Colunistas

Em 24 de setembro de 2012, o registro de óbito de Vladimir Herzog foi retificado, passando a constar que a "morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército-SP (Doi-Codi)", conforme havia sido solicitado pela Comissão Nacional da Verdade. O jornalista Vladimir Herzog, Vlado, como era conhecido, foi assassinado pela Ditadura Militar no Brasil (1964 a 1985) no dia 25 de outubro de 1975. Em 1964, há menos de 02 (dois) meses do golpe contra o governo de João Goulart, o repórter se casou com a estudante de ciências sociais Clarice Chaves. Juntos, se mudaram para Londres, onde Herzog passou a trabalhar no Serviço Brasileiro da BBC.Lá nasceram seus dois filhos, Ivo e André. Em 1968, a família retornou ao Brasil e o jornalista começou a trabalhar na revista Visão, onde atuou por 05 (cinco anos). Além disso, nessa mesma época ele passou a dar aulas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Já no ano de 1975, Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir a TV Cultura. Nesse período, segundo o Instituto Vladimir Herzog "sua postura política e seu compromisso com uma prática jornalística voltada para a divulgação das notícias do Brasil real produziram reações e denúncias por parte de acólitos [apoiadores] da ditadura". Em outubro do mesmo ano, Herzog foi chamado para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Esse foi mais um movimento entre as dezenas de detenções determinadas pela Operação Jacarta, conduzida pelo Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão subordinado ao Exército, para eliminar as bases do partido na imprensa, nos sindicatos e em outras entidades. Logo que entrou no quartel do exército, foi encapuzado, amarrado a uma cadeira, sufocado com amoníaco e submetido a espancamento e choques elétricos, seguindo a rotina aplicada a centenas de outros presos políticos. Após as torturas, o jornalista foi morto no dia 25 de outubro de 1975. A versão oficial da época, apresentada pelos militares, foi a de que Herzog teria se enforcado com um cinto. Minha versão dos fatos: quando entrei para o jornalismo em 1977, no Rio de Janeiro, sendo redator do “Grande Jornal Fluminense” que era apresentado na extinta Rádio Guanabara, e depois editor de Cultura de “O Fluminense”, comecei a notar as sombrias garras dos apoiadores da Ditadura Militar, que volta e meia circulavam na redação, ou mesmo policiais fardados buscando explicações sobre determinada matéria. Resisti! Em Ponte Nova, anos depois enfrentei a censura quando escrevia artigos para “O Muncípio” e “Ex-Atos (suplemento literário da Tribuna da Mata)”. O nome era para ironizar os atos do regime militar, principalmente o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5. Na Rádio Ponte Nova eu apresentava o programa “Canal Livre de Participação -Servindo ao Povo”, que atazanava os amantes da Direita e da velha UDN, braço político que sustentava o regime de exceção comandado pelo Exército. Muitos anos depois, aqui estou na editoria do Líder Notícias e continuo escrevendo, também, para aqueles que amam os que querem derrubar a democracia e apoiam aqueles que são contra preto, pobre, mulheres, indígenas e LGBTQUIA+. “Você não merece ser estuprada, por ser muito feia”, alguém se lembra? Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro acatou uma determinação judicial e emitiu um pedido de desculpas à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), por ter dito na Câmara, em 2003, que não estupraria a parlamentar porque ela não merecia por ser "muito feia". Pagou multa de R$ 10 mil. Se não fosse a imprensa você saberia disso? Por isso, tenho orgulho em comemorar 500 edições e 10 anos de circulação do Líder Notícias, com jornalismo independente e imparcial!

29/07/2022– 14:25

Vamos fechar o primeiro semestre do ano com muitas inquietações. O cerco à candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição cresce a cada dia. Para se reeleger vai precisar de boas e novas estratégias, além de manter e divulgar os pontos positivos de seu governo. Sabe que não pode prescindir do apoio dos evangélicos e do setor do agronegócio. A favor deles, já nomeou ministro para a Suprema Corte e visitou Vladimir Putin na pré-guerra Rússia-Ucrânia, para garantir fertilizantes para a lavoura. A porta ficou aberta e neste momento o Brasil negocia a compra de óleo diesel russo. É preciso comprar óleo diesel? O produto está escasso e caro no mudo, e a falta deverá se acentuar no segundo semestre. Poderíamos estar melhor se as refinarias projetadas, começadas, e as inconcluídas não dormissem nas gavetas mofadas pela corrupção. Dois exemplos: Abreu e Lima na BA e Premium no MA. Esse combustível é imprescindível para o transporte rodoviário, coletivo e para a colheita no campo. Sem diesel as máquinas não rodam. É possível que a Rússia nos venda e entregue o diesel que necessitamos. A decisão da compra sob o ponto de vista econômico e humanitário é correta. A Rússia está bloqueando a saída de grãos da Ucrânia. A Rússia armazena o trigo e o milho e só vende para quem eles querem. A Argentina se vê às voltas com a falta do diesel para a colheita. A inflação Argentina já bateu na casa do 35%. Deve fechar 2022 com índice superior a 70%. A fome começa a atingir com mais força nosso continente e países africanos. A inflação dos grandes países europeus está na casa dos dois dígitos. Nos EUA bate recordes. Falta combustível no outrora “Senhor do Petróleo”. Na guerra do “ouro negro”, que se desenrola em paralelo com a da Ucrânia, Vladimir Putin está vencendo Joe Biden. O verão europeu traz calor de 40º e torra as lavouras. Para o próximo inverno vai faltar gás para aquecimento na Europa. Estão planejando utilizar madeira para comprometer as agendas dos ambientalistas do Green Peace, Emmanuel Macron, Greta Thunberg e outros influenciadores do nada. Por lá, as florestas são poucas. Nesse cenário, o Brasil ganha importância porque produz cerca de 20% dos alimentos consumidos no mundo e tem o maior índice de preservação de florestas do planeta. Certa feita escrevi aqui que o Brasil é inquebrável e tem um poder de reação de curto prazo que supera as incompetências e os roubos. Somos um país privilegiado em recursos naturais, pela capacidade da indústria de transformação, pelo agronegócio, turismo, serviços e pela criatividade de um povo, tantas vezes relegado e que continua feliz. Nosso problema é político e de interferências que não deixa o país deslanchar. Nossa inflação tem previsão de 7,2% para 2022. O crescimento do PIB é de 2%, que se confirmada, movimentará na economia 9,7 trilhões de reais neste ano. A PEC da Bondade colocará em circulação 41,2 bilhões de reais até dezembro. Mas é preciso ficar atento a possíveis quebras das cadeias globais que podem afetar nossa economia. BOA SEMANA!  

21/07/2022– 15:02

Eleições 2022: a bandeira! Olá. Tudo bom? Na última semana, assistimos um tanto quanto embasbacados a decisão de uma Juíza Eleitoral Gaúcha da Zona Eleitoral de Santo Antônio das Missões de que o uso da bandeira do Brasil poderia ser considerado como propaganda eleitoral, sob o falacioso argumento de que a mesma “tornou-se marca de um lado da política.” Além de ser considerado como um símbolo de patriotismo, a Bandeira Nacional é prevista constitucionalmente como um dos símbolos da República Federativa do Brasil. Também são símbolos nacionais o Hino Nacional, as Armas e os Selos Nacionais. E sabidamente, amparado também no parágrafo anterior, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) decidiu, por maioria, que o uso da bandeira nacional não pode ser considerado como propaganda eleitoral. O uso da bandeira não pode ser considerado como manifestação de cunho governamental, ideológico ou partidário, além de ser considerado que o uso da bandeira não vincula o candidato à administração. Indo além, os desembargadores entenderam que, além de não haver restrição ao uso da bandeira nacional em período eleitoral, o ordenamento jurídico atual encoraja o seu uso em toda manifestação de patriotismo, até mesmo as de cunho particular, além de não ser viável limitar o direito de expressão, de quem quer que seja, pelo uso de um símbolo nacional e constitucional em razão de possíveis entendimentos. Cabe esclarecer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem entendimento consolidado na Consulta nº 1271 além da Lei Federal 5.700/1971, que dispõe sobre a forma de apresentação da Bandeira e dos demais símbolos nacionais, que não possuem coloração governamental, ideológica ou partidária. É mais um indício de que as eleições já tomam rumores de polarização em todos os níveis e esferas. Valorize seu voto. Forte abraço!

21/07/2022– 15:01

Em reunião realizada na segunda-feira passada, 18/07, com embaixadores estrangeiros para sugerir a possibilidade de fraude nas eleições brasileiras deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de apuração. Para defender o voto impresso a todo custo, o presidente se ateve a espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Mesmo sem apresentar provas, Bolsonaro questiona sistematicamente a segurança e a inviolabilidade das urnas eletrônicas. No dia 09 de março de 2020, o presidente afirmou pela primeira vez, durante um pronunciamento em Miami nos Estados Unidos, que as eleições presidenciais brasileiras de 2018 teriam sido fraudadas, com suposta adulteração do resultado do primeiro turno. Após se tornar alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por fazer ameaças à realização das eleições, o presidente Jair Bolsonaro fez diversos ataques às Cortes. Bolsonaro chegou a falar que as eleições de 2022 não seriam realizadas caso o voto impresso não fosse aprovado no Congresso Nacional, o que foi interpretado por muitos como uma ameaça de golpe. A única surpresa na reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores de outros países foi o tom manso ao repetir ataques a ministros do STF e do TSE e às urnas eletrônicas. Só ele falou, mas o canal UOL News ouviu embaixadores que d disseram ter visto o encontro como um ato de campanha; alguns chamaram de "tática trumpista" O presidente do TSE, Edson Fachin, rebateu o discurso de Bolsonaro: "inaceitável negacionismo eleitoral". Em entrevista ao UOL News, o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero disse que o evento poderia servir para preparar o cenário para contestar o resultado da eleição de outubro. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocados em dúvida. O senador rebateu os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. “As urnas eletrônicas darão resultado fiel da vontade do povo”, disse Pacheco.

21/07/2022– 15:00

A crise alimentar e energética na Argentina tem raízes no domínio político de Cristina Kirchner. Ela manda mais que o presidente Aberto Fernandes. A inversão nessa hierarquia é uma anomalia. A ex-presidente estabeleceu ao longo de sua vida política uma rede de cumplicidades e dela se vale para exercer um poder do “meu primeiro”. A maioria das agências está controlada e os distúrbios econômicos estão camuflados. Com inflação em alta e diante dos problemas da mesma ordem que assombram diversos países, a Argentina perde a oportunidade de se valer da crise. Com a segunda maior reserva de óleo e gás de xisto, e a vocação para produzir em grande escala o milho, trigo e fertilizantes, a economia sucumbe pelo controle do Estado. O fortalecimento da economia se perde diante de um cenário favorável que está sufocado pelo Kirchnerismo. O problema político é mais contundente que o econômico. A esquerda por lá, tem as mesmas vocações da maioria dos países do continente. O modelo cria oligarquias e controlam o setor produtivo. Ciar um Estado dominante é para dele se valer. Investidores estrangeiros que gostariam de, por lá investir, não o fazem “pelo risco que correm pelas restrições ao acesso ao capital impostas pelo governo”, conforme afirmou o embaixador americano na Argentina, Marc Stanley. Se a Argentina não mudar a velha forma de se relacionar com parceiros potenciais, certamente perderá a oportunidade de surfar na onda de oportunidades que o momento oferece. O mundo está precisando de combustíveis e alimentos. No Equador a situação é análoga. Também sob forte crise econômica com problemas de toda ordem põe o presidente Guillermo Lasso em situação crítica. Após perder alianças no Congresso o presidente ainda enfrenta a renúncia de quatro ministros e acusações de envolvimento com desvios de dinheiro para paraísos fiscais. A crise é tamanha que Lasso recorreu ao FMI para obter empréstimo de 6,5 bilhões de dólares. O brasileiro conhece muito bem as pressões de outrora dos “velhinhos” do FMI. A regra é a mesma para todos. Controlar o déficit fiscal. Aí a coisa se complica. Para acabar com as manifestações lideradas pelo poderoso movimento indígena que detonou também crise política, o governo teve que fazer concessões. Prometeu voltar com o subsídio dos combustíveis na tentativa de baixar o custo de vida. O Equador é exportador de petróleo e o litro de gasolina mesmo subsidiada, tem custo superior a 12 reais/litro. O subsídio vai custar 700 milhões de dólares/ano (37 milhões de reais). Cumprir as metas fiscais impostas pelo FMI está ficando cada vez mais difícil. Durante a paralisação cerca de 50% dos 1000 poços de petróleo pararam por 18 dias. O prejuízo estimado foi de 1 bilhão de dólares. O governo vai ter que bancar o aumento do bônus assistencial aos mais pobres, subsidiar insumos para a agricultura e perdoar dívidas de até 3 mil dólares com entidades públicas. Enquanto isso o Chile promulga a nova Constituição. Não sei onde foram buscar tanta inspiração. Na Venezuela? Em Cuba? Sei lá! BOA SEMANA com a alegria de ser brasileiro.    

14/07/2022– 15:40

JURIDICANDO! Eleições 2022: as convenções partidárias! Oi. Tudo bom? O período eleitoral está prestes a iniciar. Alguns até reclamam e não deveriam, já que as eleições são extremamente importantes para a manutenção da democracia e da soberania popular através do voto, facultativo para determinadas idades e obrigatório em geral. Neste ano além da figura das Federações Partidárias, cuja intenção legal era de diminuir a enorme quantidade de siglas partidárias existentes no Brasil com a união de partidos para a disputa. Para estas eleições de 2022, até agora há três federações: PSOL e Rede, PSDB e Cidadania e PT, PCdoB e PV. Estas federações, obrigatoriamente, terão que seguir unidas para as eleições de 2024, caso o legislador não mude tais regras. Assim, as federações, as coligações e os partidos políticos poderão realizar suas convenções partidárias, de forma presencial, virtual ou híbrida, para a escolha de seus pré-candidatos a presidente, vice-presidente, senador, deputado federal, governador e deputado estadual, conforme disposição do calendário eleitoral, sendo o último dia para a realização das convenções 05 de agosto. Há sempre aquele candidato que se sujeita a entrar para atrapalhar ou para “tirar férias”. A Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral estão de olho! A título de mais um esclarecimento, também a partir de 20 de julho, os processos eleitorais terão prioridade do Ministério Público Eleitoral e dos Juízes Eleitorais, assim como já se pode ajuizar direito de resposta a candidato, partido político ou coligação por crimes contra a honra, conceito distorcido ou imagem difundidos por meio de comunicação social. Há outras questões que já podem ser discutidas judicialmente a partir do dia 20 de julho. Mas vamos nos ater a estas duas. Embora a “vaquinha eleitoral”, financiamento coletivo ou crowfunding já seja possível de utilização, o valor limite de gastos de cada candidato ainda não foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os gastos, assim como as propagandas, são dois dos tormentos do candidato comprometido com o processo eleitoral. Antes das convenções, as eleições já tomam rumores de polarização, com a utilização das redes sociais por pré-candidatos e condenações por propaganda eleitoral antecipada ou negativa. Valorize seu voto. Forte abraço!

14/07/2022– 15:38

Faltam menos de 03 (três) meses para a eleição para Presidente da República, em um cenário que promete ser um dos mais polarizados da história. Artistas e pessoas públicas já declararam voto publicamente. Nesta segunda-feira, dia 11 de julho, foi a vez da cantora Anitta declarar apoio ao ex-presidente Lula nas redes sociais. “Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula e quem quiser minha ajuda pra fazer ele bombar aqui na internet, Tik Tok, Twitter, Instagram é só me pedir que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral eu farei”, disse Anitta. O cantor sertanejo da dupla com Ralf disse que deve votar novamente em Bolsonaro, Chrystian apesar de evitar declarar apoio publicamente disse: "Ele é muito patriota, eu gosto muito. Eu tenho dúvidas com relação à honestidade dos outros candidatos, e até agora eu não tenho dúvida nenhuma da honestidade do Bolsonaro". Mas qual o peso do apoio destas personalidades nas eleições? A BBC News Brasil ouviu cientistas políticos para entender se eles podem fazer a diferença nas urnas. Os entrevistados afirmam que, sozinhos, esses apoiadores não são capazes de mudar o resultado. Mas são figuras com milhões de seguidores nas redes sociais e, por isso, são relevantes para a construção do eleitorado. Somando Instagram (62,9 milhões), TikTok (20,3 milhões) e Twitter (17,6 milhões), Anitta tem mais de 100 milhões de seguidores. Nas mesmas redes sociais, Gusttavo Lima soma mais de 75 milhões — 43,7 milhões apenas no Instagram. Claro que muitos dos seguidores se repetem entre estas redes: ainda assim, isso dá uma medida do grau de influência que personalidades assim têm. Professor de Ciência Política na ESPM, Paulo Ramirez diz que a relevância desses famosos cresceu de maneira significativa junto com o papel cada vez mais decisivo da internet nos últimos anos, demonstrado nas últimas eleições em diversos países.

14/07/2022– 15:37

Ainda tramita no Congresso Nacional a PLP-18 que limita a aplicação da alíquota do ICMS. O termo objetiva aliviar o impacto na sociedade dos efeitos do preço dos combustíveis que trouxeram a reboque a elevação dos custos do gás natural, energia elétrica, comunicação e transporte coletivo. O PL contempla também a compensação da União às perdas dos Estados. Esses produtos e/ou serviços tem alíquota unificada de 17% e vai favorecer principalmente a população de baixa renda. Mesmo combatida pelas oposições de esquerda, a medida vem em boa hora. Tão acertada que os EUA adotarão ações semelhantes. Prova de que a capacidade econômica brasileira para enfrentar crises é excepcional, apesar das narrativas da “canhota”. Para se ter uma ideia do impacto favorável para o consumidor, em Minas Gerais o Governador Romeu Zema decretou antecipadamente a unificação da alíquota do ICMS em 18%, com redução de 12 bilhões de reais na arrecadação do tributo. No Estado, o ICMS da gasolina era 31%, comunicação 27% e energia elétrica 30%. A PLP foi aprovada com emendas no Senado e retornou a Câmara Federal para os ajustes finais e promulgação. Feito isso, haverá redução de mais 1% no tributo. No Senado a aprovação foi por 65 votos a favor e 12 contra. Os contras são da esquerda radical integrada pelo PT, PSOL e outros nanicos, sob o argumento de que a medida é eleitoreira. Fica evidente de que para eles os interesses políticos se sobrepõem as necessidades básicas da população. Essa mesma população que lhes outorga poder através do voto e depois esquecida. Outros Estados também se anteciparam na redução do ICMS. Com isso o preço dos combustíveis já apresenta queda significativa. Em Ponte Nova a gasolina registra queda superior a 1 real/litro. O grande imbróglio a ser resolvido é o preço do óleo diesel. Com ICMS médio nacional de 14% não integra a PLP 18/2022. A redução do tributo do diesel tem contorno político. Historicamente é a primeira vez que o diesel custa mais que a gasolina. Atingir os caminhoneiros abre as perspectivas de greve cuja conta vai a débito da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição. A bolsa de R$1 mil dada pelo Governo é insuficiente. Reduzir o preço do diesel traz benefícios imediatos e favorece a população. É preciso que o Congresso Nacional e o Governo Federal encontrem solução imediata que favoreça a economia como um todo. Essas medidas são paliativas. É preciso rever a fórmula como a Petrobras baliza seus preços. Atualmente o barril do petróleo do tipo Brent e a variação cambial do dólar norteiam as manobras da Estatal. Em março passado, o Senado aprovou a PL 1471/2022 que muda esse critério. O Projeto voltou a Câmara e por lá hiberna no fundo do baú. Decifrar as forças impeditivas é exercício que foge ao entendimento da maioria dos consumidores. Em que pese os interesses escusos, o Brasil segue em situação privilegiada e colhe os frutos da política econômica adequada a potencialização dos nossos recursos. BOA SEMANA.

08/07/2022– 10:53

Eleições 2022: a propaganda antecipada e os gastos! Olá, tudo bom? As eleições se aproximam e decisões visando combater excessos às regras da Justiça Eleitoral não param de ser proferidas. A primeira refere-se a propaganda eleitoral antecipada. Após ser acionado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) proferiu decisão determinando ao então pré-candidato e apresentador José Luiz Datena. Segundo a Juíza Maria Cláudia Bedotti, restou indiscutível o pedido explícito de votos para as eleições de 2022, vídeo este postado no começo de junho e antes do apresentador retirar a sua pré-candidatura ao Senado por São Paulo. A decisão fora fundamentada com amparo numa fala do mesmo no vídeo além de ser considerado o alcance do vídeo através do respectivo meio de comunicação escolhido e, tendo em vista o desequilíbrio da disputa eleitoral, o vídeo fora retirado do ar. Noutro giro, o Excelso Supremo Tribunal Federal (STF), através das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) 7178 e 7182, ajuizadas pelos partidos políticos PDT e PT, questionando alteração de regras sobre gastos com publicidade dos órgãos públicos no primeiro semestre do período eleitoral, está analisando a possibilidade de suspensão das mudanças legais recentes na Lei de Publicidade. Tal suspensão se dera com amparo no Princípio da Anterioridade, que dispõe que regras eleitorais só podem ser alteradas se aprovadas com, pelo menos um ano de antecedência do pleito eleitoral. Assim, considerando que a Lei é de 30 de maio de 2022, a princípio houve a violação a tal princípio. Aguardemos. Por fim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também decidiu recentemente que pessoas físicas poderão fazer doações para partidos políticos e candidatos pelo sistema PIX somente com o uso de CPF. Abraço.

08/07/2022– 10:50

Responsável por acompanhar a execução orçamentária do governo, o TCU (Tribunal de Contas da União) acabou com o boicote de Jair Bolsonaro à Rede Globo, xingada por ele de “Globo Lixo”.O órgão emitiu determinação para que o Ministério das Comunicações distribuísse as verbas publicitárias do governo de acordo com a proporcionalidade de audiência nacional. Apesar das constantes críticas a TV Globo, o governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentou em 75% os gastos em publicidade na emissora em 2022, ano em que o presidente tenta a reeleição. Os dados são da Secretaria de Comunicação e foram divulgados pelo portal de notícias UOL/Folha. Entre 1º de janeiro de 21 de julho de 2021, o governo de Bolsonaro pagou R$ 6,5 milhões para a Globo divulgar publicidades ligadas ao Planalto – tanto em âmbito nacional quanto regional. No mesmo período de 2022, o valor subiu para R$ 11,4 milhões. Segundo o levantamento realizado pelo UOL/Folha, o foco da publicidade do governo são as campanhas institucionais, que mostram os feitos da gestão de Jair Bolsonaro. Esse seriam um meio de tentar alavancar a popularidade do presidente da República. Com o dedinho do genro de Sílvio Santos, Fábio Faria, o ministro das Comunicações, casado com Patrícia Abravanel, o governo se rendeu ao óbvio: tem que mostrar o que fez na maior emissora do País, a que tem mais audiência. É uma questão lógica! Aí, o gado endoidou! Não pode mais chamar a Vênus Platinada de Globo Lixo. Já estão ensaiando uma nova frase para agradar ao chefe: GLOBO LUXO!  

08/07/2022– 10:48

Adilson Bombassaro Existe uma crise econômica afetando diversos países, principalmente no bloco Europeu. Desde a ampliação da abertura de mercado criou-se uma interdependência entre nações. A China precisa da soja e da carne brasileira. A Europa é depende do petróleo e gás da Rússia. O Brasil precisa dos fertilizantes russos e do trigo argentino. A Ásia consome grande parte da produção da carne de ave que produzimos. Para as vizinhas Argentina e Paraguai exportamos combustíveis. Nossa carne bovina/suína vai para vários países. A Venezuela compra arroz do Brasil. Os vinhos argentinos e chilenos são sempre bem-vindos. Nossos minérios de ferro e aço alimentam indústrias de várias partes do mundo. Compramos confecções e uma infinidade de badulaques da China. Exportamos calçados e importamos óleo diesel. Essa dinâmica do vai e vem consolida-se pela formação de blocos econômicos nos diversos continentes. Por meio deles, os países, com interesses em comum, fazem negócios importantes beneficiados pelas regras tributárias favoráveis. A produção deixou de visar apenas o mercado interno e tem atraído investimentos. Todos se beneficiam e uns mais que outros. O Brasil se vale da alta produtividade do agronegócio. Produzindo cerca de 20% dos alimentos necessários no mundo, temos situação privilegiada, melhor do que outros parceiros do Mercosul. Nosso território possui riquezas e condições climáticas favoráveis para uma economia diversificada e de alta performance. Mesmo diante desse potencial, não somos imunes aos efeitos da inflação e das retrações globais. Dentre os principais blocos econômicos está a NAFTA, conhecida como “Acordo de Livre Comércio da América do Norte”. O acordo foi firmado entre Estados Unidos, Canadá e México. É considerado o mais importante do planeta. O segundo mais importante é a “UE” – União Europeia composta por 28 países, com 19 deles integrando a zona do EURO por adotarem essa moeda. O Bloco surgiu após a Segunda Guerra Mundial para promover a paz e o desenvolvimento econômico. No nosso continente criou-se o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) para a prática do livre comércio. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai são os signatários. Outros países também participam com menos privilégios e deveres. APEC é a sigla da Ásia-Pacific Economic Cooperations, integrando 21 países da Ásia, Oceania, América do Norte, Central e do Sul. Por fim a CEI, sigla da Comunidade dos Estados Independentes, reunindo a maioria das repúblicas que eram membros da União Soviética. O principal objetivo desse bloco é criar um sistema de defesa econômica entre as nações da antiga União Soviética. Cada uma dessas organizações possui suas normas. Fato que não impediu os “Acordos Comerciais” bilaterais específicos para atender a demanda de produtos escassos ou inexistentes no Bloco. A economia é dinâmica e sob qualquer ameaça de estagnação criam-se alternativas. Empreendedores não param de prospectar oportunidades nos diversos mercados e situações. Nações com alto poder de consumo como a Índia, China, Rússia, EUA, Europa e Brasil são alvos para negócios. A diversidade de nossas riquezas e a capacidade de transformação, nos dá a perspectiva de passar por mais essa crise e sair lá na frente fortalecidos. “BORA BRASIL”. BOA SEMANA!

01/07/2022– 10:06

Marconi Cunha O aspecto legal do aborto! Olá, tudo bom? Nesta semana e na anterior, ao redor do mundo, ocorreram diversas polêmicas a respeito do tema aborto. Assunto um tanto quanto controverso, delicado e que obriga a todos nós interessados em ponderar valores morais, religiosos e legais. No Brasil, o aborto é proibido, considerado crime com previsão no Código Penal (CP). As únicas exceções permitidas são o chamado aborto necessário, quando não há outro meio de salvar a vida da gestante, ou se a gravidez é decorrente de estupro e com o consentimento da gestante ou, se menor, de seu representante legal. Recentemente, uma Juíza do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC) negou pedido de aborto a uma menor de idade, supostamente vítima de estupro e descobriu que estava na 22ª semana de gravidez ao ser atendida em um hospital da capital catarinense, onde teve o procedimento negado uma vez que naquela unidade o prazo para interrupção era até a 20ª semana. Assim, a menor fora direcionada a um abrigo, para ser preservada do agressor e para preservar a vida em gestação. Em um primeiro momento, percebe-se cautela da Justiça com a vida intrauterina e com a gestante, tamanha a delicadeza do caso. Na sequência, uma atriz global revelou ter sido vítima de estupro anos atrás e, visando preservar a vida do bebê, o gestou e após o parto o entregou para a adoção. Acreditamos que a Juíza tenha tido a mesma intenção ao pensar na preservação da vida intrauterina. Mas o mais impactante: nenhum meio de comunicação aborda sobre o possível estuprador, se o mesmo foi preso ou não. Prova da polêmica do assunto ao redor do mundo refere-se à revisão recente pela Suprema Corte dos Estados Unidos da América (EUA) do caso “Roe contra Wade”, de 1973, que garantia nacionalmente o direito ao aborto. Como fundamento da revisão do caso, já que o ordenamento jurídico norte-americano é baseado nos costumes, common law, é que o aborto não tem previsão legal nos EUA e que a decisão prolatada em 1973 fora feita de forma implícita e com amparo na Constituição Norte Americana. Agora, cada um dos estados norte-americanos terão que regulamentar a questão do aborto, se permitirão ou não. Não cabe aqui tecer o que é certo ou errado a respeito do assunto, por deveras delicado e que merece, sim, ter maior regramento e maior abordagem educacional e preventiva por parte do Estado. Abraço!  

01/07/2022– 10:02

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