Aos 90 anos de criação do seu dia, como anda a vida do Jornalista? (Matéria especial)

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Leandro Torres é jornalista e comanda o Grupo Líder de Comunicação

MATÉRIA ESPECIAL

No dia 07 de abril, comemora-se no Brasil, o Dia do Jornalista. O profissional bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, apura, informa e ajuda a analisar fatos. Para marcar a data, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), os sindicatos dos jornalistas do Brasil e profissionais da área costumam fazer reflexões importantes sobre a carreira, o mercado de trabalho, os salários e o futuro da profissão.

O Grupo Líder de Comunicação, composto por 06 (seis) emissoras, sendo 02 (duas) em Ponte Nova (Líder FM e Montanhesa AM) e nas cidades de Ipatinga e João Monlevade (Líder FM), Vanguarda AM (Ipatinga) e Grande Vale FM (Vale do Aço), 01 (um) site de notícias, 01 (um) semanário (newsletter) Líder Notícias (on-line), Lider Gráfica Digital e uma empresa de promoções, é dirigido pelo jornalista Leandro Torres, com formação acadêmica, na PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), campus de Belo Horizonte.

“Passamos por momentos turbulentos no aspecto da economia em função da pandemia da COVID-19, mas continuamos com a responsabilidade de levar aos cidadãos a informação em tempo real, de forma independente e com ética, pois o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação”, diz Leandro Torres citando o Código de Ética do Jornalista.

História da data do Dia do Jornalista

O dia do jornalista foi criado no dia 07 de abril de 1931, pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A data foi estabelecida por alguns motivos. Um deles é que, no dia 07 de abril de 1908, foi criada a própria ABI. Idealizada pelo jornalista Gustavo Lacerda, a associação situa-se no Rio de Janeiro e é um centro de ação que tem como objetivo assegurar os direitos à classe jornalística.

O principal motivo da criação do Dia do Jornalista está intimamente ligado a um episódio da História do Brasil. A data foi designada em homenagem ao jornalista e médico Giovanni Battista Líbero Badaró, morto no dia 22 de novembro de 1830. O profissional participou de diversas lutas a favor da independência do Brasil, enquanto proprietário do jornal Observador Constitucional, um dos principais motivadores da liberdade de imprensa.

Líbero Badaró teve uma morte misteriosa, mas, segundo a história, inimigos políticos atentaram contra a sua vida. O falecimento dele causou descontentamento à população e culminou na abdicação do trono de Dom Pedro I justamente no dia 07 de abril de 1831.

Não é preciso diploma para ser jornalista

No Brasil, não é necessário ter diploma de jornalismo para obter o registro profissional junto ao Ministério do Trabalho. A decisão da juíza da 16ª Vara Cível de São Paulo, Carla Abrantkoski Rister, é válida para todo o país. Esta decisão aconteceu em 2003, após ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal e Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo.

Alguns jornalistas aproveitam o Dia do Jornalista para externar a insatisfação em relação à decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2009, que extinguiu a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão no Brasil.

Jornalistas atuando em Ponte Nova e região

A história do jornalismo em Ponte Nova remonta ao século passado e nomes flutuaram em periódicos como Gazeta da Mata; Jornal do Povo; O Tupinambás; O Piranga (duas vezes); O Município; A Cidade de Ponte Nova; Gazeta do Vale; Folha de Ponte Nova e atualmente, o mais lido do Vale do Rio Piranga Líder Notícias.

Os jornalistas também sempre tiveram atuações sem emissoras de Rádio e TV, destacando-se entre eles José Cunha, Délcio Teobaldo e Hélio Schiavo e Ricardo Motta (anos 70). E até hoje, como é o caso de Ricardo Motta, editor do Líder Notícias. Nos tempos atuais podemos destacar Afonso Reis (Rádio Montanhesa); Isabella Ottoni, Fernanda Lopes e Gustavo Faria (TV Educar); Clarissa Guimarães (Rádio Itatiaia); Fernando Drumond e Toninho Carvalho (Líder Notícias e Líder FM). Teve destaque na TV Educar e como assessora de comunicação da Câmara Municipal de Ponte Nova, Maria Cecília Braga, durante mais de 10 anos, até 2019.

Nas cidades das regiões Alto Paraopeba e Central de Minas (Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto), 02 (duas) mulheres, com formação acadêmica, se destacam. Elas têm ligação com Ponte Nova. Gina Costa começou no rádio em Ponte Nova, em 1985; e Jil Isodoro, que trabalha na Rádio Itatiaia, mesma emissora em que seu pai,. Antônio Isidoro trabalha. Antes, Isidoro trabalhou no rádio em Ponte Nova entre os anos 1980 e 1990.

Outra mulher se destaca em Ponte Nova, Clarissa Guimarães, formada pela UNI-BH. Atualmente ele exerce assessoria de comunicação da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e da Associação dos Municípios do Vale do Piranga (Amapi),além de ser repórter regional da Rádio Itatiaia.

A jornalista Jil Isidoro em visita ao colega de profissão Afonso Reis, apresentador do programa Canal Reis (Montanhesa AM 670 Khz)
Clarissa Guimarães em ação, mas sempre com um sorriso no rosto
Maria Cecília Braga atuou na TV Educar como repórter (aqui ela faz uma reportagem sobre o esvaziamento da lagoa do Passa-Cinco, em 2011)

Gina Costa, uma mulher jornalista do seu tempo

“A atual conjuntura nacional não é nada boa para nossa classe. Fazer jornalismo tem sido uma missão árdua. As horas na redação são divididas entre a produção do conteúdo fundamentalmente importante em meio à maior crise de saúde mundial, quando a informação é arma contra a ignorância; e o combate a fake news, muitas vezes fomentadas por quem deveria de fato liderar um país de forma responsável rumo a uma solução para o caos instalado. Ao mesmo tempo em que as jornalistas deixam evidente a sua competência, ouvem piadinhas infames ainda com conotações apelativas para uma desigualdade de gênero (*caso de Patrícia Campos Mello).

Faço parte de um grupo de mulheres que ouviram mais de uma vez frases como: “apesar de ser mulher ela é inteligente”. E foi com inteligência e posicionamento, desde 1985, quando iniciei minha carreira na Rádio Ponte Nova, por meio de um concurso, que segui na profissão. E sim… tive TPM, enxaqueca, stress. Tive duas filhas. Lutei por melhoria de qualidade de condições de trabalho e melhores salários. Mas, sobretudo tive coragem de entrar para um universo inicialmente (em Ponte Nova) tão dominado pelos homens e posso afirmar que “vim, vi e venci”.

A análise é da jornalista e radialista Gina Costa, que é coordenadora de jornalismo de 03 (três) emissoras de rádio em Conselheiro Lafaiete, repórter setorizada da Rádio Itatiaia no Alto Paraopeba e diretora/redatora de um portal de notícias www.fatoreal.com.br.

(*) No dia 26 de março passado, a juíza Inah de Lemos e Silva Machado, da 19ª Vara Civil de São Paulo, condenou o presidente Jair Bolsonaro a indenizar em R$ 20 mil a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, por ter utilizado comentário de cunho sexual para se referir a mulher em coletiva de imprensa. De acordo com a magistrada, ao dizer” ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, o presidente teve o objetivo de atingir a honra da jornalista.

Gina Costa começou em Ponte Nova e alcançou a plenitude da profissão de jornalista em Conselheiro Lafaiete
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