Colunistas

Plantando (2015) em companhia da menina Luara e o menino Pedro, na estrada de acesso à Fundação Menino Jesus (ao fundo as casas do Dalvo Bemfeito) Após horas de exaustivo trabalho de combate às chamas, que consumiram 90% da área de 30 hectares do Sítio Jaqueira, em Alegre, região do Caparaó, no Espírito Santo, Newton Campos, proprietário da área disse emocionado: “A cura do planeta é plantar árvores, cuidar de árvores e da floresta”. A tragédia, ocorrida em setembro de 2020, não abalou sua convicção na urgência de reflorestar o planeta e a alma dos seres humanos. “Agrofloresta é a saída. Não existe outra saída para a humanidade”. Agrofloresteiro, plantador de água, educador ambiental há 35 anos, membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim desde seus primórdios e da Associação de Plantadores de Água (Plantágua), Newton Campos é referência na região e em todo o Estado no trabalho de recuperação de terra degrada e plantio de água por meio de agrofloresta, sendo convidado também em outros estados para palestrar e prestar consultoria sobre o assunto, trabalho feito também de forma online nesses últimos meses de pandemia. Em janeiro de 2014, tive a oportunidade de conhecer o Sítio Jaqueira a convite do engenheiro florestal Davi Sena, filho de Dominguinhos (Espaço Café-Ponte Nova), que se formou no campus avançado da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Alegre. O projeto de Newton Campos é algo formidável: planta água em barraginhas, cerca nascentes e constrói casas com tijolos jogados fora de casas derrubadas; a luz do sol atravessa as paredes através das garrafas de vidro, onde moram estudantes da UFES. Plantei milhares de árvores ao longo da minha vida, salvei várias que seriam cortadas por que levantavam passeios; semeei sementes que voam, como as dos ipês e aguei mudas de ararutas na horta do Passa-Cinco, mas nada se compara a este cara. Ele joga capoeira e faz versos sobre meio ambiente, com a rapidez de seus gestos, apesar dos anos de luta. Às vezes, com resultados e outros tantos, vendo a sanha dos predadores. Quando comecei a luta em defesa do meio ambiente, não raro, ouvia piadinhas como; “isto é coisa de viado; esse cara é contra o progresso”; “um idiota a mais para defender o que não precisa ser defendido”. Mais, tarde, a guerra foi mais dura: afastar as hidrelétricas do Rio Piranga no município de Ponte Nova. Conseguimos com legislação própria e ainda alcançamos vitórias em outros municípios, pois os empreendedores queriam construir várias e como não podiam construir em Ponte Nova desistiram das outras. Levei para Alegre, no Espírito Santo, as experiências acumuladas em Ponte Nova e na região do Vale do Rio Piranga. Falei para centenas de pessoas, a maioria produtores, gente humilde que me ensinou como se faz uma banana caramelada, com o próprio açúcar da fruta, que fica exposta ao sol durante uma semana numa caixa de vidro, sem a parte branca, que é raspada. Terminei minha palestra, que não passou de uma conversa, usando uma velha e surrada frase que criei: “somos loucos, mas não somos tão poucos. Somos loucos pelo meio ambiente”.

10/05/2021– 10:16

Em 1998, participei ativamente do debate sobre a municipalização de algumas escolas em Ponte Nova. A secretária municipal de Educação e Cultura (era Semec) era a professora Ester Maria Silva Guimarães. A discussão passou pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autarquias de Ponte Nova (Sindserp) que tinha na presidência Maria de Lourdes. Ele fazia parte da comissão como assessor do Sindserp junto com a professora Maria Conceição Coelho, que era tesoureira da entidade sindical. Depois de muitos debates ficou decidido que algumas escolhas, não só pela tradição mas pela capacidade administrativa deveriam permanecer com o Estado, o que foi acatado por ela Câmara Municipal e deixou de lado as escolas Carlos Trivellato, Senador Antônio Martins e Caetano Marinho, que naquela possuíam o Ensino Fundamental, que ia até a 8ª série. Houve debate e elas continuaram estaduais. Bem, a história volta a incomodar educadores 23 anos depois e aí tomei a liberdade de reproduzir o post do Facebook da professora e artista plástica Teresa Cristina, que é professora das escolas estaduais Carlos Trivellato e Senador Antônio Martins, além de militante da cultura e dos direitos humanos. Leiam abaixo “Diga #NÃO para a MUNICIPALIZAÇÃO do Ensino Fundamental! É um CRIME o que o governador Zema está fazendo, sem discutir com os gestores, com servidores, com as comunidades, justamente num momento tão caótico como o que estamos passando. Minas não investe o mínimo na saúde, nem na educação, nem na pesquisa, não dá a mínima para a população. Nem 10% dos mineiros tomaram ainda a segunda dose da vacina, mais de 32 mil óbitos pela COVID-19 e mais de 1 milhão de infectados, mas quando é para FERRAR COM O POVO, ELE CONSEGUE AGILIZAR! As consequências da MUNICIPALIZAÇÃO SERÃO DRÁSTICAS se realizada sem debater com a sociedade. Vamos cobrar dos vereadores que (nos representam) NÃO APROVEM mais este CRIME, é importante o DEBATE, cada caso é um caso! O momento agora não é propício para que se faça cumprir uma lei que já sabemos que está em atraso. Nada justifica a MUNICIPALIZAÇÃO neste exato momento! ”   (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

03/05/2021– 13:09

No jogo de cartas marcadas foi instalada a CPI da COVID-19 no Senado. Nascida de proposta do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e instalada por determinação do STF mediante recurso do senador proponente, a CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito - desencadeou diversos requerimentos para ampliação da CPI estendendo as investigações para Estados e Municípios. Essa amplitude desagradou a oposição. As duras manifestações iniciais do presidente da CPI, senador Osmar Azis (PSD-AM) e do Reator Renan Calheiros (MDB-AL) foram de ameaças e de sentença pronta. A CPI que os brasileiros querem não deve estar envolta em conotação política e que dela se faça palanque eleitoral. A Nação precisa saber das responsabilidades e eventuais negligências nas ações de combate ao vírus, e não um teatro cujo tema seja a luta pelo poder. Quem perdeu familiares ou amigos em consequência da pandemia do coronavírus, tomado pela dor e dúvida, precisa de explicações porque o cenário de antagonismo nos leva a entender que algo mais poderia ter sido feito. No decorrer da CPI as verdades precisam emergir e as responsabilidades apuradas. A isenção na elaboração desse inquérito pode nos dizer o quanto a saúde, andou ou não, de mãos dadas com a política. Não podemos engolir disfarces de que a CPI foi acordão de cartas marcadas. O discurso inicial da CPI vem num tom de populismo. O objetivo, mesmo que se queira disfarçar, é desconstruir o governo federal e aniquilá-lo de qualquer chance de reeleição em 2022. As oposições torcem por isso. Nas estratégias da esquerda de LULA, suportadas pelo “bunker” ativo no STF toma a ponta na corrida. O Centrão tem largada lenta. Ciro Gomes (PDT-CE) articula chapa com Tasso Jereissati (PSDBCE). O intento se contrapõe aos planos dos Tucanos paulistas de Fernando Henrique e aliados. Na alta cúpula do “tucanato” o entrave é João Dória (PSDB-SP). O governador tenta tomar a liderança do Partido para viabilizar sua candidatura à Presidência. Se vencer a briga paulista e não houver recuo da pré-chapa de Ciro/Tasso, a solução terá que vir da convenção do PSDB. Esse cenário político é um ensaio inicial e muita coisa pode acontecer. Na luta pelo poder todas as articulações têm endereço certo. Evitar a reeleição de Jair Bolsonaro, que a seu favor, tem o forte apoio popular e sustentação do EMFA-Estado Maior das Forças Armadas. Ameaça de golpe? Improvável! Entendo que a governança de Jair Bolsonaro chegou até aqui por conta dessa sustentação. O contrário seria antidemocrático, já que ele foi eleito pela vontade da maioria dos eleitores. Infelizmente no país temos muita gente pregando e pouco praticando a Democracia. Queremos respostas. A Comunidade Europeia acena que vacinados com a CoronaVac não poderão entrar na Europa dada a baixa eficácia da vacina. Por ações do governador de São Paulo, João Dória, a vacina chinesa responde hoje por 84% dos imunizantes aplicados no Brasil. Será que a CPI também vai investigar a qualidade dessa vacina que nos impõe? A CPI da COVID-19 vai ocupar doravante os noticiários das principais redes. Estou preparado para encarar o “Festival Tom e Jerry”. Deixo meu abraço aos TRABALHADORES.

03/05/2021– 13:03

Olá, tudo bem? Seguimos na reta final da análise das novas regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sancionadas em outubro de 2020, por meio da Lei Federal 14.071/2020. Além das já expostas nas duas últimas semanas, a multa para quem deixa de efetuar o registro do veículo no órgão competente, em caso de transferência, no prazo de até 30 dias, passa a ser infração média, com multa de R$ 130,16 e remoção do veículo para um pátio credenciado. Entretanto, o prazo para a comunicação de venda por parte do antigo proprietário ao órgão de trânsito passa de 30 para 60 dias, a partir da data do recibo, podendo tal comunicação ser feita de forma eletrônica. Para os novos condutores, que queiram habilitar-se nas categorias D e E, ou para conduzir veículos de transporte coletivo de passageiros, escolares, de emergência ou de produto perigoso, agora é necessário que os condutores não tenham cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 (doze) meses. No tocante à conversão à direita, agora é permitida a conversão à direita com o semáforo em sinal vermelho, desde que haja a sinalização no local permitindo tal conversão. Quanto ao recall, que é quando o fabricante convoca para a substituição de alguma peça ou reparo de fábrica no veículo, este constará no Certificado de Licenciamento Anual e, se não atendido pelo proprietário do veículo no prazo de um ano, além de constar tal pendência no documento, o veículo não será licenciado para o ano seguinte, até que seja cumprida a campanha de chamamento do fabricante por parte do proprietário. Quanto ao prazo para expedição de penalidade, agora há um prazo máximo para a sua expedição, que é de 180 dias, em caso de indeferimento da defesa prévia ou caso esta não seja apresentada. Se for apresentada, o órgão julgador tem o prazo de até 360 dias para decidir e expedir a penalidade. Se os prazos acima não forem cumpridos pelo órgão de trânsito, a penalidade não poderá ser aplicada. Por fim, a Lei criou o Cadastro de Bons Condutores, àqueles que não cometerem infrações nos últimos 12 meses, podendo os entes públicos concederem benefícios fiscais ou tarifários a tais condutores. Medida extremamente interessante e salutar! E é só! Ficamos por aqui. Abraço!

03/05/2021– 12:57

Olá. Ainda na análise das novas regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sancionadas em outubro de 2020 através da Lei Federal 14.071/2020, houve outras mudanças, a começar pelo exame toxicológico para as categorias C, D e E, que obriga os condutores com idade inferior a 70 anos a realizar o exame a cada dois anos e meio e, os superiores de 70 anos, a cada três anos, antes da renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, se o exame der positivo, o condutor terá a suspensão do direito de dirigir por três meses, sem contar que, ao renovar a CNH, se o condutor não houver feito o exame ou for pego dirigindo em tal situação, após 30 dias do fim do prazo, a multa é gravíssima e bem salgada. Uma novidade: agora a CNH pode ser utilizada tanto em meio físico ou digital, bastando baixar o aplicativo Carteira Digital de Trânsito. Em relação às crianças, novas regras. Crianças com até 10 anos e com altura inferior a 1,45 m devem seguir no banco de trás e em cadeira adequada, sob pena de multa de R$ 299,43 e mais sete pontos na habilitação. Em motocicletas, o transporte de crianças menores de 10 anos é proibido. Além disso, agora é obrigatório que o motociclista transite com o farol aceso, o tempo todo, além do capacete com viseira ou com óculos de proteção. Quanto ao instituto da advertência, esta deve ser por escrito e aplicada aos que cometem infrações leves ou médias, desde que seja a primeira em 12 meses, e não depende da autoridade de trânsito. Outra novidade: os órgãos de trânsito deverão implantar o Sistema de Notificação Eletrônica (SNE) sendo que, caso o condutor opte por utilizar tal serviço, o mesmo será notificado eletronicamente e terá desconto de até 40% no pagamento das multas. Agora os motoristas e motociclistas deverão reduzir a velocidade ao ultrapassar ciclista em via pública. Nestes tempos de pandemia, os ciclistas aumentaram e muito. Portanto, cuidado! Por fim, o prazo para identificação do condutor infrator passou de 15 para 30 dias, assim como o prazo para defesa prévia de notificações, contados da data da expedição da notificação. Ficamos por aqui. Abraço!

26/04/2021– 14:16

Dia desses fiz pedido a supermercado para entrega delivery. Compras no valor de 162 reais. No cupom foram acrescidas as taxas de entrega 7 reais e 5 reais de taxa de comodidade. Não conhecia essa proeza e até que me expliquem a que se destina, permaneço indignado. Explico: neste momento o que mais se prega é o fique em casa, evite aglomeração, álcool gel etc. Quando o estabelecimento não colabora para que o consumidor não saia de casa, a taxa de comodidade é um despropósito. O valor de 13 reais de taxas é equivalente a 2 kg de feijão ou 3 de arroz, ou óleo de cozinha, um 1 kg de filezinho de frango congelado etc., que leva o consumidor a sair para as compras por questões econômicas. Milhões de brasileiros passam por dificuldades. A falta de renda atinge 25 milhões de trabalhadores informais e quase 15 milhões de desempregados. A pandemia ainda vai durar bom tempo. A solidariedade não pode ser relegada a plano secundário. Existe muita gente passando necessidade. Adaptar-se ao novo cenário é mais do que obrigação. O momento sugere que fornecedores estejam imbuídos do espírito solidário e de cidadania. Se não há cortesia por parte do supermercado para a entrega grátis, é justo que se pague o motoboy. Ele está se expondo para defender o sustento da família. Mas engolir essa taxa de comodidade, não dá! Sou defensor do compre aqui para gerar emprego/renda e tributos para a cidade. A crise gerada pelo coronavírus vem mudando o perfil do consumidor. Pesquisa da “Spending Pulse”, um indicador de vendas no varejo que abrange todos os tipos de pagamentos, indica que no ano passado o ecommerce brasileiro teve um crescimento de 75% quando comparado ao ano anterior. Isso se deu após o início do isolamento social. Se os negócios desandaram para a maioria dos lojistas, abriu novas oportunidades para o comércio eletrônico. Atualmente nesse tipo de atendimento se compra de tudo com frete grátis. Se for produto de consumo regular o fornecedor oferece o serviço de entrega programada mediante cadastro do produto, prazo e forma de pagamento. As entregas são rápidas e os preços são competitivos quando comparados aos praticados no comércio local. Esse é o desafio do momento e dos próximos dois anos. Dinheiro pouco leva o consumidor a buscar as melhores alternativas para as compras. O comércio eletrônico precisa ser entendido e enfrentado com estratégias que motivem o consumidor a buscar localmente opções de escolha, preço e pagamento. Buscar sensibilizar o consumidor para a importância de prestigiar o comércio local, por si só, é pouco. É preciso mais que isso. Boa parte da grande massa consumidora está sem renda. Voltar a ter ganho regular pode levar um tempo. Quando a pandemia for controlada nada maia será igual. É preciso começar a reinventar a economia e torcer para que a política não afunde o barco. O dinheiro está curto e o consumidor arredio. Neste momento o consumidor luta com o que tem, e resiste até a taxa de comodidade.

26/04/2021– 14:12

A mulher está sem máscara e passa a ideia de que sorri. O líder do movimento, Glauco Martins, retira a sua para se comunicar com os que tiveram coragem de participar do movimento. O mote do protesto era: “igreja aberta também salva”. Embora tenha a certeza de que foi um ato fora de propósito, eu sou a favor da manifestação, pois faz parte da democracia e não deve ser reprimida. A pluralidade de opiniões deve ser mantida. “Prefeito, por favor, pense com carinho. No mínimo, porta aberta sem culto presencial. Só para atendimento. Tiramos as cadeiras”, relatou Glauco Martins que é Apostolo da Igreja Filhos de Deus. O prefeito Wagner Mol Guimarães manteve-se irredutível e ainda disse: “o verdadeiro encontro de Deus com as pessoas acontece no coração”. O mais preocupante é que os participantes do manifesto traziam bandeiras de Israel, país governado por um primeiro-ministro denunciado por corrupção, além de ser um país conhecido por matar seus irmãos palestinos sem dó nem piedade. Pior: tinha uma bandeira brasileira com metade do símbolo de Israel cortando o celeste da pátria brasileira. Vendo a manifestação, não tive dúvida de que o fundamentalismo religioso chegou a Ponte Nova! Em decisão assinada na quinta-feira, 15 de abril, 02 (dois) dias antes do protesto em Ponte Nova, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Nunes Marques, revogou liminar concedida por ele próprio, em 03 de abril, que autorizava práticas religiosas em templos e igrejas durante a pandemia da COVID19, desde que atendidos os protocolos sanitários. Em 08 de abril, o plenário do STF, por 9 x 2, havia cassado a sua liminar e dias depois ele (Nuno Marques) entendeu que deveria adotar o critério de que abertura de templos é competência de estados e municípios, por causa da pandemia do coronavírus, que já matou mais de 135 pessoas em Ponte Nova e mais de 380 mil em todo país. A questão da abertura do comércio ou outro local, me parece uma discussão cada vez mais acalorada. Do meu lado, já escrevi que os governantes fizeram a população de cobaia e eles próprios foram cobaias, por não entenderem nada do que estava acontecendo: o coronavírus é realmente letal. Por exemplo: desrespeitaram a Constituição e leis nacionais em pelo menos 02 (duas) ocasiões: proibiram idosos de andar gratuitamente nos ônibus, colocando os “velhos” como párias e perigosos, pois eram do grupo de risco. E hoje, eles não são? Estão morrendo mais pessoas entre 29 ano e 50 anos. Outro desrespeito flagrante, arremetendo o país à época da Ditadura Militar foi o decreto do Toque de Recolher, ato típico de ditadores, só que com votos. Outras besteiras: proibir vendas de bebidas, proibir consumo em público, exigência de CPFs e proibir visitas de familiares. E agora, vem este protesto para reabrir templos religiosos, local de aglomerações. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

26/04/2021– 14:09

Olá. Em 12 de abril, segunda-feira, entraram em vigor as novas regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sancionadas em outubro de 2020 através da Lei Federal 14.071/2020. Algumas mudanças foram bastante significativas, mesmo que em tempos de pandemia. Uma delas é o prazo da Carteira Nacional de Habilitação. Para condutores com até 50 anos de idade, a CNH passa a ter validade de 10 (dez) anos. Para condutores com idade entre 50 a 69 anos, a CNH continua com a validade de 05 (cinco) anos e a partir dos 70 anos a mesma passa a ter a validade de 03 (três) anos. Em relação ao sistema de pontos, também houve mudanças, deixando de ser somente os atuais 20 pontos e passando para o seguinte escalonamento: 20 pontos, no período de 12 meses, caso constem 02 (duas) ou mais infrações gravíssimas; 30 pontos, no período de 12 meses, caso conste uma infração gravíssima e 40 pontos, no período de 12 meses, caso conste nenhuma infração gravíssima. Um dado importante: os 40 pontos são para condutores que exercem atividade remunerada, como caminhoneiros, taxistas, motoristas de aplicativo e outros, independente da natureza das infrações, devendo fazer curso de reciclagem sempre que atingirem 30 pontos em até 12 meses. Um dado que, de fato, desburocratizou o sistema de habilitação é o fim da espera da quarentena de quinze dias para realizar novos exames em caso de primeira reprovação. Entretanto, vemos como um retrocesso a desnecessidade de realizar aulas noturnas de curso prático já que, em razão de sobrecarga e de engarrafamentos, as pessoas, em tempos normais, têm optado muitas vezes por viajar mais no período noturno. Falando em viagem, agora o condutor deve manter os faróis dos veículos acesos durante o dia em rodovias de pistas simples, que estejam fora do perímetro urbano, dentro de túneis e nos casos conhecidos de neblina, chuva ou cerração, salvo se o veículo possuir luzes de rodagem diurna. Por enquanto é só. Até semana que vem. Um abraço!

18/04/2021– 22:19

Circula nas redes sociais alguns apelos para que Ponte Nova adote novos métodos para combater o coronavírus. A população está exausta e as consequências dos lockdown são danosas para as pessoas que não podem trabalhar e para as empresas que, impossibilitadas de operar, se veem diante de riscos eminentes. A COVID-19 já fez aniversário de um ano com várias mudanças em sua cepa. O tratamento na maioria das cidades continua o mesmo do início da pandemia. Há uma incompreensível resistência em adotar métodos/experiências que se mostram eficazes em pelo menos 52 cidades do país, conforme divulga o https://t.me/ liberdademédico. Não falo de tipos de medicamentos, porque isso compete aos médicos. Estes, estão precisando de mais liberdade para decidir qual o melhor tratamento para cada caso. O protocolo está engessando a criatividade. Como diz o Paulo Figueiredo Filho, para evitar um mal-entendido: “as vacinas funcionam. Até esse aí do Brasil. A quantidade de evidências neste sentido (até agora) é avassaladora. A incompetência está em acreditar que eles vão deixar você voltar ao normal só por causa disso”. Não sejamos estúpidos em fechar nossas mentes. Circula um banner direcionado ao prefeito Wagner Mol com o título: “tratamento precoce funciona, é barato e salva vidas. A mesma publicação traz dados comparativos entre Ponte Nova e Chapecó SC. Se a resistência em conhecer o método é a ideologia (direita/esquerda), existem mais 51 cidades fazendo o tratamento precoce com excelentes resultados. Outra mensagem em vídeo ao Prefeito foi gravada pela médica Dra. Raíssa Soares de Porto Seguro BA, convidando-o a visitar o sistema de saúde daquela cidade, onde conseguem bons resultados pelo tratamento precoce. Dra. Raíssa integra o movimento “Força médica nacional contra a COVID-19”. No início desta semana a China divulgou que estuda recomendar uma terceira dose da vacina CoronaVac. Vacinas criadas a “toque de caixa” são uma espécie de viagem ao desconhecido. Mas é “o que tá tendo”. O caminho até o controle da pandemia é longo. Experiências novas surgirão, outras já estão a caminho. Winston Churchill dizia: “ter sucesso é falhar repetidamente, mas sem perder o entusiasmo”. Ainda viajando pela mente dos sábios, lembro de Frederick Taylor (USA 1856-1915) tido como o pai da Administração Científica. “Se você fizer sempre as mesmas coisas, terá sempre os mesmos resultados”. Revolucionário para a sua época, Taylor era tratado como o “taylorista” porque seus estudos eram um conjunto de ações para a produção industrial, buscando a eliminação do desperdício e as perdas elevando o nível de produção. Seus estudos baseavam-se em métodos da ciência positiva, racional e metódica dos problemas administrativos. Sua proposta mexia com as pessoas e as retirava do mesmismo (zona de conforto). A princípio foi contestado, mas a maioria dos seus métodos funciona até hoje. Infelizmente estamos vendo a solidariedade diminuir e os reflexos sociais crescem. Li no editorial da Gazeta do Povo PR o seguinte: “soa pretensioso e até insensível exigir dos mais pobres que adotem o fique em casa. Capturados entre a possibilidade da contaminação e a certeza da fome, eles sairão, sim, à rua para buscar o pão de cada dia. BOA SEMANA!

18/04/2021– 22:14

Três amigos da época do Jornal/Revista Forma: João Brant e Ricardo Motta (em pé) e Délcio Teobaldo Perdi um dos melhores amigos da minha vida, sujeito corajoso, talentoso e de excepcional inteligência. Nossa história começa lá atrás, quando aventuramos buscar espaço como profissional de rádio em Ponte Nova. O ano era 1974 e conseguimos ser aprovados entre mais de uma centena de candidatos. Naquela época, o cara tinha que encarar um concurso. E a maioria que está aí foi assim. Lembro-me bem: a abertura do seu programa tinha como fundo musical Listen To The music (Ouça a música!), do conjunto norte-americano The Doobie Brothers. Além deste aspecto profissional, nós transitávamos em um grupo de pessoas que tinha pendores para a arte, cultura e política: Penha Gomes, Edésio Vieira Martins, Antônio Inácio/ Boneca, maestro França, Tião Catarino, José Carlos Daniel (ainda adolescente), Ayrton Pyrtz, Marcos Paulo Cirilo, Afonso Mayrink, José Henrique (professor da UFV), Guilherme Daniel Neto, Laene Teixeira Mucci e Ruy Merheb. Em Belo Horizonte era o Clube da Esquina, aqui em Ponte Nova éramos Geração Esquina. Eu cheguei a disputar a mesma menina com Délcio Teobaldo, mas era esperta e nos enganou. Ela ligava para a Rádio Ponte Nova e marcava encontro no jardim de Palmeiras. Estudava na Escola Nossa Senhora Auxiliadora, via a gente no banco, feito trouxa, mas não dava as caras. Depois descobrimos quem era. Nenhum de nós “pegou” a garota, mas andei escrevendo cartas terrivelmente sexuais para ela nos anos 1977 e 1979. Partimos para o teatro e criamos os grupos teatrais TACO (Teatro de Amor e Construção) e RIMODELTE (Ricardo Motta e Délcio Teobaldo). Artista plástico, Délcio Teobaldo fez uma exposição em que aproveitava pedaços de madeira. Criamos também o suplemento literário Exatos, encarte do jornal Folha da Mata e depois o revolucionário Jornal/Revista Forma, com Fernando Grossi, João Brant, Mansur Barbosa, Marcos Braga, Roberto Caldeira, entre outros. Nossa ligação era tão grande, incluindo Guilherme Daniel Neto e Mansur Barbosa, que criamos a Editora Espora quando morei no Rio de Janeiro) e produzimos 02 (dois) livros, sendo o primeiro de Laene Teixeira Mucci que teve o título de A Canção de Maria do Piauí e Ruy Merheb Vivo (entrevista). Merecemos um poema de Laene que nos retratava em a Canção dos Moços Tristes. Délcio ficou no Rio de Janeiro e eu voltei. Délcio era destemido. A família da sua esposa Virgínia não queria o relacionamento e o moço triste armou uma situação arrojada para a época: conseguiu que Marcos Pereira (Senai), que era Juiz de Paz, fizesse o casamento clandestinamente e ele “sequestrou” Virgínia, que tinha quase 18 anos e foi embora com ela para o Rio de Janeiro. Ousadia extrema para aqueles tempos de Ditadura Militar, da qual tínhamos nojo e continuamos tendo. Ele morreu com nojo do que aconteceu no Brasil, mas eu continuo com nojo e ódio daquela época! Fiquei sabendo da morte de Délcio Teobaldo às 04h30 da madrugada de 08 de abril. Acordei por causa da insônia, de sempre, e como o celular estava ligado vi a notificação do Messenger da sobrinha dele, Elisângela Militão. Confesso que chorei e passei o dia inteiro “penando”. Exatamente em uma quinta-feira (08/04), dia de fechamento do Líder Notícias edição 432, que lhe prestou uma homenagem na capa e em sua principal página, a 3.

18/04/2021– 22:07

Olá. No último dia 31 de março, entrou em vigor a Lei Federal 14.132, que acrescentou o art. 147-A ao Código Penal Brasileiro, introduzindo no Brasil o crime de perseguição, lá fora conhecido como stalking ou também por assédio por intrusão. Segundo o novo tipo penal, é considerada perseguição, para fins penais, “Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”. Tal crime possui pena de reclusão, de 06 meses a até 02 anos, além de multa a ser arbitrada pelo Juiz. A pena prevista pode ser acrescida da metade se o crime for cometido contra: a) idoso, criança ou adolescente; b) contra a mulher, nos casos de violência doméstica familiar e menosprezo ou discriminação à sua condição; c) através de concurso de duas ou mais pessoas ou com o emprego de arma. Tais penas são aplicáveis sem exclusão de eventuais condutas decorrentes de violência. Além disso, em tal tipo penal, é obrigatória a representação da vítima junto à autoridade competente. Em razão de colisão de condutas penalmente tipificadas, a mesma lei revogou dispositivo similar previsto na Lei de Contravenções Penais. O chamado stalking, cuja origem deriva da caça e, no Brasil, por perseguição insistente, é conhecido na literatura estrangeira como uma perseguição obsessiva, insistente a alguém, capaz de resultar numa violência psicológica e de controlar a vida da pessoa, cuja origem é dos Estados Unidos e posteriormente estendida para a Europa, sendo constantemente objeto de discussão nos meios jurídico e legislativo. Um dos infelizes exemplos mais recentes ocorridos no Brasil, e amplamente divulgado, foi o sofrido pela apresentadora Ana Hickmann. Aguardemos a eficácia de tal tipificação penal. Um abraço!

12/04/2021– 13:05

Com um mínimo de atenção se percebe que boa parte dos canais de mídia direcionam e até desvirtuam as informações. O jornalismo atingiu um estágio de irresponsabilidade que submete seus profissionais ao jogo dos interesses ideológicos. Num momento em que a Nação mais precisa da informação correta, de união e solidariedade na pandemia, o que vemos na maior parte dos canais informativos é o terrorismo. O inconformismo se uniu para combater um governo ideologicamente de direita, eleito pela maioria. Não há nada de errado num regime democrático a alternância no poder. A insatisfação, por si só, não é suficiente para articular impeachment de quem quer que seja. O interessante nesse contexto é o que não aceitam. O combate à corrupção e o corte das polpudas verbas que eram destinadas a mídia. O mundo da informação mudou. No Brasil foi preciso cortar as benesses do dinheiro público para que parte das emissoras de TVs e jornais se reinventassem. É o tombo da velha mídia que relutou para se adaptar ao novo cenário. Hoje a informação está na palma da mão. Desde 1976, quando Steve Jobs e Steve Wozniak decidiram montar um computador batizado de Apple, a comunicação começou sua metamorfose. Bill Gates com a Microsoft, também é parte dessa revolução. A mídia impressa resistiu até onde pode. Jornais e revistas buscaram sobrevivência nas plataformas multimídias, diversificando seus produtos para fidelizar o consumidor. O escritor e jornalista Dagomir Marquezi nos dá o diagnóstico: “a velha mídia está encolhendo. E não é só por razões ideológicas. São raros os veículos que conseguiram se adaptar satisfatoriamente à era digital. Ou falar com gerações mais novas. Muitos não compreenderam os novos modelos de negócios. A ex-maior editora do país, a Abril, é o melhor exemplo dessa incapacidade de adaptação. Dominava o mercado brasileiro e parecia invencível. Até que desabou”. Vou dar números: em 2014 a revista VEJA tinha tiragem de 1,2 milhão de exemplares e hoje tem cerca de 260 mil. A revista Época da editora Globo lançava 380 mil exemplares. Hoje esse número se resume a menos de 90 mil. No setor televisivo a maior emissora do país, TV Globo, teve que cortar 1,1 bilhão em despesas para fechar 2020 com lucro de 167 milhões. Em 2019 o lucro foi de 752,5 milhões. A receita atual não cobre a dívida com o INSS, hoje superior a 01 bilhão de reais. Há rumores de que a Globo poderá mudar de dono. O mexicano Carlos Slim, 11º mais rico do mundo, estaria aguardando o caldo entornar mais um pouco para fazer uma oferta através da holding do grupo J&F e intermediação do banco BTG Pactual. O negócio é estimado em 25 bilhões de reais. A hipotética venda mudaria os rumos da Globo? Como consumidor meu desejo é o da informação correta, isenta de opiniões, e que me permita estabelecer minha própria avaliação. Estamos longe disso. Como na pandemia, o melhor remédio é estar vacinado contra aqueles que querem nos catequizar. BOA SEMANA, CUIDE-SE

12/04/2021– 12:57

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