A economia brasileira vem se sustentando pelas exportações das “commodities” agrícolas e minerais. “Commodities” vem do inglês e foi incorporada ao linguajar econômico no mundo para bens ou produtos de origem primária. São produtos que em geral são transformados, como a soja, que é processada para se transformar em alimentos. A China é no momento o maior importador desses produtos brasileiros. A economia também é uma disputa mundial. As grandes potências usam das mais variadas estratégias para manter a supremacia. Recentemente desencadeou-se um movimento para criar monopólios sobre as “commodities” com o objetivo de atingir diretamente a China. Detentora de grande poder de compra, os chineses reagiram e ameaçaram punir severamente os países que se alinharem ao que eles estão chamando de conspiração econômica.
Diante da alta demanda desses produtos, os preços se mantêm acima dos patamares do ano passado e interessa diretamente aos produtores brasileiros. A exceção, diante da reação chinesa, é a cotação do minério de ferro que atingiu o menor preço no mês. Como exportador desse minério o Brasil foi diretamente atingido. Num momento em que as demais “commodities” trafegam em alta, a queda do preço do ferro é um aviso sério dado pela China, nosso maior comprador. Para se transformar na maior economia mundial eles não medem esforços e se valem de uma gama de estratégias para se manterem competitivos. A pressão exercida pelo dinheiro é uma delas.
As duas maiores economia do mundo, EUA e China, projetam um crescimento de 7% no ano atual e juntas já respondem por 40% da economia global. Ações para a retomada da economia vem sendo desenvolvidas em diversos países. A aceleração da vacinação e os estímulos fiscais são fatores de aquecimento da demanda para produtos transformáveis. O agronegócio brasileiro tem sido o fiel no equilíbrio da balança comercial brasileira. O setor vem acumulando altas consecutivas no volume das colheitas, e hoje, é o maior produtor mundial de alimentos. Destaco que a suinocultura chinesa, após vencer a epidemia de peste suína africana, registra grande crescimento. Ela depende da importação de grandes quantidades do grão de soja para a produção de ração. Somos grandes parceiros da China. Nossas exportações do agronegócio cresceram 39% em abril passado.
O mundo vem travando uma guerra contra o coronavírus. Em decorrência a economia global sentiu os efeitos dos isolamentos sociais, da queda do consumo, desemprego e políticas equivocadas. No Brasil, há pouco mais de um mês, os três poderes firmaram um pacto de união para combater a pandemia. Logo depois o STF – Supremo Tribunal Federal - integrante do pacto, determinou ao Senado a abertura da CPI da COVID-19. Entendo que todos os esforços deveriam estar voltados para combater o vírus. O que vemos, infelizmente, são oportunistas políticos se valendo da desgraça de tantas famílias para, sem o menor constrangimento, fazerem da CPI um palanque eleitoral com vistas as eleições presidenciais de 2022. Mesmo que os discursos sejam enfáticos, chego a crer que eles pouco se importam com as vidas perdidas. Pelo poder, vale tudo! BOA SEMANA!