Ricardo Motta

A jornalista Vera Magalhães virou alvo da violência Bolsonarista. Não são lobos solitários que investem contra o corpo e a dignidade da jornalista. São agentes bem orientados por um tipo de lógica de morte que há mais de 04 (quatro) anos tenta controlar o Brasil em todos os níveis. O Bolsonarismo precisa da violência de gênero, assim como um vampiro precisa de sangue para não morrer. Esse é um dos pilares que estruturam a sociedade que bolsonaristas (a maioria) querem erguer. Bolsonaro tem, mais do que um plano de governo, um projeto de sociedade. Nessa sociedade bolsonarista, homens andam armados, mulheres se curvam. Homens mandam, mulheres obedecem. Nesse projeto de sociedade, florestas viram pó, corrupção tá liberada (chamam rachadinha que é para não assustar), pessoas negras não apitam muito, LGBTQIAP+ podem morrer porque não fazem falta. Nessa sociedade, a lógica é miliciana do começo ao fim. Vera Magalhães foi escolhida por essa turma covarde para virar, literal e simbolicamente, o rosto do inimigo. A experiente jornalista foi, durante os 13 anos de administrações petistas, oposição bastante eloquente. E, ainda assim, seguiu podendo falar abertamente o que pensava de Lula, de Dilma e do PT sem ser agredida. Mas, Vera Magalhães precisa revisitar o passado e fazer o mea culpa, mas vamos continuar defendendo-a dos ataques de qualquer maneira. Ela pouco deu atenção para a Lava Jato. Sérgio Moro conduziu as investigações do Escândalo do Banestado. Ali sim, houve corrupção, mas ele não condenou ninguém. Enquanto Dilma foi alvo da fúria covarde da extrema-direita, Vera calou. Quando Cora Ronai e Míriam Leitão ridicularizaram a roupa e o andar de Dilma na posse, Vera calou. Quando a caravana de Lula foi recebia a pauladas no sul do Brasil, Vera disse que pedradas faziam parte da política. Quando Lula foi ao velório de dona Marisa, Vera debochou e sugeriu que casássemos com alguém que não fosse fazer comício em seu velório. Quando Manuela D'Avila foi 62 vezes interrompida no programa Roda Viva (TV Cultura), Vera disse que era do jogo e que estava acostumada a atuar em ambientes cheios de homens, indicando que Manuela fazia drama ao reclamar da impossibilidade de concluir um pensamento sequer. Quando Boulos foi contratado como colunista da Folha, Vera democraticamente sugeriu que ele fosse desligado dado que, segundo ela, Boulos estava associado ao banditismo. Texto do Canal UOL/Folha: “Prestar solidariedade a Vera Magalhães envolve resgatar como viemos parar aqui. Visitar o passado não é nossa maior qualidade e, justamente por evitarmos a viagem, repetimos e aprofundamos os erros. Mas só podemos crescer e melhorar se olharmos para o que fizemos e entender como e por que erramos. Isso vale para nossas vidas pessoais e vale para nossa história enquanto sociedade e nação”. Como, afinal, viemos parar nesse lugar de tanta dor e violências? Viemos parar aqui quando naturalizamos a candidatura de um homem como Jair Bolsonaro e, para não eleger mais o PT, fingimos que ele era parte aceitável da política. Viemos parar aqui quando deixamos de nomear a proximidade de Bolsonaro com horrores como o fascismo, o nazismo e o racismo.  

23/09/2022– 09:57

Um dos símbolos da contracultura que continua cada vez mais popular, o perfume de Patchouli cuja base é o óleo natural de Pogostemon Cablin da Indonésia, tem características incomuns, que despertam a atenção das pessoas com sua fragrância típica amadeirada, penetrante, sensual e afrodisíaca. Enquanto para alguns, seu encanto não é apreciado de imediato, é sem dúvida um perfume agradável, nostálgico e verdadeiramente significativo para inúmeras pessoas, sendo utilizado há milhares de anos. Lembro-me bem desta época mágica quando cheguei em Ponte Nova. Lá pelas bandas da margem esquerda do Rio Piranga, precisamente na Vila Centenário. De alguns amigos da época eu me lembro: Edinho Albergaria (Tiranos), Antônio Inácio Boneca, Wandeir Maciel Miranda, Zé Renato Marques e Jerônimo, o Cabo 10 do Tiro de Guerra. Havia ainda o popular Paulinho Jornaleiro, que morava em uma casa de madeira da Rede Ferroviária Federal. Ele era cabeleireiro e vendedor de perucas. A inconfundível fragrância do Patchouli ganhou fama na década de 70, quando era um dos perfumes mais usados naquela época entre os jovens, principalmente porque rolava um boato que o cheiro dele lembrava o da maconha, fato controverso. Interessante é a quantidade de sensações que o Patchouli provoca nas pessoas, algumas inclusive associando seu perfume ao movimento hippie e ao misticismo. O óleo essencial (puro) de Patchouli é um dos poucos que podem ser aplicados diretamente na pele e muitas pessoas preferem usá-lo no lugar do perfume, o que deve ser feito com moderação. Algumas gotas são suficientes para manter seu aroma durante horas. Na Ásia o Patchouli é muito usado na medicina tradicional e em muitas culturas, sendo recomendado em várias doenças de pele e do couro cabeludo. Tem dois componentes antissépticos, bem como qualidade calmante. Naquela época outro perfume despertava a atenção, mas era muito usado pela camada mais alta da sociedade. Os pobres só usavam se tivessem amigo rico. Mas, o fato é que o Lancaster era conhecido como perfume para “pegar mulher”. Elas se encantavam com o perfume e os rapazes se aproveitavam e ganhavam beijos. Às vezes na boca. Mas, mesmo como conservadorismo, o movimento beatnik fazia efeito por aqui, inclusive com algumas meninas aderindo ao amor livre. Muitas pessoas achavam que eu era comunista e adepto do movimento beatnik, por ter comportamento e aparência pouco convencionais. Além disso, geralmente eu contestava a moral e os valores sociais estabelecidos. Pouco me lixei. Com o tempo, nem usava perfume algum, nem sabonete. Tomava banho de cachoeira e preferia o cheiro natural das mulheres. Ainda prefiro. Qual? Os dois (rssrsrsrs!). Adoro a natureza, principalmente o mato (mais rsrsrsrs!)  

16/09/2022– 09:46

Em 02 (duas) semanas realizei incríveis e surpreendentes pesquisas sobre os 100 anos do Rádio no Brasil. Descobri que Getúlio Vargas estatizou a Rádio Nacional para controlar o que se falava do seu governo. Teve lei que proibia vender aparelhos de rádio. Maneira de diminuir número de pessoas contrárias à ações do então ditador. Mais ainda me surpreendeu: a colocação da Rádio Sociedade Ponte Nova no ar no dia 05 de março de 1946 foi um ato revolucionário: envolvendo Aldair Pinto, Jurandir Maciel Miranda e Wilson Carvalho e Silva. O governo entendeu ser transgressão à lei e confiscou os equipamentos. Os melhores momentos da minha carreira no Rádio aconteceram entre os anos de 1984 e 1988. Neste período pude ajudar a colocar no ar 02 (duas) emissoras: Rádio Visão AM 670 Khz (1986) e Vale do Piranga FM 93,9 MHz. Antes disso, em 1985, concretizei 01 (um) sonho que acalentava desde que entrei (1976) para trabalhar nos meios radiofônicos: colocar no ar a voz feminina, pois achava que o rádio era muito machista (ou é?). Para terminar este material que homenageia os 100 anos do Rádio no Brasil, quero deixar claro que nunca fiz e nem faço nada para agradar a ninguém, muito menos para levar vantagem. Mas, não posso deixar de citar pessoas, que embora não estejam no ar, colaboram com minha pegada para entrar em movimento. Uma delas é a nossa auxiliar de serviços gerais, a Marilda Pinheiro (foto). Embora seja uma simples garota, de origem humilde, faz o seu trabalho com dedicação. Às vezes confunde as coisas, mas deixa o ambiente pronto para trabalhar: nos estúdios, escritórios e redação. Os outros 03 (três) são o repórter Diego Siman e o designer gráfico Fabiano José (Líder Notícias) e Zé da Torre, o homem comanda os equipamentos e transmissores do Grupo Líder.

09/09/2022– 09:35

Para um governo chegado às teses mais obscurantistas e que se choca frequentemente com a ciência (vide a espantosa dose de negacionismo que foi utilizada pelo Palácio do Planalto no combate à pandemia, com os conhecidos resultados desastrosos), não é de se espantar que a instituição científica mais respeitada do país tenha virado alvo da atual gestão. Para se ter uma ideia do nível de sucateamento, o orçamento de 2021, de 85,4 milhões de reais foi o menor da história recente — a cifra representa metade do que era destinado ao instituto em 2013.O valor reservado à observação da Amazônia para 2022 não é suficiente para o ano todo. O estudo e o monitoramento da expansão da agricultura e das cidades, desastres nat-rais e desmatamentos estão entre as principais aplicações derivadas da tecnologia espacial em benefício do meio ambiente. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é reconhecido pela excelência na vigilância por satélites de florestas, realização de previsões numéricas de tempo e clima, além de gerar estudos e dados para subsidiar políticas públicas voltadas à mitigação dos impactos das mudanças ambientais globais. O INPE recebe, processa, distribui e usa dados espaciais para o desenvolvimento sustentável. Principalmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto por satélites é utilizado em áreas importantes e prioritárias ligadas ao levantamento de recursos naturais e ao monitoramento do meio ambiente. Governo, cientistas e empresas cada vez mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo, por meio da atuação do INPE. O lançamento do primeiro satélite para observação da Terra, o norte-americano Landsat-1, em 1972, proporcionou um salto nos estudos sobre meio ambiente. Onde vamos parar com tanto desprezo pela Ciência?

01/09/2022– 11:06

No início de agosto, em companhia do presidente da AmaCopa, Marcinho de Belim, flagrei uma balsa no Rio Piranga nas proximidades da Fazenda Casa Branca. Pelo que percebi os operadores da balsa estavam praticando uma ação de garimpo ou mesmo fazendo a famosa “pesquisa” para saber se tinha ouro naquele local. Logo após a ponte sobre o Córrego Tim-tim Pororó, na estrada vicinal que passa nas terras da Fazenda do Engenho, de Renato Marinho, encontramos outro crime ambiental. Este último de autoria da secretaria municipal de Desenvolvimento Ruraln(Sedru) que abriu uma clareira na margem direita do Rio Piranga, a menos de 10 metros, em Área de Preservação Permanente (APP), para depositar cascalho para ser usado nas estradas rurais. Além disso, o patrolamento derrubou árvores e aterrou outras. A área afetada pelo Poder Executivo servia para desova de restos de material de construção. No caso do garimpo, ação fere lei municipal que proíbe a prática por ser nociva ao meio ambiente. A norma legal está inserida na Lei Orgânica Municipal (LOM) de 1990: Art. 265 - É proibida qualquer atividade poluente, nos cursos d’água ou em suas margens, inclusive a atividade e prática de garimpo. Art. 266 - A exploração de recursos hídricos e minerais do Município não poderá comprometer os patrimônios natural, cultural e ambiental, sob pena de responsabilidade, na forma da lei. Certo é que cabe ao Poder Executivo notificar a empresa que está praticando a atividade, mesmo que ela tenha licença da ANM (Agência Nacional de Mineração). A balsa deveria ser lacrada pela Polícia Militar do Meio Ambiente para atender aos ditames da lei municipal. Em 2004, o cabo Miguel em minha companhia lacrou e interrompeu o garimpo logo acima do Acabiara Clube. O que está acontecendo com a secretaria do Meio Ambiente (Semam) e com o Codema de Ponte Nova? Eles poderão responder por improbidade administrativa pela omissão.

19/08/2022– 12:15

Foi o que disse Daniel Boorstin, diretor da biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em seu visionário livro “The Image”, de 1962. Há 60 anos, ele relatava a substituição do noticiário por não-fatos, na época as entrevistas coletivas à imprensa. Eram uma forma de fazer com que o interesse público deixasse de ser a espinha dorsal do noticiário. No jornalismo é confronto de ideias e incomodação de quem é entrevistado. Como jornalista de mais de 42 anos de trabalho em redações, nunca me interessei por entrevistas coletivas. Aliás, a rigor em Ponte Nova, raras foram as entrevistas coletivas. Na verdade, o poder público convoca faz um discurso e depois abre para perguntas. “Eu gosto do Flow, do Igor, fui a vários podcasts da casa. É preciso entender a diferença entre esse tipo novo de comunicação, o método jornalístico e o "shownalismo" que se instalou em veículos tradicionais. Jair Bolsonaro não deu uma "entrevista" no Flow. Igor não foi treinado para confrontar uma autoridade nem se propõe a isso. Não se pode comparar esse trabalho a um produto jornalístico porque não é”, diz a colunista do UOL, Madeleine Lackso. O presidente Jair Bolsonaro ficou 05 (cinco) horas desfilando um monte de impropérios e aleivosias, para o delírio da patuleia que o aplaude, seja com ou sem razão. Quem procurar por momentos de lucidez na maratona verborrágica de Jair Bolsonaro no Podscast Flow sairá com muito pouco ou quase nada para apresentar. Mentiras, negacionismo, teorias da conspiração, mais mentiras, homofobia, golpismo, ainda mais mentiras, acusações sem provas, falseamento da história, outra saraivada de mentiras. O senador Flavio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que fazem parte da filhocracia, ora no poder, estão propondo fazer campanha para que Paulo Guedes seja laureado com o Nobel da Economia. Como assim? Isto é delírio só pode ser curado na Casa Verde! Para atacar Lula, Michelle Bolsonaro liga religiões afro-brasileiras a ‘trevas’ A primeira-dama, protagonista da campanha de Bolsonaro nas últimas semanas, usou um vídeo antigo do ex-presidente, publicado em 2021. A primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para endossar a alegação de que o ex-presidente Lula (PT) “entregou sua alma para vencer essa eleição”. A mensagem acompanha um vídeo antigo em que o petista se encontra com representantes de religiões afro-brasileiras. A legenda da gravação publicada pela vereadora de São Paulo Sonaira Fernandes (Republicanos) e compartilhada por Michelle diz que “não lutamos contra a carne nem o sangue, mas contra os principados e potestades das trevas”. E emenda: “Isso pode né!” É cruel para as mulheres saber que Michelle Bolsonaro, “tão linda, recatada e do lar”, se submeta às sandices e misoginia do seu marido: “Ela fez LIBRAS por que falava muito alto e escuta pouco”. Ou: “Eu já dei um bom dia muito especial para ela hoje. Acredite se quiser”, disse em tom de brincadeira, mas de cunho sexual.

11/08/2022– 16:13

Gustavo Petro, 62 anos, ex-guerrilheiro da M-19 (Movimento 19 de abril) venceu as eleições presidenciais da Colômbia em 19 de junho. Com o feito, o economista se tornou o primeiro candidato de esquerda a ser eleito presidente da República na história do país. Ele toma posse no próximo domingo, dia 07 de agosto. Outra marca quebrada na Colômbia foi a eleição de Francia Márquez. A ativista se tornou a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência da República no país. Gustavo Petro era o líder da oposição no Senado colombiano e também fundador da “Colômbia Humana”, movimento político que reivindica o respeito aos direitos humanos, o cuidado com o meio ambiente, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, a industrialização e a modernização agrária, entre outros tópicos de importância social. Formado em economia pela Universidade Externado da Colômbia, ele exerceu o cargo de deputado e vereador de Zipaquirá nos anos 1980. O esquerdista também recebeu o prêmio Letelier-Moffitt Human Rights Award em 2007. Ele também foi prefeito de Bogotá, a capital da Colômbia. Francia Márquez, sua vice é ativista ambiental e dos direitos humanos, a advogada afro-colombiana será a primeira vice-presidente negra. Francia nasceu no Distrito La Toma e liderou um movimento popular contra a exploração mineral na região. O feito a levou ao prêmio Goldman, que é tido como o “Nobel do Meio Ambiente”, em 2018. Formada pela Universidade Santiago de Cali em Direito, a política de 40 anos foi expulsa de sua terra em 2014 após sofrer ameaças por conta da luta contra a mineração ilegal. Sem ter para onde ir, ela viajou a Cuba para ajudar a desenvolver atividades com as delegações do governo e das FARC durante o acordo de paz entre Juan Manuel Santos (presidente colombiano) e os guerrilheiros. Observação: minha bandeira tem as cores verde, amarela e azul. A cor vermelha também entra na composição, pois é a cor do sangue que fornece a vida.

04/08/2022– 16:07

Em 24 de setembro de 2012, o registro de óbito de Vladimir Herzog foi retificado, passando a constar que a "morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército-SP (Doi-Codi)", conforme havia sido solicitado pela Comissão Nacional da Verdade. O jornalista Vladimir Herzog, Vlado, como era conhecido, foi assassinado pela Ditadura Militar no Brasil (1964 a 1985) no dia 25 de outubro de 1975. Em 1964, há menos de 02 (dois) meses do golpe contra o governo de João Goulart, o repórter se casou com a estudante de ciências sociais Clarice Chaves. Juntos, se mudaram para Londres, onde Herzog passou a trabalhar no Serviço Brasileiro da BBC.Lá nasceram seus dois filhos, Ivo e André. Em 1968, a família retornou ao Brasil e o jornalista começou a trabalhar na revista Visão, onde atuou por 05 (cinco anos). Além disso, nessa mesma época ele passou a dar aulas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Já no ano de 1975, Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir a TV Cultura. Nesse período, segundo o Instituto Vladimir Herzog "sua postura política e seu compromisso com uma prática jornalística voltada para a divulgação das notícias do Brasil real produziram reações e denúncias por parte de acólitos [apoiadores] da ditadura". Em outubro do mesmo ano, Herzog foi chamado para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Esse foi mais um movimento entre as dezenas de detenções determinadas pela Operação Jacarta, conduzida pelo Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão subordinado ao Exército, para eliminar as bases do partido na imprensa, nos sindicatos e em outras entidades. Logo que entrou no quartel do exército, foi encapuzado, amarrado a uma cadeira, sufocado com amoníaco e submetido a espancamento e choques elétricos, seguindo a rotina aplicada a centenas de outros presos políticos. Após as torturas, o jornalista foi morto no dia 25 de outubro de 1975. A versão oficial da época, apresentada pelos militares, foi a de que Herzog teria se enforcado com um cinto. Minha versão dos fatos: quando entrei para o jornalismo em 1977, no Rio de Janeiro, sendo redator do “Grande Jornal Fluminense” que era apresentado na extinta Rádio Guanabara, e depois editor de Cultura de “O Fluminense”, comecei a notar as sombrias garras dos apoiadores da Ditadura Militar, que volta e meia circulavam na redação, ou mesmo policiais fardados buscando explicações sobre determinada matéria. Resisti! Em Ponte Nova, anos depois enfrentei a censura quando escrevia artigos para “O Muncípio” e “Ex-Atos (suplemento literário da Tribuna da Mata)”. O nome era para ironizar os atos do regime militar, principalmente o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5. Na Rádio Ponte Nova eu apresentava o programa “Canal Livre de Participação -Servindo ao Povo”, que atazanava os amantes da Direita e da velha UDN, braço político que sustentava o regime de exceção comandado pelo Exército. Muitos anos depois, aqui estou na editoria do Líder Notícias e continuo escrevendo, também, para aqueles que amam os que querem derrubar a democracia e apoiam aqueles que são contra preto, pobre, mulheres, indígenas e LGBTQUIA+. “Você não merece ser estuprada, por ser muito feia”, alguém se lembra? Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro acatou uma determinação judicial e emitiu um pedido de desculpas à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), por ter dito na Câmara, em 2003, que não estupraria a parlamentar porque ela não merecia por ser "muito feia". Pagou multa de R$ 10 mil. Se não fosse a imprensa você saberia disso? Por isso, tenho orgulho em comemorar 500 edições e 10 anos de circulação do Líder Notícias, com jornalismo independente e imparcial!

29/07/2022– 14:25

Em reunião realizada na segunda-feira passada, 18/07, com embaixadores estrangeiros para sugerir a possibilidade de fraude nas eleições brasileiras deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de apuração. Para defender o voto impresso a todo custo, o presidente se ateve a espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Mesmo sem apresentar provas, Bolsonaro questiona sistematicamente a segurança e a inviolabilidade das urnas eletrônicas. No dia 09 de março de 2020, o presidente afirmou pela primeira vez, durante um pronunciamento em Miami nos Estados Unidos, que as eleições presidenciais brasileiras de 2018 teriam sido fraudadas, com suposta adulteração do resultado do primeiro turno. Após se tornar alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por fazer ameaças à realização das eleições, o presidente Jair Bolsonaro fez diversos ataques às Cortes. Bolsonaro chegou a falar que as eleições de 2022 não seriam realizadas caso o voto impresso não fosse aprovado no Congresso Nacional, o que foi interpretado por muitos como uma ameaça de golpe. A única surpresa na reunião de Jair Bolsonaro com embaixadores de outros países foi o tom manso ao repetir ataques a ministros do STF e do TSE e às urnas eletrônicas. Só ele falou, mas o canal UOL News ouviu embaixadores que d disseram ter visto o encontro como um ato de campanha; alguns chamaram de "tática trumpista" O presidente do TSE, Edson Fachin, rebateu o discurso de Bolsonaro: "inaceitável negacionismo eleitoral". Em entrevista ao UOL News, o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero disse que o evento poderia servir para preparar o cenário para contestar o resultado da eleição de outubro. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocados em dúvida. O senador rebateu os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. “As urnas eletrônicas darão resultado fiel da vontade do povo”, disse Pacheco.

21/07/2022– 15:00

Faltam menos de 03 (três) meses para a eleição para Presidente da República, em um cenário que promete ser um dos mais polarizados da história. Artistas e pessoas públicas já declararam voto publicamente. Nesta segunda-feira, dia 11 de julho, foi a vez da cantora Anitta declarar apoio ao ex-presidente Lula nas redes sociais. “Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula e quem quiser minha ajuda pra fazer ele bombar aqui na internet, Tik Tok, Twitter, Instagram é só me pedir que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral eu farei”, disse Anitta. O cantor sertanejo da dupla com Ralf disse que deve votar novamente em Bolsonaro, Chrystian apesar de evitar declarar apoio publicamente disse: "Ele é muito patriota, eu gosto muito. Eu tenho dúvidas com relação à honestidade dos outros candidatos, e até agora eu não tenho dúvida nenhuma da honestidade do Bolsonaro". Mas qual o peso do apoio destas personalidades nas eleições? A BBC News Brasil ouviu cientistas políticos para entender se eles podem fazer a diferença nas urnas. Os entrevistados afirmam que, sozinhos, esses apoiadores não são capazes de mudar o resultado. Mas são figuras com milhões de seguidores nas redes sociais e, por isso, são relevantes para a construção do eleitorado. Somando Instagram (62,9 milhões), TikTok (20,3 milhões) e Twitter (17,6 milhões), Anitta tem mais de 100 milhões de seguidores. Nas mesmas redes sociais, Gusttavo Lima soma mais de 75 milhões — 43,7 milhões apenas no Instagram. Claro que muitos dos seguidores se repetem entre estas redes: ainda assim, isso dá uma medida do grau de influência que personalidades assim têm. Professor de Ciência Política na ESPM, Paulo Ramirez diz que a relevância desses famosos cresceu de maneira significativa junto com o papel cada vez mais decisivo da internet nos últimos anos, demonstrado nas últimas eleições em diversos países.

14/07/2022– 15:37

Responsável por acompanhar a execução orçamentária do governo, o TCU (Tribunal de Contas da União) acabou com o boicote de Jair Bolsonaro à Rede Globo, xingada por ele de “Globo Lixo”.O órgão emitiu determinação para que o Ministério das Comunicações distribuísse as verbas publicitárias do governo de acordo com a proporcionalidade de audiência nacional. Apesar das constantes críticas a TV Globo, o governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentou em 75% os gastos em publicidade na emissora em 2022, ano em que o presidente tenta a reeleição. Os dados são da Secretaria de Comunicação e foram divulgados pelo portal de notícias UOL/Folha. Entre 1º de janeiro de 21 de julho de 2021, o governo de Bolsonaro pagou R$ 6,5 milhões para a Globo divulgar publicidades ligadas ao Planalto – tanto em âmbito nacional quanto regional. No mesmo período de 2022, o valor subiu para R$ 11,4 milhões. Segundo o levantamento realizado pelo UOL/Folha, o foco da publicidade do governo são as campanhas institucionais, que mostram os feitos da gestão de Jair Bolsonaro. Esse seriam um meio de tentar alavancar a popularidade do presidente da República. Com o dedinho do genro de Sílvio Santos, Fábio Faria, o ministro das Comunicações, casado com Patrícia Abravanel, o governo se rendeu ao óbvio: tem que mostrar o que fez na maior emissora do País, a que tem mais audiência. É uma questão lógica! Aí, o gado endoidou! Não pode mais chamar a Vênus Platinada de Globo Lixo. Já estão ensaiando uma nova frase para agradar ao chefe: GLOBO LUXO!  

08/07/2022– 10:48

Ricardo Motta Os casos da menina de Santa Catarina e da atriz Klaro Castanho serviram para atiçar a sanha dos conservadores e retrógrados que defendem que o feto “é vida” e deve ser preservado na barriga, mesmo quando as pobres crianças são estupradas e violentadas! Bom que se diga que o caso daquela menina do Espírito Santo está vivo na memória, mesmo com a interferência direta da ministra Damares Alves”, que viu Jesus Cristo subir no pai da goiabeira. Mais: o nome da garota teve quer mudado depois que a Sara Winter revelou sua identidade. Ah! a Sara Winter (Geromini) era defensora do acampamento dos 300 em Brasília. Mas, foi abandonada por Jair Bolsonaro e hoje detesta o chefão da corrupção deslavada no MEC! A atitude da atriz Klara Castanho foi um ato de dignidade, mas recebeu em troca vários atos e golpes de crueldade. Se a nossa sociedade fosse orientada pela moral, os '”cancelados” seriam os profissionais envolvidos no vazamento e divulgação dos dados da jovem e da criança. A enfermeira que vazou o caso deve ser demitida por justa causa! E a Juíza de Santa Catarina, Joana Ribeiro, autora da decisão que impediu a interrupção da gravidez (que já havia sido autorizado por juiz) impediu de 11 anos, vítima de estupro, não vai participar de audiência pública em Mato Grosso para tratar do aborto autorizado por lei em Brasília. Coisa que ela não sabe e deveria estudar melhor! À menina catarinense, o aborto legal foi negado sob alegação de ter ultrapassado o prazo gestacional que define um aborto: entre 20 a 22 semanas de gestação (a gestação da garota havia passado disso) ou quando o feto tem até 500 gramas. Mas, essa é uma recomendação técnica do Ministério da Saúde, de 2012, e não é prevista em lei. Ela tinha direito ao aborto e o fez. A juíza vai passar para a história como uma ignorante jurídica! EDIÇÃO 500 DO LÍDER NOTÍCIAS Caros leitores, o Grupo Líder Comunicação, Mídia e Eventos comemora neste mês de julho, no dia 29/07, a 500ª edição do Líder Notícias e 10 anos de permanência no imaginário da região do Vale do Rio Piranga. Saímos de circulação em papel para combater o coronavírus, assim como todos os jornais do Brasil que pararam de circular no interior. A partir desta edição, a coluna “UM DIA NA HISTÓRIA” vai circular na página 10, que não terá mais os articulistas Mauro Serra, Lar Repolêz, Vivyane Totino Motta e Dalessandra Delvaux, que preparam artigos para a Edição Especial de 29 de julho. Entretanto você pode ler os artigos no site do Líder Notícias www.ldernoticias.net.br. A partir de agosto, o ritmo retorna ao normal.  

01/07/2022– 10:00

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