Ricardo Motta

O Ministério da Saúde publicou no dia 28 de agosto uma portaria prevendo que na fase de exames, a equipe médica informe à vítima de violência sexual sobre a possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia. Isto é uma clara intimidação e descalabro político/governamental! Esta portaria atende a quem? A Sara Winter, a ativista de direita e reacionária, que revelou o nome da menina do Espírito Santo que foi estuprada pelo tio em São Mateus e o local onde seria feito o aborto legal? Todo mundo viu a sandice das pessoas que foram ao hospital de Recife para impedir o aborto em uma menina de 10 anos que carregava um feto indesejado, concebido após a violência contra seu corpo impúbere. Mas, as mulheres reagiram em Brasília, 10 deputadas federais, todas da oposição (PCdoB, PSOL, PT e PSB), protocolaram no mesmo dia (28/08) um projeto de Decreto Legislativo sustando a portaria. O projeto está em análise na Câmara dos Deputados e já recebeu apoio do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. “Não permitiremos retrocessos em nossos direitos sexuais e reprodutivos”, declarou a deputada Áurea Carolina (PSOL-MG). “Mulheres e meninas que enfrentam situações de violência devem ser acolhidas – e não criminalizadas ou constrangidas por normas abusivas”, afirmou. “Recebemos a norma como uma reação ao recente caso de autorização judicial para a realização da interrupção da gravidez de uma criança de apenas 10 anos, e não com a base técnica que deveria orientar as políticas públicas”, afirmam as deputadas Luiza Erundina (PSOL-SP), Perpétua Almeida PC do B-AC) e Lídice da Mata (PSB-BA). Além disso, a portaria do Ministério da Saúde reforça a obrigatoriedade de notificação à autoridade policial de indícios de violência sexual sofrida pela vítima, que foi instituída pela 13.931/2019. Quando a lei foi publicada, ela foi criticada por entidades feministas, que avaliaram que a denúncia compulsória poderia afastar a mulher dos serviços de saúde, que deveriam ser espaços de orientação e fortalecimento da mulher em situação de violência. Em nome de Deus (que não deu procuração para ninguém!) e da religião, querem impor regras desniveladas da realidade da mulher. Só quem viveu o ato abusivo do estupro é que pode avaliar tal dor, que não fica apenas no aspecto físico, mas pode durar toda uma vida. Um trauma maior que o sangue escorrendo entre as pernas: lágrimas de dor pungente e cruel que podem levar ao suicídio.

08/09/2020– 09:12

Esperava-se que com a criação da Lei Federal 9.605, a Lei dos Crimes Ambientais, em 1998, os danos ao meio ambiente causados por qualquer ação humana teriam o seu reparo garantido. Infelizmente, não é o que vem acontecendo no nosso país. Cada vez mais, vemos o empoderamento dos que cometem crimes ambientais, levando em conta a flexibilidade que se dá no cumprimento das penas e, mais ainda da desestruturação ano a ano dos órgãos fiscalizadores do meio ambiente, totalmente desaparelhados e há anos sem concurso público. Dia a dia na imprensa nacional ouvimos falar de danos, em especial na Amazônia Legal Brasileira. Muitos são os conflitos agrários, de garimpos clandestinos e mais ainda, a biopirataria. A região agoniza, com todos os seus problemas socioambientais e políticas fragilizadas, ou seja, grandes grupos dominam o garimpo clandestino, o desmatamento com equipamentos de última geração e submetem a população local aos seus desmandos e ameaças. Por trás deste cenário temos empresários, políticos e grileiros que dominam determinadas comunidades, tornando-os dependentes de suas ações e fragilizando os movimentos locais que defendem a floresta e o seu povo. Esperava-se mais empenho dos governos locais e, em especial do Ministério do Meio Ambiente, através de parcerias de monitoramento, ações efetivas dos seus órgãos como é o caso do IBAMA, bem como, o manejo das unidades de conservação pelo ICMBio. Estes órgãos estão com falta de profissionais, concurso público que não é realizado há muitos anos e ainda, quando lavram autos de infração ambientais são ameaçados. Em outros casos, defesas feitas por grandes escritórios de consultoria acabam levando anos e anos para se ter uma solução de reparação de danos ambientais, como consequência a ausência de recuperação das áreas degradadas. Um exemplo é o garimpo ilegal ou lavra ilegal, que além da degradação do solo e subsolo, contamina a água, promove riscos na saúde das pessoas e a recuperação ambiental pode levar muitos anos para se reestabelecer o status quo ante. É importante que a população seja ouvida, quando se traz um empreendimento num determinado local, em especial, quando o ecossistema é frágil e, acima de tudo que se estabeleça as condicionantes necessárias para diminuir o impacto negativo. Por outro lado, caso não se faça isso, o empoderamento dos empreiteiros mal-intencionados continuará a degradar o meio ambiente, mesmo com uma lei tão séria, mas tão difícil de ser aplicada. Este artigo é de autoria de Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter. October 2nd, 2018.Flight from Porto Velho to Rio Branco (Brazil). Latitude: S9°38.700'Longitude: W67°46.949'

23/08/2020– 18:47

Esperava-se muito pouco da agenda ambiental de um governo Bolsonaro, é verdade. Afinal, as evidências eram abundantes: o termo “meio ambiente” só recebeu uma única menção no seu programa de governo. Assim que se elegeu defendeu abertamente o fim do Ministério do Meio Ambiente e só recuou devido às pressões internacionais. Em dezembro (2018) repetiu que o IBMA era uma “indústria de multas” e que ia mudar isso aí, tá ok? Contrariando a turma que acreditava que eram apenas bravatas de campanha, ao assumir a presidência o capitão arregaçou as mangas e já na reforma ministerial de janeiro tratou de sequestrar a ANA (Agência Nacional de Águas) para o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura. Depois de reorganizar o tabuleiro institucional ao seu gosto peculiar, o governo destacou o Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo/SP) para pilotar a nova agenda ambiental ao estilo Bolsonaro. O ministro Salles é aquele que ganhou notoriedade por ser o primeiro ministro ficha-suja em um governo que se elegeu com a bandeira anticorrupção. Ele foi condenado em São Paulo (foi secretário da pasta de meio ambiente) por favorecer mineradoras, mudando um plano de manejo. O desmonte da agenda ambiental promovido pelo governo Bolsonaro supera as previsões mais pessimistas. Enquanto isso, o mundo assiste apreensivo e ensaia boicotes aos produtos oriundos do desmatamento. É difícil prever onde vai parar esse processo de desmonte da área ambiental. A companheira de chapa do democrata Joe Biden, escolhida na terça-feira, 11/08, Kamala Harrisfaz parte do grupo de senadores que se opõem a acordos entre Brasil e EUA, por causa do desmatamento na Amazônia. Para encerrar este artigo, trago uma declaração de Luiz Queiroz d’Orange (nome fictício de um analista do IBAMA, pois a maré não está para peixe miúdo): “É importante ressaltar que nisso Bolsonaro não era fake news – sua campanha falou claramente que iria desmontar a gestão ambiental no Brasil. Quem votou no capitão, com as mãos fazendo gesto de “arminha”, sabia que estava hipotecando um futuro mais sustentável e próspero para o Brasil. É inescapável a sabedoria do Barão de Itararé: “de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”.

17/08/2020– 10:33

Ministério da Economia propõe acabar com todas as meias-entradas, seja para estudantes ou outras categoria inseridas nas legislações pertinentes. Quase 80% de todos os ingressos de cinema vendidos no Brasil no ano passado tiveram preço de meia-entrada. A participação do ingresso na categoria inteira nas receitas das redes cai há três anos, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine). Os dados levaram o órgão regulador a abrir uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor. A discussão está aberta para contribuições até 13 de agosto, mas o Ministério da Economia já se manifestou e defendeu a extinção de todas as regras que garantem o benefício, indo na contramão da realidade brasileira dos estudantes. Professores/pesquisadores de universidade Porto Alegre (Rio Grande do Sul); Universidade Federal de Pelotas e Fundação de Economia e Estatística de Porto Alegre, de Porto Alegre  fizeram uma pesquisa para estima dos efeitos da implementação de leis de meia-entrada sobre o consumo de bens e serviços culturais dos estudantes brasileiros, utilizando as amostras coletadas para todas as regiões metropolitanas pelas Pesquisas de Orçamento Familiar (POF). O estudo afirma que “as leis de meia-entrada são políticas que atingem uma população expressiva do país, portanto, seus impactos individuais podem repercutir em grandes consequências para o agregado. O público potencialmente beneficiado, principalmente estudantes, é de tamanho similar ao do maior programa de transferência de renda condicionada do país: o Bolsa Família”. Em Ponte Nova O instituto da meia-entrada não afeta Ponte Nova diretamente, mas cidadãos-estudantes oriundos da cidade que estudam pelo Brasil afora são afetados, inclusive em Viçosa que tem o Cine Prisma ou em Juiz de Fora, no Cinema Central. Afora em diversas capitais brasileiras. Acabar com a meia-entrada é alterar a situação de acesso à cultura para quem tem poder aquisitivo menor. O presidente Jair Bolsonaro  recebeu no dia 29 de janeiro deste ano (2020), no Palácio do Planalto, promotores de eventos culturais, artistas e cantores sertanejos, que foram manifestar apoio ao atual governo.  Na ocasião, o representante da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori, defendeu o fim da meia-entrada em eventos culturais. “Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação. Nós precisamos corrigir essa injustiça histórica”, afirmou.  

10/08/2020– 09:56

Sempre tive muito prazer (rsrsrsrsrs) em escrever sobre sexo. Houve uma época em que havia ainda outros componentes, como “drugs and rock anda roll”, de preferência uma boa dose de Absinto, também chamado de a Fada Verde ou  La Fée Vert, em virtude de um suposto efeito alucinógeno. Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Van Gogh, Oscar Wilde, Henri de Toulouse-Lautrec, Edgar Alan Poe, Aleister Crowley, Ernest Hemingway, Raul Seixas e Paulo Coelho eram adeptos da fada verde. Eu também! Nesta data, 31 de julho, celebra-se o Dia do Orgasmo.  O assunto é um dos que mais geram curiosidade entre as pessoas quando se fala em sexo. E tem muita gente que acha que entende tudo sobre o clímax feminino. Ou pelo menos diz que sim. Eu vivi momentos infinitos de mínimos momentos finais. Colocando-se no lugar da mulher: jamais coloque a expectativa do seu prazer no seu parceiro ou parceira. Descubra o que te satisfaz e coloque em prática. O orgasmo depende mais de você do que da pessoa que está contigo. “O outro (a) não é responsável pelo seu prazer. Essa pessoa pode ajudar, é claro, mas pode atrapalhar também. O que quero dizer é: a mulher é a mais responsável pelo seu orgasmo”, diz uma sexóloga que li há muito tempo. Acho que era Marta Suplicy. Em 1983, eu era editor do jornal O Município, do meu amigo João Brant. O jornal tinha o formato de 3/ 4 de ofício (não era um tabloide e nem um house organ), mas trazia na capa um editorial de página inteira. Diversos políticos (eram todos do MDB antigo) vieram a Ponte Nova naquela e desfilaram na famosa Feira da Comunidade, promovida pelo CEAPS (Consórcio de Entidades de Assistência e Promoção Social), comandado por Pedro Paulo Sette, Pepê. Ao som de “Vou Festejar”, hino da vitória, com Beth Carvalho e a Ditadura Militar caindo aos pedaços, os políticos subiram no palco do Parque de Exposições e deliraram nos discursos. Na semana seguinte este era o título do editorial, em tipografia: “ORGASMO POLÍTICO NA FEIRA!”. Orgasmo era uma palavra proibida e foi a primeira vez usada em uma manchete de capa em um jornal  de Ponte Nova. Históriaà parte, ter orgasmo não é só celebrar o prazer sexual, mas perceber que a vida tem que ser concebida com prazer, alegria e muito tesão! O certo é que a palavra fica associada à mulher, mas na verdade é o auge da relação a dois. Ou a sós! Depende do momento. Aliás, nestes tempos de pandemia de coronavirus haja imaginação para se chegar ao orgasmo!

01/08/2020– 12:31

A prefeitura de Paraíso do Tocantins, a 63 quilômetros da capital do Tocantins (Palmas), decidiu adaptar o trânsito de uma avenida na cidade para preservar um pé de um cajá-manga que fica exatamente no meio da pista. O objetivo é evitar acidentes e preservar a árvore. Segundo a prefeitura, a árvore frutífera está localizada na Avenida Piracicaba, no setor Jardim Paulista, e se tornou um símbolo para os moradores da região. “Foram colocadas 02 (duas) lombadas (quebra-molas) em ambos os sentidos para os motoristas diminuírem a velocidade; uma linha com tachões iluminadores para refletirem à noite e, por fim, será construído um canteiro em volta do pé de cajá-manga, onde serão plantadas algumas flores para valorizar e evidenciar ainda mais a árvore”, disse o secretário da Infraestrutura do município, Ubiratan Carvalho. Uma árvore no meio da avenida é motivo de orgulho em Paraíso do Tocantins. Ponte Nova A prefeitura municipal adotou desde 2017, uma forma de aniquilar as árvores grandes e substituí-las por “arvrinhas”. É só andar pela Avenida Dr. José Mariano e constatar a afirmação. Pela primeira vez na história de 40 anos das palmeiras-imperiais foram decepadas 07 (sete) delas, sem qualquer explicação técnica. O Passa-Cinco tem um déficit de 40 mil árvores, o mesmo número que Gisele Bündchen pretende plantar para comemorar sua idade. Todo ano, em período de poda (entre março e agosto), a secretaria municipal de Meio Ambiente determina aos seus servidores que realizem as podas necessárias. Os fios da Cemig têm prioridade, árvores que racham passeios são cortadas impiedosamente, principalmente se for a pedido de vereador. No Bairro Copacabana é uma verdadeira agressão a 02 (duas) patas-de-vaca. Sem fios, elas são podadas drasticamente, o que é crime, além de ir matando as espécies lentamente. Patas-de-vaca foram destroçadas, em Copacabana, por uma motosserra nervosa.      

27/07/2020– 09:23

Ele é calado, suas palavras são os barulhos provocados pelo choque entre as pedras, que ao contrário do ataque voraz do esgoto sanitário, não maltrata. As pedras apenas desviam seu caminho, mas sem impedir que caminhe célere em busca do seu sonho maior, que é o mar. Assim é Rio Piranga que nasce na Serra da Trapizonga, em Ressaquinha, pequena cidade que fica a 188 quilômetros de Ponte Nova. Tomado pela tristeza e insatisfação, o Rio Piranga sobrevive graças à energia própria, sofre com a falta de matas ciliares, derrubadas das florestas em seu entorno, fato que prejudica os mananciais de água que o sustentam: as nascentes. Sombriamente, o homem desacata o poder da natureza e em busca do vil metal provoca incêndios, desmata para fazer pastagens e fere de morte o âmago do bendito rio. “Mas, o rio corre sozinho, vai seguindo seu caminho, não necessita ser empurrado. Para um pouquinho no remanso. Apressa-se nas cachoeiras, desliza de mansinho nas baixadas. Mas no meio de tudo, vai seguindo seu caminho. Sabe que há um ponto de chegada. Sabe que o seu destino é para frente. E vitorioso, abraçando-se a outros rios, vai chegando ao mar. O mar é a sua realização e, chegar ao ponto final, é ter feito a grande caminhada”. Até chegar ao seu primeiro destino, ao abraçar o Rio do Carmo, o herói das águas vermelhas inunda plantações, mata a sede de milhares pessoas, pássaros, animais domésticos e silvestres e enche, com prazer, as bocas e os estômagos com sua rica ictiofauna, composta de piau-vermelho (o símbolo do rio), dourado, corvina, bagre e lambaris. Ali na Barra do Piranga (de um lado Santa Cruz do Escalvado e do outro a cidade Rio Doce) nasce o Rio Doce. As águas se juntam e caminharão como uma única vida em direção ao mar. Ledo engano, ali não morre o Rio Piranga nem o Rio do Carmo: naquele local, a 23 quilômetros do Bairro da Rasa (Ponte Nova), as águas se fundem e se fortalecem, enquanto suspiram na agonia provocada pela lama devastadora e criminosa da Samarco. Os rios Piranga, Carmo e Doce corriam no leito das suas vidas, sabendo que há um ponto de chagada. Mas, constantemente afetado pela natureza bruta do homem sem escrúpulos. A natureza não tem pressa. Vai seguindo o seu caminho. Assim é a árvore, assim são os animais. A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto. O Rio Piranga segue seu destino que é fazer o bem. Era limpo e livre. Escolheu seu próprio caminho, mas resolveram que ele teria que ser barrado lá no Brito, com a Pequena Central Hidrelétrica (PCH Brito). O homem, com sua ganância, queria muito mais. Com seus técnicos e burocratas, o homem propunha construir um monte de barragens no Rio Piranga. Mas, pela primeira vez o Rio Piranga conseguiu unir gregos e troianos, direita e esquerda, poder público e ONGs e a ideia foi abortada em 2008. Estes heróis, muitos deles anônimos, estão por aí. Eles fizeram história e livraram o Rio Piranga da sua morte lenta. Ele, o “herói taciturno” ainda vive, mas precisa muito mais: tratamento de esgoto! Observação: parte do título eu “roubei” da jornalista Mônica Veiga que prepara um documentário sobre o rio com o título “Piranga, o Herói Taciturno”. Espero que ele não me denuncie (rsrsrsrsrs). Rio Piranga: patrimônio natural e essencial para Ponte Nova e dezenas de cidades.  

20/07/2020– 10:26

O Papa Francisco, Hermano argentino da cidade de Buenos Aires, capital do Tango, nascido Jorge Mario Bergoglio, exortou, recentemente, os fiéis a retirarem seus investimentos das indústrias automobilísticas e aplicá-los em causas sustentáveis, mas que dão lucro também sem exaurir a natureza e sim protegê-la para que a biodiversidade permaneça intacta evitando assim o aquecimento global. Melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês, como são conhecidas internacionalmente) vêm recebendo atenção mundial por estarem associadas a negócios sólidos, baixo custo de capital e melhor resiliência contra riscos associados a clima e sustentabilidade. A preocupação com um futuro mais sustentável foi consolidada pela ONU com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável  (ODS). Neste documento, questões antes subjetivas ganharam metas quantitativas a serem atingidas e buscadas. Para o mundo dos investimentos, isso também significa uma mudança na rota. Ou melhor, a inclusão de uma nova rota: a dos investimentos que levam em conta critérios de sustentabilidade. Confesso que li alguns trechos de encíclicas. Não me interessaram por serem pegajosas, metidas a ensinar a vida que devemos levar. A chamada cristianização/evangelização que orienta os tratados e dogmas da Igreja Católica. Mas, enfim consegui ler de ponta a cabeça a Enciclica Laudato Si, idealizada pelo Papa Francisco. Antes que alguém me chama de ateu, afirmo que sou agnóstico, não tenho religião e tenho dúvida acerca da existência de Deus. O principal homem da humanidade foi Jesus Cristo, a quem reverencio junto com Francisco de Assis e Che Guevara. O Papa Francisco é um ser iluminado e foi o primeiro Papa a defender o meio ambiente de forma clara e concisa. Ele não prega apenas a defesa da natureza, mas entende que o homem pode conviver com a natureza e dela tirar sustento, sem prejudicá-la. No prefácio da Encíclica Laudato SI (Se Elogiado) ele evoca o patrono da ecologia: “Louvado sejas, meu Senhor”, cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras”.  Ainda que a tendência de consumidores cada vez mais interessados em produtos e serviços que tenham impacto positivo no meio ambiente e na sociedade se alastre pelo Brasil, o país ainda está atrás no tema. No exterior esta já é uma exigência, muitas vezes considerada fundamental pelo investidor estrangeiro, principalmente o institucional. Para profissionais qualificados, consequentemente, a tendência é que a busca também cresça nesta área. Bons exemplos brotaram em Ponte Nova nos últimos anos, mercê de uma luta hercúlea de poucos ambientalistas: única cidade do Brasil que proibiu as práticas de garimpo em seu território (1990); proibiu a construção de hidrelétricas com a tecnologia ultrapassada de barramento do Rio Piranga (2008); criou uma Cooperativa de Recicladores de Papel (2012); Bartofil Distribuidora recicla 95% em seu Centro de Distribuição (CD) e aplica recursos na aquisição da produção de vassouras fabricadas a partir de fios de garrafa PET, pela Coorpnova.  

11/07/2020– 15:17

Associação dos Controladores de Vetores de Pragas Urbanas (Aprag) alerta para a necessidade de reforçar o combate de insetos e roedores nas cidades. Os novos hábitos adquiridos durante a pandemia, quando muitas pessoas se mantiveram em casa, pode ter ajudado na proliferação desses agentes transmissores de doenças como dengue, zika, chikungunya, leptospirose, entre outras. Outra doença que costuma ser causada por pragas é a leptospirose, transmitida através do contato humano com a urina do rato. Seus sintomas são semelhantes aos da gripe, e também pode matar. Portanto, nota-se que o controle das pragas não é tão somente uma questão de conforto e higiene, mas um caso de saúde pública. Para o vice-presidente da Aprag, Sérgio Bocalini, este tipo de atenção (combate) se torna ainda mais importante num momento de grave pandemia. O objetivo é evitar o colapso na rede hospitalar, já bastante impactada pelos casos de coronavírus. A quarentena teria aumentado a quantidade de resíduos residenciais. Além disso, os estabelecimentos comerciais fechados transformam-se em campo fértil para o aumento de pragas. Não se  pode trabalhar com cobertor curto em termos de trabalho sanitário. O combate às pragas urbanas pode ajudar a diminuir o impacto nos hospitais. “No inverno, podemos observar a presença mais intensa de roedores, principalmente em ambientes fechados, pois estão à procura de locais mais aquecidos”; avisa Bocalini. As pragas migram para as zonas urbanas buscando alimentação e abrigo, o que é proporcionado pelo próprio homem, quando esses mantêm ambientes sujos e quando depositam lixo  em locais inadequados. Dentre as principais espécies encontradas em áreas urbanas destaca-se as baratas, os pombos e as formigas. Para se prevenir contra a proliferação das pragas urbanas dentro de casa é preciso primar pela organização dos ambientes e limpar detalhadamente o local. A contratação de uma boa empresa especializada no controle de vetores e pragas urbanas pode contribuir de maneira significativa para evitar ou diminuir a presença destes animais nocivos.

29/06/2020– 11:58

Siga nas redes sociais
Seja um anunciante
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.
Os 10 artigos mais recentes
Contato Líder Notícias
Skip to content