Política no Brasil não prioriza os interesses do cidadão e do país. A regra é a conquista do poder e através dele fortalecer nomes e partidos. As benesses para os cargos públicos e os eletivos, são muitas. Quando o poder se sente ameaçado por opositores a ordem é destruí-los. Essa prática é própria de uma democracia imatura que não consegue conviver com diferentes correntes ideológicas. A esquerda brasileira é de extrema radical, e o posicionamento muitas vezes traz indícios ditatoriais. A direita extremista não é muito diferente. Precisam modernizar-se. O radicalismo conspira contra a liberdade. Nos países onde a democracia não é apenas uma narrativa, não se estende tapete vermelho e nem se concede honras de Estado para ditadores com cabeça a prêmio. A esquerda em sua linha radical controla o país. Seus estrategistas, reconhecidos como bons, pensam a longo prazo. A lista para destruir nomes de opositores potenciais está em andamento.
Deltan Dallagnol (Podemos/PR) perdeu o mandato de deputado federal sob acusação de fraude contra a Lei da Ficha Limpa. Pediu exoneração do MPF enquanto enfrentava “processo” interno. Quando se demitiu, 11 meses antes da eleição, não havia processo, só investigação. Dallagnol fez parte da “Operação Laja Jato”, combateu a corrupção e combate a esquerda. Em fevereiro passado o juiz federal Marcelo Bretas (Laja Jato RJ) foi afastado do cargo por suposto desvio de conduta na análise de processos. Está sob procedimento de investigação pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O Juiz Federal da Lava Jato na 13ª Vara de Curitiba, Eduardo Appio, foi afastado cautelarmente depois que uma investigação apontou que ele teria acessado processo com o contato do filho de Marcelo Malucelli, desembargador afastado da operação. O ato pode configurar “infrações disciplinares”.
Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato e ex-parceiro de Dallagnol, está na Lista. Os dois atuaram em conjunto na operação que sacudiu o mundo político entre 2014 e 2018. Segundo Deltan, membros da Laja Jato estão sob “forte pressão por parte do sistema corrupto”. Moro enfrenta duas acusações. Uma movida pela federação partidária (PT, PV e PC do B) e outra, similar, de autoria do PL. Acusação: abuso de poder econômico e suspeita de caixa “2” na campanha ao Senado. O suplente de Moro é bolsonarista Paulo Martins (PL-PR). O deputado federal Níkolas Ferreira (PL-MG) é denunciado pelo MP/MG por ter divulgado vídeo sobre aluna em banheiro escolar e fazer comentários transfóbicos. Carla Zambeli (PL-SP) foi denunciada pela PGR por porte ilegal de arma de fogo. Tanto Zambeli quanto Níkolas também estão na mira do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal.
No Ceará 04 Deputados do PL foram cassados pelo TRE acusados por fraude na cota de gênero. Ainda cabe recurso. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pode ser cassado por apologia sobre AI-5. A imunidade parlamentar dificulta as ações da Justiça, mas está sujeito ao julgamento do Parlamento. O TOP da lista é Jair Bolsonaro. Acusado de afronta ao sistema eleitoral do TSE e exposição do tema a embaixadores, JB está em situação difícil e dificilmente deixará de perder seus direitos políticos. Com a direita sob fogo cerrado deixo a pergunta: e os outros?