Ariadne Magalhães e Juliana Pereira reafirmaram transparência no uso de vacinas em Ponte Nova
Na reunião de 25 de março, especialmente instalada para ouvir a secretária municipal de Saúde (Semsa), Ariadne Salomão Lanna Magalhães, e de Assistência Social e Habitação (Semash), Juliana Gomes Pereira, a Comissão Especial COVID-19, teve detalhamento das ações do sistema vacinal de combate à pandemia do coronavírus, iniciada ainda em 20 de janeiro, quando foram vacinados os idosos do Asilo Municipal e profissionais de saúde do Centro de Referência COVID-19 Hospital Arnaldo Gavazza Filho em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Vale do Piranga (CISAMAPI).
Ariadne Salomão, a primeira a ser ouvida, disse que o Plano Municipal de Imunização (PMI) começou a ser desenvolvido em dezembro, seguindo as diretrizes do Plano Nacional e Estadual. Ela lembrou que a primeira remessa de vacinas, com 1.510 doses, chegou a Ponte Nova no dia 20 de janeiro, feriado municipal. No mesmo dia teve início a aplicação dos imunizantes no público-alvo da campanha naquele momento: profissionais de saúde na linha de frente e idosos em locais de longa permanência, como o Asilo Municipal, e os idosos com comorbidades.
A secretária detalhou que os dois hospitais do município receberam as doses de acordo com a demanda que cada um apresentou à secretaria municipal de Saúde. Com o restante das doses, todos os funcionários da Semsa foram imunizados. “Se a gente conseguisse imunizá-los o mais rápido possível, a gente já garantiria esse atendimento ao público SUS e também daria esse segurança de trabalho, porque a gente estava chegando no limite: hospital com 50 funcionários afastados, secretaria com 40, eu tive que fechar unidade de saúde por causa de surto, eu tive que fechar TFD (Tratamento Fora de Domicílio) por causa de surto, eu tive um surto nos motoristas da Saúde”, ressaltou.
Sobre a suspeita de irregularidade gerada pelo nome, na lista de vacinados, de uma idosa já falecida e que era institucionalizada no asilo, Ariadne Magalhães explicou que se trata de um erro material, mas que não houve desvio da dose. O problema, segundo a secretária, teve início quando a lista de internos foi impressa, pois o arquivo estava desatualizado. Em relação aos nomes que aparecem mais de uma vez na listagem de imunizados, a titular da Semsa disse que isso aconteceu com os profissionais que trabalham em mais de uma instituição de saúde. Nesses casos, as doses foram destinadas a outros trabalhadores da saúde.
Prefeitura de Ponte Nova abriu duas sindicâncias depois das denúncias
A titular da Semash, Juliana Gomes Pereira disse que o município abriu 02 (duas) sindicâncias assim que as denúncias surgiram na imprensa e na Comissão Especial COVID-19: uma para apurar o caso do nome da idosa falecida e outra para investigar a denúncia recebida pela Câmara de Vereadores de que funcionários do asilo estariam desviando alimentos para consumo próprio. “Nós não estamos lidando aqui com caso de desvio de dose”, disse Juliana, que ainda completou: “não há nenhum desvio de alimentos dos idosos para o benefício de nenhum funcionário, e sim a coleta de alimentos para descarte, alimentos esses que estão impróprios para o uso de idosos e funcionários”, ressaltou.
Juliana lamentou o surto da doença que matou 13 idosos em setembro do ano passado (2020) no Asilo Municipal. Questionada pelo presidente da comissão, vereador Dr. Wellerson Mayrink (PSB), se o fato seria o resultado de uma fatalidade ou negligência, a secretária justificou: “eu acredito, com muita tranquilidade, que foi uma fatalidade. Eu seria injusta com os colaboradores de indicar que foi uma negligência e culpabilizar alguém, até porque nenhum funcionário gostaria de passar por isso”.