O programa “Canal Reis”, apresentado pelo jornalista Afonso Reis registrou na manhã de 02 de novembro, Dia de Finados, o protesto de dona Antônia, moradora do Ribeirão (zona rural de Ponte Nova), que foi levar flores para depositar no túmulo/gaveta de um parente (marido), mas não nada encontrou, pois, o local foi atingido por um vendaval e chuva em 18 fevereiro deste ano e os ossos foram transferidos para o Mirante da Paz, que também é administrado pela Funerária Santa Casa. Até hoje o local da queda das gavetas estava coberto por lona e não nenhuma providência para restabelecer o ambiente original. Neste ano (2021) o maior movimento por parte de parentes de entes queridos para visitação ocorreu na parte da manhã. Na parte da tarde, o movimento foi intercalado, com pequenos grupos nos 03 (três) cemitérios: Palmeiras, Rosário e Mirante da Paz. Os visitantes não cumpriram protocolos, mesmo porque não foi observado álcool em gel disponível na entrada da “última morada” do ser humano. A harmonia do Mirante da Paz contrastou com os protestos no cemitério da cidade Cartazes no Cemitério do Rosário mostravam indignação

São vários que se revezam no local que foi preparado para dar sustentação logística aos servidores municipais da limpeza pública. Os Moradores de Rua dormem debaixo da Ponte Francisco Linhares Ribeiro, inaugurada em 1980, ligando o Bairro Palmeiras aos bairros Triângulo, Triângulo Novo, São Judas Tadeu e Vila Centenário. Aliás, os varredores do local reclamam da permanente sujeira que eles deixam nos finais de semana. A foto desta mini reportagem foi tirada na manhã de domingo, 24/10. Na manhã de segunda-feira, 25/10, mais lixo foi registrado. Os comerciantes da região reclamam da situação, pois vários deles ficam bêbados e ameaçam fregueses exigindo pedágio que vai de uma dose de pinga a dinheiro para comprar crack. Recentemente uma lanchonete foi assaltada e a desconfiança recaiu em cima de um deles, prejudicando a imagem de outros que são catadores de material reciclável e domem no mesmo lugar.

O escritor ponte-novense Antônio Brant Ribeiro (Tuíco Brant) afirma em um de seus livros sobre a história do nascimento de Ponte Nova que “certamente foram os índios Aimorés e Puris os primeiros habitantes da região onde hoje estão situados Ponte Nova e municípios vizinhos. Os Aimorés, em maior número na época das primeiras incursões do homem branco, eram também conhecidos como botocudos, apelido derivado do uso, que eles faziam, de botoques. A região de Ponte Nova tinha como porta natural o Vale do Rio Doce. Por ele chegaram os primeiros exploradores, vindos da Bahia, a procura da foz desse grande rio. Sabe-se que Sebastião Fernandes Tourinho tenha subido o Rio Doce até a sua origem, que pensava-se ser em Ressaquinha. Entretanto, o Atlas das Águas de Minas Gerais, considera que a origem do Rio Doce a união dos nos Piranga, Carmo, poucos quilômetros abaixo de Ponte Nova, já em terras de Santa Cruz do Escalvado, margem direita e o município de Rio Doce, na margem esquerda. Como era comum em certas ocasiões, vários membros de uma mesma família recebiam, em doação, sesmarias em uma mesma região. Caio César Boschi acredita que esse procedimento era mais um ato de corrupção, em que um indivíduo, usando o nome de seus familiares, somava grandes extensões de terra que, muitas das vezes, permaneciam incultas. A origem de Ponte Nova O primeiro dos irmãos Monte Medeiros foi Miguel Antônio que precedeu ao irmão Sebastião em poucos meses, chegando à região com uma carta de sesmaria datada de 27 de fevereiro de 1755. No início do ano seguinte, já existia a Fazenda da Vargem Alegre, que contava com 45 escravos, animais de trabalho e criações. Em agosto de 1756, chega Sebastião do Monte Medeiros da Costa Camargo, que também não tarda a fundar sua fazenda: a Fazenda do Córrego das Almas. Sua carta de sesmaria havia sido concedida em 03 de junho de 1756. Com formação militar, Sebastião do Monte, no posto de Capitão, assume o Comando das Ordenanças do Distrito da Ponte Nova. O terceiro irmão só viria mais tarde, pois concluía, na época, seus estudos no Seminário de Mariana. Ordenado padre em 1763, João do Monte Medeiros seguiu, imediatamente, para ocupar sua sesmaria, situada nas terras banhadas pelo ribeirão Tavoassu (Vau Açu) e que fora doada pela carta de 30 de junho de 1756. Documentos indicam que, em abril de 1768, o padre João do Monte de Medeiros já havia instalado sua Fazenda do Vau Açu, dotando-a de uma casasede, uma senzala, um depósito e um curral de porcos. Essa casa-sede, uma das primeiras edificações de toda região, existe ainda hoje, servindo de sede à propriedade denominada Fazenda Vau Açu ou Usina Santa Helena, no Km 07 da Rodovia MGT 120 120 que liga Ponte Nova a Viçosa. Durante o Brasil Império, diversas paróquias e vilas foram homenageadas com o título de Cidade, o qual, na realidade, não trazia benefício ou promoção. No período Republicano, a Lei nº. 23, de 24 de maio de 1892, eleva à categoria de Cidade todas as Vilas Sedes de Comarcas. Só a partir deste ano que a denominação Cidade passa a equivaler à de sede de Município, portanto com a instalação de governo próprio e autonomia administrativa. Assim, para Ponte Nova, de relevância histórica a Lei Provincial que a elevou à categoria de Vila, datada de II de junho de 1857, e não a Lei de nº. 1.300, de 30 de outubro de 1866, que apenas alterou sua denominação de Vila para Cidade. Fazenda Vau Açu (vista dos fundos) construída na sesmaria concedida ao Padre João do Monte Medeiros

A secretaria municipal de Cultura e Turismo (Semct) de Ponte Nova divulgou nas redes oficiais do Poder Executivo, a programação oficial da festa em homenagem aos 155 anos de emancipação político-administrativa e elevado à categoria de município, ganhando a condição de receber o nome de cidade. O local escolhido é a região onde estava localizada a Rodoviária Velha, hoje denominada de Novo Centro. Serão 02 (dois) dias de movimentação: 30 e 31 de outubro, com barracas e food trucks de gastronomia e barracas de artesanato. Tem também a Festa da Goiabada com Queijo (Romeu e Julieta); oficinas e degustação. Haverá momentos para pinturas faciais em crianças. Dia 30 de outubro, tem corrida Trail Run pela manhã; às 10 horas, haverá apresentação da Banda Santíssima Trindade; a partir de 13 h, apresentação do DJ Leandro, seguindo-se show musical com o cantor Walisson Rodrigues (14h30min) e neste mesmo horário começam as oficinas de arte e a degustação. Às 16h30min volta o DJ Leandro; às 17h30min começa o esperado show de Jéssica Nunes e termina com show da Banda Retro. No dia 31 de outubro, largada do ciclismo, antes das 10 horas, quando haverá Aulão de Ritbox; 12 h apresentação da Banda Sade; 14 h será a vez da apresentação de Tai Chi Chuan; 14h30min show com a Banda Trem de Ferro; 16 h começa show da Banda Mr. Madman. No final da programação acontecerá premiação da competição de ciclismo. Local onde funcionou a Rodoviária Velha será o “palco” da festa do aniversário de Ponte Nova Um dos destaques da festa do aniversário é o cantor Walisson Rodrigues

No dia que Ponte Nova comemorou os seus 150 anos (2016), a Prefeitura Municipal realizava uma ação política de valorização de patrimônio cultural da cidade. A 3ª Festa da Goiabada, de organização da secretaria municipal de Cultura e Turismo (Semct) junto com o Arquivo Municipal, realizada na manhã de domingo (30/ 10), na Praça de Palmeiras, foi marcada pelo lançamento do selo que registrava a “Goiabada Cascão da Região de Ponte Nova” como patrimônio cultural e imaterial. Em 2014, o produto foi reconhecido como patrimônio imaterial pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG). Um dossiê com todo o histórico da goiabada local foi montado e enviado para conhecimento do IEPHA. Entre os produtos reconhecidos como “bem imaterial” estão a Goiabada Sinhá Mineira, Goiabada Jatiboca, Goiabada da Zélia, Goiabada da Dona Vivinha e a Goiabada Doces da Christy.

O Climatempo, uma empresa brasileira que oferece serviços de Meteorologia, sediada na Vila Mariana, em São Paulo, falhou na data de 12 de outubro, quando anunciou dia chuvoso, com 18 mm de chuva, com probabilidade de 90%. Com isso, o presidente da AmaCopa (Associação Comunitária de Moradores e Amigos do Bairro Copacabana e Adjacências), Marcinho de Belim, cancelou o evento programado para homenagear o Dia das Crianças, com distribuição de balas, doces, pipoca, algodão-doce para as crianças que ainda teriam direito a se divertir em cama elástica e escorregadores e levar brinquedos para casa. A AmaCopa reprogramou o evento para o domingo, dia 17 de outubro, enquanto continua preparando o Biciclotrem Princesa Leopoldina para rodar em cerca de 1.500 metros (1,5 km), com início no resto dos trilhos que começam nas proximidades do chafariz de água em Copacabana, seguindo até após a nascente que abastece o local com água em profusão, diariamente. Há quem diga que a Mina nunca secou, nem em período de estiagem. O Biciclotrem “Imperador” será tocado por 02 (duas) bicicletas que receberam os nomes de Isabel e Leopoldina, filhas do Imperador D. Pedro II, que inaugurou as estações da Estrada de Ferro Leopoldina em Ponte Nova: a de Rio Doce (era distrito de Ponte Nova) e a do Chopotó. O nome da Estrada de Ferro foi em homenagem à Imperatriz Leopoldina, autora do decreto que desligava o Brasil de Portugal em 02 de setembro de 1822, culminando com a Independência proclamada pelo Príncipe Regente Pedro de Alcântara, depois Imperador do Brasil com o nome de D. Pedro I. O Biciclotrem “Imperador” está cedido para a AmaCopa por intermédio da Ferropon (Núcleo de Preservação Ferroviária de Ponte Nova), representada pelos membros da entidade, Alfredo Padovani e Dimas José, que foram a Teixeiras na semana passada e o trouxeram, após ser cedido pelo professor Gerson, da Universidade Federal (UFV). O equipamento ficará em regime de comodato em Ponte Nova.