Justiça determina fechamento de serviços não essenciais; Monlevade pode ser atingida

Compartilhe
Facebook
Twitter
Email
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Os municípios que não aderiram ao plano “Minas Consciente”, do governo de Minas, podem
ter que fechar os comércios não essenciais. A determinação é do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais, que atende a uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC). Com a
decisão, João Monlevade pode ser atingida.
Isso porque a cidade não integra a lista dos 176 municípios que fizeram adesão ao “Minas Consciente” e também não segue a Deliberação n.º 17, do Comitê Extraordinário Covid-19, do governo estadual.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de João Monlevade garantiu que a Procuradoria Jurídica do Município já trabalha para que a cidade não tenha que fechar os comércios não essenciais.

Na prática, conforme a ação, medidas de flexibilização e de autorização para a prestação de serviços não essenciais promovidas de forma desordenada por um município impactam
decisivamente o município-polo, onde via de regra estão concentrados os recursos de alta
complexidade, e, de forma geral, produzem consequências em toda a região de saúde.

“Assim, percebe-se que as normas que consagram medidas de prevenção à Covid-19, no
âmbito da atividade de vigilância epidemiológica, superam o nível local e devem estar a
cargo do estado, no exercício de sua competência normativa”, atesta o procurador-geral de
Justiça Antônio Sérgio Tonet que completou: “a situação que vivemos no estado é muito
preocupante.

Nós precisamos reformar esse apoio para que haja isolamento social.

A Justiça reconheceu isso e concedeu a liminar. Quem estiver fora do Minas Consciente vai ter que abrir apenas serviços essenciais”.

Preocupação

Entre as preocupações expostas pelo MPMG, está o crescimento diário no número de óbitos
no estado e relatórios técnicos do Centro de Operações de Emergência em Saúde (CoesMG) apontando que, mesmo com a expansão ocorrida na rede de serviços, há risco
concreto de esgotamento da capacidade instalada, em especial, de leitos de UTI.

Além disso, a escassez de medicamentos anestésicos é um componente que agrava o
quadro assistencial. Em contatos constantes com órgãos e entidades de saúde, o Ministério
Público verificou que a situação dos estoques do chamado “kit intubação” é crítica. Há
relatos de hospitais públicos e privados sem estoque, tendo que suspender o atendimento
de novos pacientes, adiando cirurgias cardíacas e oncológicas pela falta de medicamentos.

Siga nas redes sociais
Artigos relacionados
Skip to content