O repórter Fernando Drumond esteve na Escola de Música Percepção Musical, na semana passada, para checar como estava funcionando o espaço cultural depois de muito tempo fechado, devido à pandemia do coronavírus. O diretor da escola e também professor de violão popular, David Primavera, prestou depoimento dizendo que a escola fechou as portas em março do ano passado (2020) até outubro do mesmo ano. Depois houve mais 02 (duas) paralisações pequenas: uma de 15 dias e outra de 01 (uma) semana e uma paralisação já este ano (2021). “O grande problema dessas paralisações para gente, e que pelo tempo que ficamos parados muitos alunos não retornam, acaba sendo muito complicado. Muitos músicos tocam na noite, outros não. Para quem depende só das aulas é mais complicado ainda. Mas a gente voltou e estamos tendo uma demanda legal, os alunos estão voltando e espero que continue assim”.
Neste mês de maio, a escola está oferecendo inscrições para os cursos sem taxa de Alunos no corredor esperando a hora da aula de música matrícula. Nesse período também é muito importante o aluno levar o próprio violão (por causa da pandemia). A escola está funcionando dentro das normas sanitárias da OMS (organização Mundial da Saúde) e seguindo protocolos rígidos de funcionamento. As aulas são individuais.
Histórico da escola é de resistência cultural
A Escola de Música Percepção Musical completa 21 anos de funcionamento em 2021 e a sua história teve início com o curso de violão erudito. A partir daí a escola começou a ter demanda de aulas para outros instrumentos e surgiram novos professores. A escola trabalha hoje com cerca de 10 professores e vem se mantendo graças à diversidade de cursos que oferece como violão popular, guitarra, sanfona, gaita, bateria, violino, canto, cavaquinho, culêlê, baixo e etc.
Wesley Costa Melo, fundador da escola e professor de violão erudito, piano erudito, gaita, culêlê e harmonia disse que a retomada da escola, depois de tantos desafios, é uma vitória para a cultura pontenovense. “Isso se deve ao histórico que a escola tem, com mais de 15 anos de posição cultural. Também à força de nossos professores, o engajamento deles, ao comprometimento deles com a cultura, tem feito na nossa escola uma resistência. Muitos artistas e colegas de trabalho não resistiram e não conseguiram se manter, e esse retorno nosso, mostra que estamos aqui para ficar”, disse Costa Melo.
A escola Percepção Musical trabalha com os seus alunos desde os ensinamentos básicos até a sua formação completa. Recentemente, a ex-aluna Ariadne Gomes Vileiro foi aprovada em 2º lugar para o curso de Musicoterapia da UFMG, dentre vários outros ex-alunos aprovados em escolas de música do país. Os alunos mais avançados também têm a oportunidade de lecionar na escola através de estágios e manter as suas próprias matrículas.