Morre no Rio de Janeiro, o escritor e jornalista pontenovense Délcio Teobaldo

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O jornalista e escritor Délcio Teobaldo nasceu em terras próximas à Usina Anna Florência, Ponte Nova, em 28 de junho de 1953. Sua morte foi anunciada na noite de 07 de abril, mas não se sabe a causa do falecimento. Era jornalista, editor, produtor e diretor da TV Educativa do Rio de Janeiro (TVE-RJ), onde era redator e depois apresentou programas de debates.

Em 1974, Délcio Teobaldo entrou para a Rádio Sociedade Ponte Nova, após ser aprovado em concurso realizado pela direção da empresa. Ele foi aprovado junto com Ricardo Motta, editor do Líder Notícias para ocupar os microfones como locutores. Délcio Teobaldo trabalhava à noite, estúdio montado na Praça Getúlio Vargas. Na abertura do seu programa, o tema musical era Listen to the music, canção do conjunto americano The Doobie Brothers.

Ele era neto da batuqueira angolana Eva Paulina de Jesus, da cirandeira portuguesa Angelina Maria dos Santos e do caboclo contador de histórias, Luiz Sabino Soares; filho da camponesa e benzedeira, Maria Luzia e do dançador de caxambu e caboclinho, José Teobaldo, Délcio nasceu e cresceu em Ponte Nova, Zona da Mata mineira, ouvindo ladainhas, congadas, fulôs, cantos de calamboteiros e de lavadeiras.

Escritor, músico, artista plástico, pesquisador de culturas populares deixou extensa lista de publicações, iniciando com Geração Bate-Bute, livro de contos que denunciava a ditadura; Telintérprete – O jornalista entre o poder e o público; Isto é coisa da idade (livro inspirado na via de sua filha Janaína); Palavra puxa prosa e Quatro trancados no quarto.

Escreveu A filosofia das tradições afro-brasileiras em parceria com com Muniz Sodré, Roberto Moura e Pedro Moraes e seu último livro lançado o ano passado teve o título sugestivo Contrato com Vampiro. Como músico apresentou os shows: No fuzuê da muvuca – Jam session na Bookmakers e temporada no Rio Jazz Club (RJ); “African’s”, W Ipanema; e Mundeiro.

Exposições: Sopapos, na Galeria de Arte UFF, em 1988; Urbanos (Casa de Cultura Laura Alvim, 1992). Produziu e dirigiu Morre congo, fica congo – Curta-metragem com os últimos cantadores do Jongo Rural de Angra dos Reis (DGT Filmes, SP, 2001). Na Pele, videoclipes (ArtVídeo/Rede Brasil, 2001). Roteirista e editor do documentário Infância Limitada, terceira classificação na BBC de Londres e prêmio de melhor direção, 2002. Roteirista da minissérie musical A vida é um show, da TVE.

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