Adilson Bombassaro

A economia brasileira vem se sustentando pelas exportações das “commodities” agrícolas e minerais. “Commodities” vem do inglês e foi incorporada ao linguajar econômico no mundo para bens ou produtos de origem primária. São produtos que em geral são transformados, como a soja, que é processada para se transformar em alimentos. A China é no momento o maior importador desses produtos brasileiros. A economia também é uma disputa mundial. As grandes potências usam das mais variadas estratégias para manter a supremacia. Recentemente desencadeou-se um movimento para criar monopólios sobre as “commodities” com o objetivo de atingir diretamente a China. Detentora de grande poder de compra, os chineses reagiram e ameaçaram punir severamente os países que se alinharem ao que eles estão chamando de conspiração econômica. Diante da alta demanda desses produtos, os preços se mantêm acima dos patamares do ano passado e interessa diretamente aos produtores brasileiros. A exceção, diante da reação chinesa, é a cotação do minério de ferro que atingiu o menor preço no mês. Como exportador desse minério o Brasil foi diretamente atingido. Num momento em que as demais “commodities” trafegam em alta, a queda do preço do ferro é um aviso sério dado pela China, nosso maior comprador. Para se transformar na maior economia mundial eles não medem esforços e se valem de uma gama de estratégias para se manterem competitivos. A pressão exercida pelo dinheiro é uma delas. As duas maiores economia do mundo, EUA e China, projetam um crescimento de 7% no ano atual e juntas já respondem por 40% da economia global. Ações para a retomada da economia vem sendo desenvolvidas em diversos países. A aceleração da vacinação e os estímulos fiscais são fatores de aquecimento da demanda para produtos transformáveis. O agronegócio brasileiro tem sido o fiel no equilíbrio da balança comercial brasileira. O setor vem acumulando altas consecutivas no volume das colheitas, e hoje, é o maior produtor mundial de alimentos. Destaco que a suinocultura chinesa, após vencer a epidemia de peste suína africana, registra grande crescimento. Ela depende da importação de grandes quantidades do grão de soja para a produção de ração. Somos grandes parceiros da China. Nossas exportações do agronegócio cresceram 39% em abril passado. O mundo vem travando uma guerra contra o coronavírus. Em decorrência a economia global sentiu os efeitos dos isolamentos sociais, da queda do consumo, desemprego e políticas equivocadas. No Brasil, há pouco mais de um mês, os três poderes firmaram um pacto de união para combater a pandemia. Logo depois o STF – Supremo Tribunal Federal - integrante do pacto, determinou ao Senado a abertura da CPI da COVID-19. Entendo que todos os esforços deveriam estar voltados para combater o vírus. O que vemos, infelizmente, são oportunistas políticos se valendo da desgraça de tantas famílias para, sem o menor constrangimento, fazerem da CPI um palanque eleitoral com vistas as eleições presidenciais de 2022. Mesmo que os discursos sejam enfáticos, chego a crer que eles pouco se importam com as vidas perdidas. Pelo poder, vale tudo! BOA SEMANA!

31/05/2021– 11:00

  Tema que repercute mas redes Sociais vem da delação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Condenado a mais de 342 anos em 18 condenações, entregou à PF – Polícia Federal – farta documentação com nomes dos envolvidos. Dentre eles e o mais notório é o do Ministro do STF Dias Toffoli. A PF tomou o cuidado de cruzar as informações de Cabral com outros processos em andamento na Justiça. As provas foram suficientes para se considerar o relato coerente. A acusação mais forte contra Toffoli é a da venda de decisões judiciais no TSE – Tribunal Superior Eleitoral. O inquérito da PF chegou às mãos do ministro Edison Fachin, que por sua vez, o submeterá ainda neste mês ao plenário da Suprema Corte, se o conteúdo da delação de Cabral deve ou não ser considerada válida. Em nota, a PGR-Procuradoria Geral da República posicionou-se contra a aceitação pelo STF porque o ex-governador apresentou novas acusações mais de um ano após a homologação do acordo. Vamos por partes: o inquérito da PF juntou provas, cruzou informações, aprofundou as investigações e considerou coerentes os relatos. Diante das evidências, seria, não fosse quem é, que as investigações merecessem o mesmo tratamento que é dado ao cidadão comum quando furta uma caixa de leite para alimentar os filhos. Não há distinção para o delito. Infratores devem responder perante a justiça pelos seus atos. As instituições, no caso o Poder Judiciário, representam na organização da República a ordem e a garantia dos direitos do Estado e da população. A corrosão dos princípios elementares que zelam pela ordem e justiça colocam em risco a nossa frágil democracia. O Brasil precisa que os três poderes, cada qual no seu pedaço, cumpram com zelo e imparcialidade o seu papel. O risco de termos instituições fragilizadas é a desordem, a formação de feudos dominantes, caos social, segregação dos pobres, corrupção intensa, privilégios para poucos e o risco da ditadura moderna. O filósofo político Norberto Bobbio afirma que a ditadura moderna é um regime caracterizado pela concentração absoluta do poder e pela subversão da ordem política anterior. Ela pode ser conduzida por uma pessoa ou um grupo que impõe seu projeto de governo à sociedade com o uso do controle dos poderes, ou até mesmo com o auxílio da força. No Brasil os poderes estão subvertidos. Embora poucos admitam, criou-se um sistema de proteção entre os membros dos feudos. As manobras estabelecidas para os intocáveis parecem não ter limites. Tripudiam sobre a vocação ordeira do povo brasileiro. Em outras “plagas” haveria reação manifesta contra esses abusos. Fica fácil deduzir porque eles são contra a liberação do porte de arma. Com cabo de vassoura ou faca de cozinha fica difícil lutar contra o sistema opressivo. Considero inoportuna a manifestação da PGR. Dentro dos princípios éticos, deveria apoiar as investigações da PF para bem cumprir suas atribuições como chefe do Ministério Público da União, de procurador-geral eleitoral e do Conselho Nacional do MP. É Órgão importante que por vezes se transforma em instituição incompreensível. COISAS DO BRASIL. Boa semana!

24/05/2021– 14:27

Posição inédita dos EUA tende a apoiar a quebra das patentes das vacinas contra a COVID-19. O presidente Joe Biden (Democrata) acena como apoiador da proposta. Quase octogenário, Biden se vê às voltas com desconfianças dentro do próprio partido e criticado pela sua proximidade com os Republicanos. Quebrar patentes atinge fortemente os interesses dos laboratórios cujos investimentos em pesquisa e desenvolvimento são altíssimos. Também em curso no Brasil, o movimento vem sendo costurado e a decisão passará pela OMC – Organização Mundial do Comércio. O gesto americano pode ser analisado por dois prismas: manifesto de simpatia para com os problemas da COVID19 no mundo, articulando nos bastidores para que isso venha a acontecer lá pelo final da Pandemia. Outra hipótese é deixar o processo por conta de quem está em dificuldades, já que o governo de Biden acredita fortemente nas proteções da propriedade intelectual. A crise sanitária é global com efeitos extraordinários. O mundo clama por ações extraordinárias. As mortes ocorridas na favela do Jacarezinho por ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, entre falácias e verdades que circulam na mídia, suscita diversas interpretações. Dos 29 mortos, 27 possuem ficha criminal. O objetivo da operação foi combater esquema de guerrilha urbana fortemente armada, o tráfico de drogas e a submissão cruelmente imposta aos moradores da favela. O ocorrido levou a ONU – Organização das Nações Unidas – a determinar uma investigação paralela. O número de vítimas impressiona. Morrer é o risco para quem escolheu viver na marginalidade. Nós como sociedade clamamos por segurança. O desfecho é o resultado da complacência das autoridades do Estado, permitindo que ao longo do tempo a estrutura do crime ganhasse corpo. Quando se aperta os números eles contam a verdade. Nos últimos 04 anos cerca de 03 mil policiais foram mortos em ação no RJ e centenas aposentados por invalidez em decorrência de ferimentos graves. Onde está a moral dessa história? Nos dois temas que apresento aqui faço um convite à reflexão sob os princípios éticos e filosóficos da natureza humana. Julgar é o maior risco de erro a que o indivíduo possa incorrer. Juntar fatos que se tornam públicos não nos garante a certeza do bom juízo. Boa parte dos canais de informações estão escondidos sob uma linha de interesses, tentando nos levar ao jogo da catequização. Se não formos seletivos, passaremos a acreditar naquilo que eles querem. Na antiga Grécia havia 03 pensadores que estudaram os costumes morais da sociedade. Sócrates, Platão e Aristóteles tinham a ética como uma área da filosofia. Estabeleceram de forma moderada e questionadora o que é certo e o errado e a linha tênue entre o bem e o mal. Para eles, a conduta do ser humano deveria ser pautada no equilíbrio para evitar a falta de ética. Defendiam a virtude e a estreiteza moral. Concluo: Joe Biden está tentando fazer o mundo acreditar que o americano é bonzinho? Quem de sã consciência lamenta a morte de bandido? BOA SEMANA e CUIDEM-SE.

17/05/2021– 15:03

A CPI da COVID19 tem seus canhões voltados para o Governo Federal. O objetivo, como disse aqui na semana passada, é minar a possível candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição em 2022. No depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Mandetta (DEM-MS) na dita CPI, deixou claro que o palanque eleitoral está instalado. Sem o menor constrangimento afirmou ser candidato a candidato à Presidência. A CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, como define o próximo nome, é investigar e encaminhar à Justiça para que esta aplique as medidas cabíveis. Fez campanha! A pecha de genocida que vem sendo trabalhada para rotular o Presidente, a bem da verdade, poderia pegar muita gente. Entendo que o genocídio é algo diferente daquilo que está sendo tratado. Em campos de concentração na segunda guerra de forma desumana os alemães exterminaram milhões de judeus. Na Rússia Stalin exterminou mais de 20 milhões de russos contrários ao regime. Genocídio é a destruição total ou parcial de um grupo étnico, de uma raça ou religião através de métodos cruéis. A pandemia não é isso! Em 04/02/2020, o presidente Bolsonaro decretou “Estado de Emergência Sanitária” dado ao surto da COVID-19. Na mesma época a Presidência envio ao Congresso PL – Projeto de Lei – para a adoção de medidas de combate à pandemia. A intenção era evitar que o carnaval atuasse como centro de contaminação. Ocupando a “telinha” o Dr. Drauzio Varella fazia o jogo dos interesses afirmando: “A impressão é de que está acontecendo uma catástrofe, isso nunca vai acontecer. Primeiro porque esse ví rus não tem esse potencial, porque em cada 100 pessoas que pegam esse vírus, 80 a 90 pessoas tem um resfriadinho de nada”. Fez isso em rede nacional e quem acreditou se expôs. A TV Globo era detentora dos direitos de transmissão do Carnaval. Convocava geral e o cancelamento como forma preventiva significava prejuízos nas finanças da emissora. Ela havia feito adiantamentos as Escolas de Samba. Qual a responsabilidade que deve ser investigada e atribuída a quem estimulou a exposição? João Doria (PSDB-SP) afirmou: “não há nenhuma razão para pânico. Cada país tem circunstâncias distintas. Na China, Coreia do Sul e Itália, não é necessariamente o que vai se reproduzir aqui”. Também liberou geral. O filósofo Luiz Pondé disse na Rádio Jovem Pan: suspender o carnaval vai causar sérios transtornos... vc concorda em suspender o carnaval em nome ao combate da circulação do vírus, ou você acharia isso fascista e autoritário?” E aí Pondé, onde estão os fascistas? O governador da Bahia ACM Neto (DEM) de olho nas receitas do turismo, tranquilizava: “esse não deve ser o motivo para o folião baiano nem para o folião turista que vai vir para cá...”. Aqui é um lugar seguro, disse ele. Mandetta também mandou a sua convocação: é a festa popular, é uma festa brasileira, como se viu, os casos estão concentrados na China.” No início de março o JN da Globo anunciava o primeiro caso de infecção no Brasil. Concluo: não há genocidas, apenas jogo de interesses. ET: 1º de maio lindo. Patriotas de verde e amarelo fizeram a festa da democracia, sem vandalismo. BOA SEMANA!

10/05/2021– 10:48

No jogo de cartas marcadas foi instalada a CPI da COVID-19 no Senado. Nascida de proposta do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e instalada por determinação do STF mediante recurso do senador proponente, a CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito - desencadeou diversos requerimentos para ampliação da CPI estendendo as investigações para Estados e Municípios. Essa amplitude desagradou a oposição. As duras manifestações iniciais do presidente da CPI, senador Osmar Azis (PSD-AM) e do Reator Renan Calheiros (MDB-AL) foram de ameaças e de sentença pronta. A CPI que os brasileiros querem não deve estar envolta em conotação política e que dela se faça palanque eleitoral. A Nação precisa saber das responsabilidades e eventuais negligências nas ações de combate ao vírus, e não um teatro cujo tema seja a luta pelo poder. Quem perdeu familiares ou amigos em consequência da pandemia do coronavírus, tomado pela dor e dúvida, precisa de explicações porque o cenário de antagonismo nos leva a entender que algo mais poderia ter sido feito. No decorrer da CPI as verdades precisam emergir e as responsabilidades apuradas. A isenção na elaboração desse inquérito pode nos dizer o quanto a saúde, andou ou não, de mãos dadas com a política. Não podemos engolir disfarces de que a CPI foi acordão de cartas marcadas. O discurso inicial da CPI vem num tom de populismo. O objetivo, mesmo que se queira disfarçar, é desconstruir o governo federal e aniquilá-lo de qualquer chance de reeleição em 2022. As oposições torcem por isso. Nas estratégias da esquerda de LULA, suportadas pelo “bunker” ativo no STF toma a ponta na corrida. O Centrão tem largada lenta. Ciro Gomes (PDT-CE) articula chapa com Tasso Jereissati (PSDBCE). O intento se contrapõe aos planos dos Tucanos paulistas de Fernando Henrique e aliados. Na alta cúpula do “tucanato” o entrave é João Dória (PSDB-SP). O governador tenta tomar a liderança do Partido para viabilizar sua candidatura à Presidência. Se vencer a briga paulista e não houver recuo da pré-chapa de Ciro/Tasso, a solução terá que vir da convenção do PSDB. Esse cenário político é um ensaio inicial e muita coisa pode acontecer. Na luta pelo poder todas as articulações têm endereço certo. Evitar a reeleição de Jair Bolsonaro, que a seu favor, tem o forte apoio popular e sustentação do EMFA-Estado Maior das Forças Armadas. Ameaça de golpe? Improvável! Entendo que a governança de Jair Bolsonaro chegou até aqui por conta dessa sustentação. O contrário seria antidemocrático, já que ele foi eleito pela vontade da maioria dos eleitores. Infelizmente no país temos muita gente pregando e pouco praticando a Democracia. Queremos respostas. A Comunidade Europeia acena que vacinados com a CoronaVac não poderão entrar na Europa dada a baixa eficácia da vacina. Por ações do governador de São Paulo, João Dória, a vacina chinesa responde hoje por 84% dos imunizantes aplicados no Brasil. Será que a CPI também vai investigar a qualidade dessa vacina que nos impõe? A CPI da COVID-19 vai ocupar doravante os noticiários das principais redes. Estou preparado para encarar o “Festival Tom e Jerry”. Deixo meu abraço aos TRABALHADORES.

03/05/2021– 13:03

Dia desses fiz pedido a supermercado para entrega delivery. Compras no valor de 162 reais. No cupom foram acrescidas as taxas de entrega 7 reais e 5 reais de taxa de comodidade. Não conhecia essa proeza e até que me expliquem a que se destina, permaneço indignado. Explico: neste momento o que mais se prega é o fique em casa, evite aglomeração, álcool gel etc. Quando o estabelecimento não colabora para que o consumidor não saia de casa, a taxa de comodidade é um despropósito. O valor de 13 reais de taxas é equivalente a 2 kg de feijão ou 3 de arroz, ou óleo de cozinha, um 1 kg de filezinho de frango congelado etc., que leva o consumidor a sair para as compras por questões econômicas. Milhões de brasileiros passam por dificuldades. A falta de renda atinge 25 milhões de trabalhadores informais e quase 15 milhões de desempregados. A pandemia ainda vai durar bom tempo. A solidariedade não pode ser relegada a plano secundário. Existe muita gente passando necessidade. Adaptar-se ao novo cenário é mais do que obrigação. O momento sugere que fornecedores estejam imbuídos do espírito solidário e de cidadania. Se não há cortesia por parte do supermercado para a entrega grátis, é justo que se pague o motoboy. Ele está se expondo para defender o sustento da família. Mas engolir essa taxa de comodidade, não dá! Sou defensor do compre aqui para gerar emprego/renda e tributos para a cidade. A crise gerada pelo coronavírus vem mudando o perfil do consumidor. Pesquisa da “Spending Pulse”, um indicador de vendas no varejo que abrange todos os tipos de pagamentos, indica que no ano passado o ecommerce brasileiro teve um crescimento de 75% quando comparado ao ano anterior. Isso se deu após o início do isolamento social. Se os negócios desandaram para a maioria dos lojistas, abriu novas oportunidades para o comércio eletrônico. Atualmente nesse tipo de atendimento se compra de tudo com frete grátis. Se for produto de consumo regular o fornecedor oferece o serviço de entrega programada mediante cadastro do produto, prazo e forma de pagamento. As entregas são rápidas e os preços são competitivos quando comparados aos praticados no comércio local. Esse é o desafio do momento e dos próximos dois anos. Dinheiro pouco leva o consumidor a buscar as melhores alternativas para as compras. O comércio eletrônico precisa ser entendido e enfrentado com estratégias que motivem o consumidor a buscar localmente opções de escolha, preço e pagamento. Buscar sensibilizar o consumidor para a importância de prestigiar o comércio local, por si só, é pouco. É preciso mais que isso. Boa parte da grande massa consumidora está sem renda. Voltar a ter ganho regular pode levar um tempo. Quando a pandemia for controlada nada maia será igual. É preciso começar a reinventar a economia e torcer para que a política não afunde o barco. O dinheiro está curto e o consumidor arredio. Neste momento o consumidor luta com o que tem, e resiste até a taxa de comodidade.

26/04/2021– 14:12

Circula nas redes sociais alguns apelos para que Ponte Nova adote novos métodos para combater o coronavírus. A população está exausta e as consequências dos lockdown são danosas para as pessoas que não podem trabalhar e para as empresas que, impossibilitadas de operar, se veem diante de riscos eminentes. A COVID-19 já fez aniversário de um ano com várias mudanças em sua cepa. O tratamento na maioria das cidades continua o mesmo do início da pandemia. Há uma incompreensível resistência em adotar métodos/experiências que se mostram eficazes em pelo menos 52 cidades do país, conforme divulga o https://t.me/ liberdademédico. Não falo de tipos de medicamentos, porque isso compete aos médicos. Estes, estão precisando de mais liberdade para decidir qual o melhor tratamento para cada caso. O protocolo está engessando a criatividade. Como diz o Paulo Figueiredo Filho, para evitar um mal-entendido: “as vacinas funcionam. Até esse aí do Brasil. A quantidade de evidências neste sentido (até agora) é avassaladora. A incompetência está em acreditar que eles vão deixar você voltar ao normal só por causa disso”. Não sejamos estúpidos em fechar nossas mentes. Circula um banner direcionado ao prefeito Wagner Mol com o título: “tratamento precoce funciona, é barato e salva vidas. A mesma publicação traz dados comparativos entre Ponte Nova e Chapecó SC. Se a resistência em conhecer o método é a ideologia (direita/esquerda), existem mais 51 cidades fazendo o tratamento precoce com excelentes resultados. Outra mensagem em vídeo ao Prefeito foi gravada pela médica Dra. Raíssa Soares de Porto Seguro BA, convidando-o a visitar o sistema de saúde daquela cidade, onde conseguem bons resultados pelo tratamento precoce. Dra. Raíssa integra o movimento “Força médica nacional contra a COVID-19”. No início desta semana a China divulgou que estuda recomendar uma terceira dose da vacina CoronaVac. Vacinas criadas a “toque de caixa” são uma espécie de viagem ao desconhecido. Mas é “o que tá tendo”. O caminho até o controle da pandemia é longo. Experiências novas surgirão, outras já estão a caminho. Winston Churchill dizia: “ter sucesso é falhar repetidamente, mas sem perder o entusiasmo”. Ainda viajando pela mente dos sábios, lembro de Frederick Taylor (USA 1856-1915) tido como o pai da Administração Científica. “Se você fizer sempre as mesmas coisas, terá sempre os mesmos resultados”. Revolucionário para a sua época, Taylor era tratado como o “taylorista” porque seus estudos eram um conjunto de ações para a produção industrial, buscando a eliminação do desperdício e as perdas elevando o nível de produção. Seus estudos baseavam-se em métodos da ciência positiva, racional e metódica dos problemas administrativos. Sua proposta mexia com as pessoas e as retirava do mesmismo (zona de conforto). A princípio foi contestado, mas a maioria dos seus métodos funciona até hoje. Infelizmente estamos vendo a solidariedade diminuir e os reflexos sociais crescem. Li no editorial da Gazeta do Povo PR o seguinte: “soa pretensioso e até insensível exigir dos mais pobres que adotem o fique em casa. Capturados entre a possibilidade da contaminação e a certeza da fome, eles sairão, sim, à rua para buscar o pão de cada dia. BOA SEMANA!

18/04/2021– 22:14

Com um mínimo de atenção se percebe que boa parte dos canais de mídia direcionam e até desvirtuam as informações. O jornalismo atingiu um estágio de irresponsabilidade que submete seus profissionais ao jogo dos interesses ideológicos. Num momento em que a Nação mais precisa da informação correta, de união e solidariedade na pandemia, o que vemos na maior parte dos canais informativos é o terrorismo. O inconformismo se uniu para combater um governo ideologicamente de direita, eleito pela maioria. Não há nada de errado num regime democrático a alternância no poder. A insatisfação, por si só, não é suficiente para articular impeachment de quem quer que seja. O interessante nesse contexto é o que não aceitam. O combate à corrupção e o corte das polpudas verbas que eram destinadas a mídia. O mundo da informação mudou. No Brasil foi preciso cortar as benesses do dinheiro público para que parte das emissoras de TVs e jornais se reinventassem. É o tombo da velha mídia que relutou para se adaptar ao novo cenário. Hoje a informação está na palma da mão. Desde 1976, quando Steve Jobs e Steve Wozniak decidiram montar um computador batizado de Apple, a comunicação começou sua metamorfose. Bill Gates com a Microsoft, também é parte dessa revolução. A mídia impressa resistiu até onde pode. Jornais e revistas buscaram sobrevivência nas plataformas multimídias, diversificando seus produtos para fidelizar o consumidor. O escritor e jornalista Dagomir Marquezi nos dá o diagnóstico: “a velha mídia está encolhendo. E não é só por razões ideológicas. São raros os veículos que conseguiram se adaptar satisfatoriamente à era digital. Ou falar com gerações mais novas. Muitos não compreenderam os novos modelos de negócios. A ex-maior editora do país, a Abril, é o melhor exemplo dessa incapacidade de adaptação. Dominava o mercado brasileiro e parecia invencível. Até que desabou”. Vou dar números: em 2014 a revista VEJA tinha tiragem de 1,2 milhão de exemplares e hoje tem cerca de 260 mil. A revista Época da editora Globo lançava 380 mil exemplares. Hoje esse número se resume a menos de 90 mil. No setor televisivo a maior emissora do país, TV Globo, teve que cortar 1,1 bilhão em despesas para fechar 2020 com lucro de 167 milhões. Em 2019 o lucro foi de 752,5 milhões. A receita atual não cobre a dívida com o INSS, hoje superior a 01 bilhão de reais. Há rumores de que a Globo poderá mudar de dono. O mexicano Carlos Slim, 11º mais rico do mundo, estaria aguardando o caldo entornar mais um pouco para fazer uma oferta através da holding do grupo J&F e intermediação do banco BTG Pactual. O negócio é estimado em 25 bilhões de reais. A hipotética venda mudaria os rumos da Globo? Como consumidor meu desejo é o da informação correta, isenta de opiniões, e que me permita estabelecer minha própria avaliação. Estamos longe disso. Como na pandemia, o melhor remédio é estar vacinado contra aqueles que querem nos catequizar. BOA SEMANA, CUIDE-SE

12/04/2021– 12:57

As últimas semanas foram de decisões que colocam nosso barco num novo rumo. A incompreensível suspeição do ex-juiz Sérgio Moro das sentenças da Lava Jato Curitiba foi declarada pela terceira turma do STF no último dia 23 de março. A decisão traz dois pontos que comento agora: por que a Ministra Carmen Lúcia mudou seu voto? Ao fazê-lo, mudou o rumo da decisão. Isso aconteceu no período em que o ministro Nunes Marques pediu tempo para vistas ao processo. Como se esperava, seu voto foi para o Moro e o absolveria na ação caso Carmen Lúcia não recuasse. Quem convenceu a ministra a mudar de voto e qual a razão? Boa parte dos brasileiros quer saber. O outro ponto a considerar, é, ao decidir pela suspeição do juiz Sérgio Moro abre perspectivas para uma avalanche de pedidos de suspensão das delações premiadas e acordos de leniência firmados com a Operação Lava Jato por pessoas e empresas envolvidas em corrupção. O valor recuperado soma aproximadamente 5,5 bilhões de reais e foi destinado aos cofres públicos. Vale salientar que esse valor já foi usado pelo Estado no combate a Pandemia do COVID-19. Mesmo que a decisão do STF possa ser juridicamente questionada, e que tenha relação apenas com os processos do ex-presidente Luiz Inácio, põe a União em risco caso o mesmo Supremo Tribunal Federal entenda ser abrangente. Juristas dizem que a decisão pode ser estendida a todos os casos da Laja Jato Curitiba. Se os outros acordos forem suspensos, caberá ao Estado devolver aos condenados as importâncias respectivas. Deixo uma pergunta: alguém devolve algo que não roubou? A reforma ministerial (6) feita pelo presidente Bolsonaro é constitucional. A saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores, a seu pedido, foi para aliviar pressões que vinham principalmente do Congresso Nacional, liderada pelo Centrão, sob a alegação de passividade nas negociações de vacinas no exterior. Para medir competência se pode usar a metodologia 3T: Tenta, Tenta e Troca. Outro ministro que foi substituído foi o da Defesa. Saiu o general Fernando Azevedo e Silva entrou o general Braga Netto. A troca levou a renúncia simultânea dos três chefes das Forças Armadas. Deixaram seus cargos o general de Exército Edson Leal Pujol, da Aeronáutica tenente brigadeiro do ar Antônio Carlos Moretti Bermudez e da Marinha, o almirante de Esquadra Ilques Barbosa Júnior. As saídas são atribuídas à hierarquia, ou valor de “caserna”, em que um militar de graduação superior não se submete a alguém de menor patente, como no caso. A falta de alinhamento ideológico também pode ser um dos motivos. Outra mudança foi dada pelo Dec. 10.634 de 22/02/21 determinando a exposição de tabelas nos Postos de combustíveis expondo o valor médio do produtor/importador, imposto estadual e federal. Desde o dia 25 p.p já é possível encontrar nas bombas de abastecimento a referida tabela explicativa. Isso permitirá ao consumidor uma visão dos custos incidentes no produto. Feitas as contas, vai ficar claro que está na hora de parar de “bater” nos Revendedores, hoje verdadeiros testas de ferro do sistema. Do produtor ao consumidor tem muitos envolvidos. Que tal olhar para o todo? FELIZ PÁSCOA!

05/04/2021– 10:54

Na última quarta-feira, 24 de março, foi formalizada a criação do Comitê Nacional para ações coordenadas no combate a Pandemia da COVID-19. Os três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário se unem para despolitizar a crise na saúde e endereçar esforços para o combate mais eficaz do coronavírus. Juntam-se ao Comitê o Ministério da Saúde, Comunicações, técnicos e cientistas da área, assessorias, governadores e esses, por representatividade, os Comitês Municipais. As intenções são boas e levou o presidente da República a se manifestar em favor da vida, do tratamento precoce, e pasmem, não fez referência a economia. Esta, mais do que até agora, será fortemente afetada. Esses danos econômicos são custos decorrentes de muitos erros e vai para a conta das perdas das empresas. O Comitê se reunirá semanalmente. Estão previstas ações de lockdown mais fortes. Possibilidade de feriadões de 03 a 10 dias, toque de recolher, restrições a mobilidade das pessoas, barreiras sanitárias municipais estaduais e internacionais. A medida atingirá todo o território brasileiro inicialmente por 14 dias. Findo o período, os resultados serão avaliados e a extensão desse prazo poderá acontecer. Os serviços essenciais estão mantidos com horários controlados. Louve-se a iniciativa, mas não resisto a tentação de fazer referência ao tempo perdido. Acabamos de soprar velinhas para o primeiro aniversário da pandemia e somente agora acontece o despertar. Foram 12 meses de desencontros por falta de coordenação. A resistência do Planalto em manter como ministro da Saúde o General da ativa Eduardo Pazuello, autoritário, de pouca transparência e conhecimentos limitados, a classifico como o pior exemplo. A esperança está no novo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que chega com um currículo que o credencia ao cargo. As empresas estão à deriva. A maior parte da conta das incompetências baterá no seu passivo. Não há mais como garantir empregos. Os custos fixos estão em aberto e a inadimplência, se nada for feito, comprometerá a continuidade desses empreendedores. Necessário um SOS imediato por parte dos governos. Dentre as medidas de auxílio, que compreendo indispensáveis, estão: suspensão do contrato de trabalho com subsídio da União, parcelamento do recolhimento dos tributos estaduais, federais e municipais isentos de juros e multas e com carência mínima de 6 meses. O financiamento da folha de pagamento para que se mantenha a oferta de empregos também é necessária, com carência que permita a criação de fôlego financeiro quando da retomada. Itália, Alemanha e Inglaterra e mais 16 países europeus estão na 3ª onda. Nós acabamos de entrar na 2ª. O que faremos com esse alerta? Apenas criar leitos e hospitais de campanha não basta porque é paliativo. É preciso ações eficazes para primeiro combater a propagação do vírus. Salvar a vida dos infectados é importante, mas cruel quando as pessoas morrem pelas consequências. Ninguém ficará confortável em saber que existem leitos de UTI disponíveis. Ser internado pela doença causa dor e incertezas a milhares de famílias. Somos todos responsáveis e devemos assumir com seriedade as recomendações preventivas. Diante da previsão de reduzir em 40% os casos de infecções e óbitos nos próximos 14 dias, fica o convite: FAÇAMOS NOSSA PARTE!

29/03/2021– 10:36

“Amanhã, será um lindo dia, da mais louca alegria, que se possa imaginar.... Amanhã, apesar de hoje, ser a estrada que surge, pra se trilhar”. Quando a esperança anda pelo fio da navalha e a Onda Roxa se espalha por todo Estado de Minas, me permito invocar Guilherme Arantes. A música está permanentemente no subconsciente para que a fé não se perca. O cenário é desanimador. Determinação do Governador Zema submeteu preventivamente todo o Estado as restrições da Onda Roxa por 15 dias. O Sistema de Saúde está à beira do colapso e poucas são as iniciativas para ampliação das UTIs. Em Ponte Nova nesta semana não há leitos disponíveis. Quem necessita de vaga na UTI para tratar os efeitos da COVID-19 entra na fila e volta para casa. Não tenho conhecimento da prática do tratamento precoce e volto a insistir: toda doença quando tratada preventivamente ou precocemente aumenta consideravelmente a chance de cura. Quem se sentir confortável em adotar medidas preventivas, recomendo que faça seu kit/medicamentos para o tratamento inicial e minimização do risco de entrar em estado crônico. Fale com seu médico. Ele pode ajudar. Acompanho atentamente a evolução da doença, das vacinas, dos tratamentos e novas pesquisas. O protocolo precisa ser revisto. Hoje, ao sinal de sintomas procura-se o serviço especializado. Colhem material para o teste e a pessoa volta para casa sem prescrição medicamentosa. Pode não ser a regra, mas é o que acontece na maioria das vezes. O teste sai após 04 ou 05 dias. Nesse “delay” e vivendo em compasso de angustiante espera, pode advir complicações sérias. Volto com Guilherme: “Amanhã, mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam, ver o dia raiar” ... Que tal rever o protocolo? A prevenção salvará a todos? Não! Mas é possível que muitas vidas sejam salvas e que o Sistema de Saúde estabilize e se prepare para as novas etapas da pandemia. Os ensinamentos vêm do mundo todo. Estamos relutando em aceitar e nada se faz para ampliar os centros de atendimento. A crise na saúde não termina com as vacinas deste ano. O tempo previsto por especialistas para o controle da pandemia é mais longo. Se nenhum fato novo e revolucionário acontecer, a pandemia se estenderá por até 03 anos. Continuo com Guilherme: “Amanhã, está toda a esperança, por menor que pareça, o que existe é pra vicejar” ... Estamos fazendo as mesmas coisas e colhendo os mesmos resultados. Hora de inquietar-se e fazer mudanças. Hora de ouvir os médicos e técnicos da saúde para aperfeiçoar o sistema. A vivência deles na pandemia é um aprendizado e, com certeza, eles têm muito para ensinar. As decisões para saírem dos gabinetes precisam antes circular pelo campo de batalha. É lá que está o conhecimento. É preciso chegar à base da pirâmide para ouvir aqueles que estão na linha de frente e sentem na pele o sofrimento humano. É preciso saber o que eles precisam. Eu gostaria que... “Amanhã, ódios aplacados, temores abrandados, será pleno, será pleno!”. CUIDE-SE!

21/03/2021– 09:10

  A decisão do Comitê de Saúde Municipal decretou que Ponte Nova aderiu à “Onda Roxa” que impõe medidas mais restritivas na vida das pessoas, que já não é normal. A medida, praticamente igual para todos os municípios do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Vale do Piranga (CISAMAPI), objetiva restringir a circulação de pessoas evitando aglomerações e o consequente contágio. Os serviços essenciais operam em regime de horário restrito/ plantões. A medida é decorrente do aumento do número de infectados e o quase colapso do sistema de saúde. Nossa cidade por ser polo regional e referência em saúde, acolhe pacientes de mais de uma dezena de cidades da região, fato que contribuiu para o esgotamento dos leitos de UTI destinados ao tratamento da COVID-19 (Corona Vírus Disease). A luta é pela preservação da vida e vale inicialmente, até o próximo dia 22 de março. Economia e saúde andam juntas. Difícil uma sobreviver sem a outra. Neste momento elas estão separadas por segmentos. O fato desagrada os empresários afetados pela determinação e preocupados com o faturamento zero e os custos fixos em aberto. Pelo país afora iniciam-se manifestações através das entidades de classe contra as medidas similares, com ameaça de demissões em massa. As decisões não são fáceis para prefeitos e governadores. Ao decretar fechamentos, perdem as receitas dos impostos, e popularidade. A opção pela preservação da vida é lógica, mas a forma como é imposta precisa ser revista. Nas entidades representativas dos empresários, ACIP/ CDL e SindiComércio Ponte Nova, a insatisfação é grande. Antes participativas nas reuniões do Comitê da Prefeitura e CISAMAPI, sentiu-se desprestigiada ao ser alijada desses encontros onde dava sugestões e faz campanhas amplas para a obtenção do equilíbrio entre a saúde e a economia. Os empresários se sentem relegados a plano secundário com a sensação de inexpressividade fiscal e política, num cenário em que todas as partes são cúmplices. Medidas de prevenção são necessárias. Mas há que se rever aquelas que se mostraram ineficazes. Onde não havia fila e aglomeração, passou a acontecer pela limitação do horário de funcionamento. Exemplos são as padarias e supermercados fazendo filas e aglomerando. Também existem outros. Espera-se que na próxima reunião do Comitê aconteçam os ajustes necessários e a flexibilização de alguns horários dos serviços essenciais e até a liberação do atendimento “delivery” para atenuar as perdas dos segmentos fechados. Entendo que o sistema de saúde precisa de mais fôlego. Como compreendo também a importância da participação da comunidade. Infelizmente para muitos a pandemia foi relegada a plano secundário. O momento exige participação, e, se ela existisse no padrão recomendado, não estaríamos surfando na ONDA ROXA. Nesta semana também houve surfe na onda vermelha. O STF através de decisão monocrática do ministro Edson Fachin anulou as condenações de Lula. O ex-presidente não é mais nem réu e voltou a ser elegível com ficha limpa. Declarou o ministro que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar casos do triplex do Guarujá, Sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Transformou um ato de competência maior que a culpa e as provas. É o Brasil dando vivas a impunidade!

15/03/2021– 10:14

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