Foi deflagrada na manhã de segunda-feira, 31 de agosto, pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (Ficco-MG) a Operação Caixa Forte 2, que investiga os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A Ficco representou por 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte e cumpridos em 19 estados da Federação, incluindo Minas Gerais e Distrito Federal; além do bloqueio judicial de R$ 252 milhões.
A ação cautelar da Ficco foi distribuída na 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meia da 13ª Promotoria de Justiça (Tóxicos) participa da operação, trabalho em conjunto com a Ficco e a e2ª Vara de Tóxicos. A atuação da Ficco visa a desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes dos organismos internacionais de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão do PCC recolhidos em Presídios Federais que recebiam valores mensais da facção por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos. Para garantir o recebimento do “auxílio” do PCC, os integrantes indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.