Decisão de fechar alguns segmentos do comércio local devido ao agravamento dos casos de contaminação pela COVID-19 teve impacto negativo junto aos empresários. É sabido que Ponte Nova segue o Programa Minas Consciente para combate ao coronavirus e nesse contexto nossa cidade foi orientada para adotar medidas restritivas na mobilidade das pessoas. Deixou a Onda Amarela e ingressou na Vermelha. A alta taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento dos pacientes infectados foi determinante na decisão. Preocupar-se com a saúde é deveras importante. Por outro lado, não se pode relegar a plano inferior a saúde financeira das empresas. As mais atingidas foram as Micro e Pequenas Empresas, que a bem da verdade, foram as menos assistidas nessa pandemia.
As ME são as maiores geradoras de empregos no país, respondendo por mais de 50% dos postos de trabalho com carteira assinada. Desde o início da crise atual, medidas de apoio foram anunciadas e canalizadas por bancos oficiais e particulares. O que pouco se comenta é que as linhas de crédito solicitadas pelos Microempreendedores, em sua grande maioria, foram recusadas por questões inaceitáveis. Não houve como resistir e milhares de empresas fecharam suas portas definitivamente.
O mês de dezembro é o mais importante do ano para o comércio. Fechar as portas significa que as receitas do mês, necessárias para girar os primeiros meses do ano seguinte, serão comprometidas. Uma semana sem faturamento e com os custos fixos abertos, representa prejuízos irrecuperáveis que conspira contra o emprego. Existem aspectos que precisam ser considerados: avaliações indicam que os locais de maiores contaminações são, pela ordem, restaurantes, bares e academias. Nesses locais as pessoas aglomeram e os cuidados nem sempre são os recomendados.
As lojas de confecções, calçados e similares, não reúnem número expressivo de clientes simultaneamente e as recomendações de prevenção são atendidas. O melhor exemplo que vejo de cuidados, são as igrejas, templos, comércio atacadista e pequenas lojas. Por outro lado, entre os locais de menor contaminação estão os postos de combustíveis onde as atividades ocorrem em espaço aberto e ventilado.
Ainda nesta semana, nova reunião de avaliação do Comitê local de saúde definirá como serão os próximos dias. As empresas fechadas rogam por medidas que contemplem sua existência. Na prática, o que vemos é que essas empresas não representam o risco maior. Ele está na falta de cuidado pessoal, nas aglomerações desnecessárias, na exposição descuidada dos idosos e no descaso. Em “live” o Prefeito Wagner Mol Guimarães (PSB) demonstrou preocupação com a situação. Diante dessa sensibilidade, torcemos para que os demais membros do Comitê, se insensíveis, pactuem com essa preocupação e avaliem se posicionando do outro lado do balcão.
Precisamos voltar à “Onda Amarela” e se isso depender da agilização para ampliação dos leitos de UTI, que esforços nesse sentido sejam feitos. Todo investimento valerá a pena, até porque, toda medida que beneficie os empreendedores locais, beneficiará também a economia futura da cidade, polo comercial de ampla região. BOA SEMANA e que sejamos fortes e unidos na adversidade.