Sexta-Feira da Paixão: 03 de abril de 33

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A crucificação de Jesus foi um evento que ocorreu no ano 33 da Era Cristã, uma vez que se acredita que Jesus Cristo tenha morrida com 33 anos de idade. Como o calendário hebreu era utilizado no tempo de Jesus e ele incluía a determinação dada de uma nova fase da lua e do amadurecimento da colheita da cevada o dia – e mesmo o mês – exato da Páscoa judaica num determinado ano é tema de muita especulação. Estimativas para o ano da crucificação resultaram em que uma data frequentemente sugerida é sexta-feira, 03 de abril de 33, mas a Igreja Católica criou uma rotatividade, inexplicável.

Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus e também o Messias. Ele foi preso, julgado pelo Sinédrio (era uma assembleia de juízes judeus que constituía a Corte e Legislativo supremos da antiga Israel) e condenado por Pôncio Pilatos e finalmente executado na cruz. Coletivamente chamados de Paixão o sofrimento e morte de Jesus representam aspectos centrais da teologia cristã incluindo as doutrinas da salvação e da expiação.

Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani, no Monte das Oliveiras, após a Última Ceia com os 12 apóstolos. Após ter sido chicoteado Jesus recebeu dos soldados romanos, como zombaria, o título de Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus (INRI). Ele foi vestido com um robe púrpura (a cor imperial), uma coroa de espinhos, foi surrado e cuspido. Finalmente, Jesus carregou a cruz ao local de sua execução, o Monte Golgotá, que em aramaico significa Monte Caveira, justamente por ser local de execução de descontes com o Império Romano que dominava a Judeia.

“Jesus na cruz entre os dois ladrões”, quadro pintado pelo artista Peter Paul Rubens (holandês). Atualmente faz parte do acervo do Museu Real de Belas Artes de Antuérpia, na Bélgica.

Os cristãos tradicionalmente entendem a morte de Jesus Cristo na cruz como sendo um sacrifício proposital e consciente (dado que ele não tentou se defender em seus julgamentos), realizado por ele na figura de “Agente de Deus” para redimir os pecados da humanidade e tornar a salvação possível. A maior parte dos cristãos proclamam este sacrifício através do pão e do vinho na Eucarístia, uma lembrança da Última Ceia e muitos também comemoram o evento na Sexta-feira Santa anualmente.

O ator mexicano Anthony Quinn interpretou Barrabás em filme italiano de 1961, dirigido por Richard Fleischer. No elenco grandes atores como Jack Palance, Silvana Mangano e Ernest Borgnine

Barrabás injustiçado na História

Barrabás nome advindo do aramaico e quer dizer Bar Abbas (filho do pai) nasceu na cidade de Yafo, ao sul da Judeia. Ele Foi contemporâneo de Jesus Cristo e é citado nos Evangelhos do Novo Testamento no episódio do julgamento de Jesus Cristo por Pôncio Pilatos. Mas, a história não procede direito com sua situação, ao chamá-lo de assassino, segundo consta de livros escritos fora da Bíblia, adotada pelas religiões cristãs.

Era muito provavelmente integrante do partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado Zelote. Ele, Barrabás, era na verdade, um revolucionário, mas visto como ladrão e salteador pela ótica do poder dominante. Seu grupo agia através de ataques às legiões romanas como meio de fustigar as forças invasoras dominantes. Foi preso após um ataque a um grupo de soldados romanos na cidade de Cafarnaum, onde possivelmente um soldado foi morto.

Segundo textos, quando Jesus foi acusado pelos sacerdotes judeus perante Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, depois de interrogá-lo, não encontrou motivos para sua condenação. Mas como o populacho, presente ao julgamento, vociferava contra o prisioneiro exigindo sua crucificação Pilatos mandou flagelá-lo e depois exibi-lo, ensanguentado, acreditando que a multidão se comoveria (lavou as mãos). Mas, tal fato não aconteceu, como registra a história.

Pressionado, o governador tentou um último recurso: mandou trazer um condenado à morte, tido como ladrão e assassino, chamado Barrabás, e, valendo-se de uma tradição judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados deveria ser solto e o outro crucificado. Então, o povo manifestou-se pela libertação de Barrabás.

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