Parque do Passa-Cinco vai ser revitalizado pela quarta vez, desde sua inauguração em 1984

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Print retirado do vídeo mostra a área de primeira lagoa do Passa-Cinco, com área de lazer e até um deck de madeira com acesso dentro da água. O projeto é arrojado e foi elogiado pela comunidade

A secretaria municipal de Meio Ambiente (Semam) anunciou na sexta-feira passada, 25 de junho, por meio de um vídeo veiculado nas redes sociais, o projeto de revitalização do Passa-Cinco. O projeto mostra novidade em relação às outras 03 (três) revitalizações: desde a entrada até a área de lazer, que fica em frente a uma antiga estrada que dava acesso à Fazenda da Serra e Ranchador, depois virou acesso clandestino até a Penitenciária, haverá calçamento. A novidade desagradou ambientalistas, que preferiam a manutenção do espaço natural: acesso de terra com cascalho.
Esta é a quarta vez que o poder público investe na área que foi transformada em Parque Natural Municipal Tancredo Neves, oficialmente em 2007, com a regularização fundiária reconhecida legalmente em cartório em 20 de dezembro de 2008 (administração do Prefeito Taquinho Linhares), que contratou empresa para diagnóstico da fauna e flora, depois aprovado pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas) em 2015. No mesmo ano, foi aprovado o Plano de Manejo da área que fica na extensão do perímetro urbano dos bairros de Fátima, São Pedro, Bom Pastor, Novo Horizonte e Cidade Nova.
O parque começou a funcionar como área de lazer em 1984, com a construção de uma piscina natural, quadra de futebol de salão e vôlei, Forte Apache, restaurante, bar e pista de motocross. O Parque foi fechado em 1989 (Prefeito Antônio Bartholomeu) e reaberto em 1991, com a primeira a revitalização. Fechado logo em seguida, foi reaberto em 1994 (Prefeito Ademir Ragazzi), com a 2ª revitalização. A terceira revitalização veio no governo de Zezé Abdalla, com recursos Fundo Nacional de Meio Ambiente.

Parque Natural Municipal Tancredo Neves (Passa-Cinco) foi aberto ao público em 30 de outubro
de 1984, pelo prefeito Sette de Barros

Parque tem um histórico de degradação da sua flora e fauna
Desde sua abertura, de forma oficial para o público em 1984, o Parque que tem 255 hectares, perdeu grande parte de sua flora e fauna, por meio da ação predatória do homem, Moradores do entorno, gente com poucos recursos financeiros, sempre viram no parque uma fonte de sobrevivência. Retiram lenha da mata, cortam bambus para cerca e caçam clandestinamente para matar animais silvestres como tatu, paca e capivara ou prender pássaros para vendê-los.
Além disso, todos os anos a área é incendiada, de forma natural ou criminosa. O maior incêndio aconteceu em outubro de 2014, quando a Semam contabilizou a perda de mais de 10 mil árvores. O incêndio foi provocado quando um Agente Penitenciário colocou fogo em colchões velhos e perdeu o controle das chamas.
Segundo o último diagnóstico feito pela Semam, na primeira gestão do Prefeito Wagner Mol Guimarães, a flora do parque tem um deficit superior a 40 mil árvores, ou seja, mais 30 hectares desmatados ou sem cobertura vegetal de árvores, com vegetação de capim ou pequenos arbustos. Várias tentativas para o reflorestamento do parque aconteceram ao longo de mais de 36 anos de ocupação, mas com poucos resultados práticos, principalmente por causa de incêndios que ocorrem em tempos de estiagem.
Incêndio no Passa-Cinco em 2014 matou mais de 10 mil árvores

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