O vereador Guto Malta (PT) repercutiu na Palavra Livre de 26 de abril, segunda-feira, o fato ocorrido na semana passada quando familiares Raimundo Rodrigues da Silva tiveram que realizar serviço de coveiro para sepultá-lo no Cemitério do Distrito Rosário do Pontal no dia 22 de abril, com ampla repercussão no Programa Canal Reis, apresentado por Afonso Reis em vídeos que viralizaram nas redes sociais.
Ele (Guto Malta) sugeriu a criação de lei apropriada para obrigar as funerárias, que operam no município, assumam também os serviços nos cemitérios distritais (Vau Açu e Pontal) e nos povoados considerados deficitários, com menos sepultamentos. Ele aproveitou para relatar que as funerárias do município continuam taxando serviços de abertura de cova até para famílias carentes que são isentas legalmente.
“Eles estão cobrando indevidamente das famílias nos momentos de maior vulnerabilidade. Nós precisamos ter rigor nessa fiscalização. Ano passado, a Câmara Municipal aprovou uma legislação (iniciativa da Comissão de Direitos Humanos), e essa legislação precisa ser cumprida”, frisou
Além do Pontal, os cemitérios de Ponte Nova têm problemas
No caso ocorrido no Distrito Rosário do Pontal, a repercussão na Rádio Montanhesa (Canal Reis) ouviu a vereadora Fiota (PSDB) que fez questão de informar “que o poder público (Prefeitura de Ponte Nova não é responsável pelo cemitério que fica em área particular e é cuidado sob a jurisdição da Igreja Católica e o coveiro é pago pela comunidade”.
A vice-prefeita, Valéria Alvarenga foi ouvida pelo Líder Notícias, via WhatsApp, que deu a mesma informação, mas sugeriu que a solução poderia ser a cessão da área para o município. “Aí haveria a justificativa legal para a contratação de um coveiro para os ofícios do sepultamento”, disse Valéria Alvarenga.
Ponte Nova possui 02 (dois) cemitérios em áreas urbanas, que já foram da Igreja Católica e hoje estão sob a responsabilidade de funerárias, após mudanças na legislação municipal, ainda na década de 1980 e alteração no ano passado (2020). Os cemitérios de Palmeiras e do Rosário já são considerados ultrapassados e com diversos problemas.
Chuva de granizo em fevereiro deste ano (2021) causou a queda de um barranco destruindo várias gavetas com restos mortais no Cemitério São Sebastião, no Bairro Rosário. No cemitério de Palmeiras, rede de drenagem mal feita invadiu túmulos em 2019, derrubando parte do muro. Os serviços de drenagem e recuperação de rede esgoto foram executados pelo DMAES.