Dia 23 de abril é uma data escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais. Essa data foi escolhida em tributo aos escritores Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de la Vega e William Shakespeare, que morreram em 23 de abril de 1616. Nesse dia, grandes obras da literatura mundial foram relembradas, discutidas e reverenciadas. Mas, é uma oportunidade para celebrar os títulos de autores ponte-novenses como Laene Teixeira Mucci, Luciano Sheikk, Lara Repolez Salgado, Major Ivani Damasceno, Lindaura Primavera, Gilson José de Oliveira, Délcio Teobaldo, Ludovina Pires, Fernando Mansur, entre outros.
Luciano Sheikk tem sido o mais assíduos nos lançamentos dos últimos anos. Quando escreveu livros com pesquisas sobre a literatura de Ponte Nova, além de continuar pesquisando as várias nuances daqueles que se aventuraram a investir na literatura. Ainda sobrou tempo para contribuir com o livro Ponte Nova – Memória e Patrimônio- Um Relato Histórico do escritor socialista Osias Ribeiro, que foi conhecido publicamente em abril de 2019, com patrocínio da Bartofil Distribuidora.
Laene Teixeira Mucci é de longe a maior escritora de todos os tempos de Ponte Nova, com mais de 100 livros, vários deles construídos artesanalmente, com capa e ilustrações imaginados pela Fada-madrinha das Artes, que nos deixou em 14 de setembro de 2018. Nascida em Ponte Nova em 1928, ela era casada com João Mucci com quem teve 06 (seis) filhos que lhe deram 08 (oito) netos. Ela sempre lidou as artes desde criança, nas áreas da poesia e do teatro. Ela foi radialista na Rádio Sociedade de Ponte Nova, onde escreveu e apresentou diariamente programas.
Outra mulher que mudou os rumos da literatura de Ponte Nova foi Ludovina Pires que pesquisou a vida dos moradores folclóricos e lírios pirados. Ela os publicava em jornais e depois reuniu os personagens Bilisquete, Sá Dalila, entre outros, e os fez conhecidos por muita gente no livro Vozes da Rua. Sobrou tempo para lançar um olhar ambiental para o poderoso Rio Piranga e, com certeza, ela descobriu que como as lagoas tem a protetora a sereia Iara e os Oceanos são protegidos por Iemanjá, o majestoso rio das águas vermelhas tem os Guarapes.
Gilson José de Oliveira, que já presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes, começou escrevendo poemas e continua nos dias atuais, só que em redes sociais. Gilson usou a dialética para discutir Ética e Fé (ele foi padre durante muitos anos). Errante e caminheiro, Gilson é escritor ponte-novense por obra e graça de sua vida na terra da goiabada-cascão, porque ele nasceu mesmo foi nas margens do Rio Casca.
Fernando Mansur, que nasceu Fernando Antônio Mansur Barbosa, empoderou-se de uma voz inigualável que invadiu as ondas sonoras em várias emissoras de rádio do Brasil. Ele começou por aqui (Ponte Nova) lendo Epístolas na Matriz de São Sebastião. Passou em concurso da Rádio Nacional, com mais de 1.000 candidatos e deu no pé em 1970. Ele deixou legado em livros, onde mostra rádios por dentro e por fora.