira, justamente por ser local de execução de descontes com o Império Romano que dominava a Judeia.
Os cristãos tradicionalmente entendem a morte de Jesus Cristo na cruz como sendo um sacrifício proposital e consciente (dado que ele não tentou se defender em seus julgamentos), realizado por ele na figura de “Agente de Deus” para redimir os pecados da humanidade e tornar a salvação possível. A maior parte dos cristãos proclamam este sacrifício através do pão e do vinho na Eucarístia, uma lembrança da Última Ceia e muitos também comemoram o evento na Sexta-feira Santa anualmente.
Barrabás injustiçado na História
Barrabás nome advindo do aramaico e quer dizer Bar Abbas (filho do pai) nasceu na cidade de Yafo, ao sul da Judeia. Ele Foi contemporâneo de Jesus Cristo e é citado nos Evangelhos do Novo Testamento no episódio do julgamento de Jesus Cristo por Pôncio Pilatos. Mas, a história não procede direito com sua situação, ao chamá-lo de assassino, segundo consta de livros escritos fora da Bíblia, adotada pelas religiões cristãs.
Era muito provavelmente integrante do partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado Zelote. Ele, Barrabás, era na verdade, um revolucionário, mas visto como ladrão e salteador pela ótica do poder dominante. Seu grupo agia através de ataques às legiões romanas como meio de fustigar as forças invasoras dominantes. Foi preso após um ataque a um grupo de soldados romanos na cidade de Cafarnaum, onde possivelmente um soldado foi morto.
Segundo textos, quando Jesus foi acusado pelos sacerdotes judeus perante Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, depois de interrogá-lo, não encontrou motivos para sua condenação. Mas como o populacho, presente ao julgamento, vociferava contra o prisioneiro exigindo sua crucificação Pilatos mandou flagelá-lo e depois exibi-lo, ensanguentado, acreditando que a multidão se comoveria (lavou as mãos). Mas, tal fato não aconteceu, como registra a história.
Pressionado, o governador tentou um último recurso: mandou trazer um condenado à morte, tido como ladrão e assassino, chamado Barrabás, e, valendo-se de uma tradição judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados deveria ser solto e o outro crucificado. Então, o povo manifestou-se pela libertação de Barrabás.