Ricardo Motta

O alastramento do coronavírus veio provar que “democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas outras”, já dizia Winston Churchil. Vejam vocês: a começar pelo presidente da República, Jair Messias (sic) Bolsonaro que resolveu publicar um decreto dizendo quais eram os serviços essenciais. Aí vem a pergunta: açougue é essencial? Existem 14% de vegetarianos no Brasil, confirma o IBOPE. Carne para estas pessoas não é essencial. O mais famoso vegetariano/vegano é Paul Mcartney. Em Ponte Nova, o mais famoso vegetariano era Hélcio Totino, que morreu com 84 anos e parou de comer carne, de qualquer animal, aos 70 anos! Aí, os governadores e prefeitos resolveram enfrentar a pandemia com decretos. Determinaram apresentação de CPF, uso obrigatório de máscaras (olha a multa!) e outros bichos típicos de ditadura de República de Bananas!. Por que não submetem esta discussão às Câmaras Municipais ou às Assembleias Legislativas? Eles, somente eles, o presidente da República, os governadores e os prefeitos representam o Povo? Claro que não! Encastelados com seus assessores, muito deles verdadeiros Aspones, editam decretos a mancheias. Chega a ser hilária a cantilena absurda destes eleitos com mania de ditadores. O prefeito de BH, Alexandre Kalil, de cima dos seus mais de 60% de votos, vive ditando regras para bares e restaurantes, determinando que não pode haver consumo de bebida alcoólica nestes estabelecimentos. Um juiz decidiu que podia vender. Outro cassou a liminar. E daí, qual dos 02 juízes está certo? Em São Paulo, o TJ concedeu liminar para autorizar bares e restaurantes a vender bebidas alcoólicas depois das 20h. O decreto que proibia era do “ditadorzinho João Doria”. No interior, os prefeitos aderiram ao arroubo verbal do “aqui quem manda sou eu”, que não passa de um arremedo da frase “L’Eìtat c’est moi” atribuída ao Rei Luiìs XIV, que governou a França entre 1638-1715, período de alta concentração de poder e que quer dizer textualmente “O Estado sou eu!”. Os mandatários dizem que os donos de bares podem “vender bebida porta afora pode, mas não para beber no passeio”. Ora, o cara bebe onde ele quiser! Já é um absurdo proibir consumo no interior do estabelecimento, mas os prefeitos querem que o cara leve para casa. Ora, quem é que vai comprar uma cerveja no bar (se pode comprar mais barato em supermercado) para beber em casa? Se o cara vai comprar no bar porta afora é porque quer consumir por ali. Estamos voltando à lei seca! No início da pandemia, vi outros absurdos que feriram até os Direitos Humanos. Este estado de coisas (coronavírus) fez com que rasgássemos a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em várias cidades, os prefeitos suspenderam a gratuidade da locomoção dos idosos em ônibus, mas se o cara pagasse podia andar. Em Ponte Nova ocorreu o mesmo. Eu já escrevi sobre isso aqui neste mesmo espaço. Isto fere o Estatuto do Idoso. Muitos idosos vivem sós (eu moro num quarto de hotel). Quando usava o transporte coletivo (prefiro andar a pé) pude ver de perto esta falta de respeito com os idosos: eles eram barrados com o documento, mas ao tirar o dinheiro o motorista aceitava transportálo. Entretanto, as medidas não conseguiram refrear a onda do coronavírus, que na verdade depende de cada um de nós. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

28/12/2020– 09:59

Lamentável, mas o Brasil ficou com imagem superexposta mundialmente de forma depreciativa quando a ONU (Organização das Nações Unidos) deixou a nossa nação de fora das discussões entre países que preparam a Cúpula do Clima. A negativa sinaliza que novas metas de Ricardo Salles para o Acordo de Paris ficaram abaixo das expectativas. Ambição anunciada esta semana indica que país poderá poluir 400 milhões de toneladas a mais do que o que estava previsto para até 2030. Chefes de estado que apresentaram metas ambiciosas a para cumprirem o compromisso de zerar as emissões de carbono até a metade do século 21, previsto no Acordo de Paris foram convidados pela ONU e discursarem em um evento sobre mudanças climáticas no último dia 10 de dezembro. O Brasil ficou de fora. O evento em questão é o “Climate Ambition Summit”, uma reunião preparatória para a próxima Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, marcada para o ano que vem. Nas Américas, Uruguai Argentina, Colômbia, Peru, Belize, Cuba, Costa Rica, Equador, Jamaica, Guatemala, Honduras, Panamá e Canadá ganharam uma cadeira no palco virtual do evento. Os países da União Europeia e os grandes poluidores asiáticos, como a China, também estiveram entre os convidados do “Climate Ambition Summit”. Já entre os grandes poluidores mundiais que ficaram de fora apareceram, além do Brasil, México e os Estados Unidos. As emissões de gases que agravam o chamado efeito estufa no Brasil diminuíram em 2017, mas essa queda não foi suficiente para tirar o país da lista dos mais poluentes do mundo. Segundo o Observatório Nacional, as emissões brasileiras caíram mais de 2% graças ao reforço da fiscalização no combate ao desmatamento da Amazônia. Ainda assim, o Brasil é o 7º sétimo país do mundo que mais contribui para o aquecimento global. Transporte coletivo: uma boa para o meio ambiente De acordo com o estudo, quem usa transporte público ajuda muito mais o clima do que imagina. Por exemplo: todos os ônibus do Brasil juntos emitem o equivalente a um terço dos gases de efeito estufa produzidos por todos os carros do país somados. Só que os ônibus transportam em média 08 (oito) vezes mais passageiros. Trens e metrô são ainda mais eficientes e amigos do clima. “O Brasil tem o maior potencial de energia de biomassa, eólica, solar e hídrica do planeta. O que nós precisamos fazer é olhar para isso como uma oportunidade, reduzir as nossas emissões ao mesmo tempo que a gente participa desta nova economia que vai, cada vez mais, exigir que a gente tenha menos emissões” afirma Tasso Azevedo, coordenador do Observatório do Clima. Em Ponte Nova, a condução dos estudos para melhorar o clima passa pelo reflorestamento que é feito com uma sistemática ainda pequena, dependendo de doação de mudas produzidas no viveiro do Passa-Cinco. Devemos avançar no controle da emissão de gases de efeito estufa. Quem sabe, promovendo o rodízio de placas de carros e motos, como se controla hoje na pandemia a entrada de pessoas nos estabelecimentos comerciais por CPF. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

21/12/2020– 10:31

Acabo de me inscrever para um curso on line do site Viva Decora PRO sobre Arquitetura sustentável. Parece estranho não é? Um jornalista quer saber sobre arquitetura. Explico: eu tenho um sonho de consumo que é me afastar definitivamente da minha profissão e ir morar num pedaço de terra, onde poderei criar galinhas e cabritos. Decidi na minha cabeça o seguinte: as galinhas morrerão de velhas e as cabritas e os bodes também. Não é justa matar as galinhas quando elas pararem de produzir ovos. Muito menos matas as cabras porque deixam de gerar cabritinhos e o bode ficar infértil. Passada esta informação de cunho muito pessoal voto ao tema da arquitetura sustentável, pois a cada onde eu foram morar será de eucalipto imunizado, com fossa séptica e energia solar, Projetos que causem menos impacto ao meio ambiente. É possível O uso de energia solar, materiais recicláveis e estruturas pré-moldadas são exemplos de ações sustentáveis na arquitetura. Ela já deixou de ser uma tendência para se tornar uma regra na maioria das construções. Afinal, hoje, os projetos mais valorizados e corretos seguem a linha da sustentabilidade não só para poupar o meio ambiente, mas também para dar mais qualidade de vida às pessoas. O Brasil já é o quarto país com mais obras certificadas por sustentabilidade, por exemplo, diz o portal de Notícias do Viva Decora PRO Casa. Segundo o Green Buildins Council (CBC), nós estamos apenas atrás dos Estados Unidos, da China e dos Emirados Árabes. E isso fica visível quando os clientes pedem cada vez mais soluções práticas e a sociedade pede responsabilidade socioambiental. Então este é o momento de aprender a aplicar a arquitetura sustentável em todos os seus trabalhos. Cheia de vantagens e benefícios, ela pode ser incluída bastando você conhecer as dicas certas. Vamos ver quais são elas para adotá-las? Vou até mandar esta notícia para as minhas amigas arquitetas e urbanistas Ana Cristina Tininha, Carla Romanholi e Renata Esperança. Já não é mais novidade que os recursos naturais estão ficando cada vez mais escassos. Por isso, é fundamental ter uma mentalidade sustentável na hora de construir projetos arquitetônicos. Eles devem, na medida do possível, poupar o solo e a vegetação local, preservar a água, entre outras práticas que protejam o pouco que nos resta. Se não for, construa uma cisterna para reservar água de chuva.   (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

14/12/2020– 09:07

Na sexta-feira, dia 27 de novembro, não mudei minha rotina e por volta das 10 horas, após passara na redação do Líder Notícias para adiantar uma pauta para a primeira semana de dezembro, fui para Copacabana, bairro que fica margem do majestoso Rio Piranga, que agora vai ganhar um documentário da Atlântico Filmes (Mônica Veiga/Dalila Pires) com o patrocínio da Bartofil Distribuidora. Na Mercearia Copacabana, do meu amigo Marcinho de Belim, que mereceu meu voto por ser do Partido Verde (PV) e ter ideias ambientalistas. Tomando uma cerveja com meu amigo Di-mas José fiquei conhecendo um cara de nacionalidade austríaca, típico europeu, branco, mas com barba (marca registrada do comunismo). De repente, o cara começou a atacar o socialismo e veio com aquela frase famosa do capitalismo de direita: “os comunistas deviam ir para Cuba”. Não aguentei tamanha besteira e soltei os cachorros: “engraçado você é austríaco, terra do nazista Hitler, e agora está no Brasil governado por um reacionário de direita. Eu sou adepto do Socialismo e não quero ir para Cuba, terra que eu amo. Eu vou para onde eu quiser! Basta de discursos inescrupulosos, xenófobos, racistas e discriminatórios”. E ainda dei o troco: você é contra o socialismo e está um com um dos atributos típicos da esquerda: barba! Na manhã de sábado, 28 de novembro, vou para o trabalho e sem ter acessado mídias desde 13 horas de 27 de novembro, entro na redação, acesso à internet e leio jornal Folha de S.Paulo on line que artistas realizaram protestos em frente ao Ministério da Cultura de Cuba para defender companheiros dissidentes. E Cuba é comunista? O governo não reprimiu a manifestação (dispersou o grupo com base nas recomendações sanitárias) e o vice-ministro ministro ouviu uma comissão de artistas e conseguiu avanços. O grupo apresentou várias demandas a afirmaram que o mais importante foi “abrir um canal de diálogo”, que inclui um encontro com o ministro Alpídio Alonso na próxima semana. Durma com um barulho desses, austríaco Braun! A Revolução Cubana promoveu grandes transformações na sociedade da ilha. Novas publicações, instituições culturais e manifestações artísticas acompanharam a efervescência política e cultural ao longo dos anos 60. Analisei o suplemento cultura Lunes de Revolución, da editora El Puente e o suplemento cultural El Caimán Barbudo, com o objetivo de entender o surgimento das novas publicações e manifestações culturais em Cuba após o triunfo da Revolução. O trabalho demonstra que o surgimento de uma política cultural acarretou a normatização e o controle das produções culturais pelo governo cubano desde os anos 1960, e mais ainda após 1971, quando se acentuou o fechamento e o endurecimento no meio cultural cubano. Com a morte de Fidel Castro, a coisa começou a mudar com Raul Castro e agora com o atual presidente Miguel Diaz Canel Bermúdez, que escancara a liberdade, mas mantendo a ideologia. Movimento excepcional de artistas em Cuba em 27 de novembro de 2020 (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

07/12/2020– 10:44

“As arboviroses são doenças transmitidas por artrópodes, divisão mais numerosa de animais invertebrados dos quais podemos citar, principalmente, os insetos. No mundo, existem cerca de 545 espécies de arbovírus. Aproximadamente 150 delas causam doenças nos seres humanos”, é o que garante o biólogo João André Martinson Salesbram, especialista em Análise Ambiental e técnico administrativo da Escola de Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. A circulação dos arbovírus se dá em ambientes tropicais, nas florestas, mas devido à ação antrópica e as mudanças climáticas, estes podem entrar em contato com os seres humanos. No Brasil, essa exposição ocasionou uma epidemia, entre os anos 2015 e 2016, de três tipos de arbovírus que são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti: Dengue, chikungunya e Zika. Em humanos, além de um número expressivo de mortes, o vírus da Zika também ocasionou sequelas em bebês, como a microcefalia. Estes bebês irão carregar essa sequela para a vida toda, e ainda estão sendo estudadas possíveis complicações decorrentes dessa doença. Neste sentido, a saúde pública deve prestar assistência à saúde, com acompanhamento periódico, distribuição de medicamentos durante todo o tratamento. Embora os efeitos do Zika vírus tenham se mostrado mais severos em bebês, os cuidados por parte da saúde pública não devem ser concentrados apenas em crianças, pois tanto o vírus da Zika, quanto da Dengue e Chikungunya também podem trazer complicações em mulheres grávidas e em idosos. O ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais, encontram alguns desafios no combate a circulação e também no tratamento dos diferentes tipos de arbovírus no Brasil. Falando dos desafios enfrentados para conter a circulação, pode ser citada a grande extensão do território nacional, juntamente com o crescimento desordenado da maioria das cidades, e a poluição, que dificulta ações de controle e fiscalização. Ações são necessárias para prevenir e combater os vetores que transmitem essas doenças, neste sentido, o ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais vêm atuando frequentemente com ações de orientação a população, visitas rotineiras nas casas, a fim de fiscalizar, quando detectado, possíveis surtos em uma determinada localidade, entre outros programas de combate.   (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

30/11/2020– 09:49

As eleições dos prefeitos em 2020 serão decisivas para uma injeção de R$ 1,4 trilhão na economia nos próximos anos, a partir de investimentos no saneamento. Os dados são da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON) com base nas oportunidades de mercado abertas com a aprovação da Lei 14.026/2020. A lei representa um enorme desafio para os governantes municipais. Os novos prefeitos terão um papel decisivo na meta de universalização do setor até o ano de 2033. Dados do Panorama da Participação Privada no Saneamento 2020 mostram que, apesar do tímido avanço nos indicadores de coleta e tratamento de esgoto, a maior parte do país ainda segue sem esse direito básico. Pelo menos 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água - o índice é ainda pior na coleta e tratamento de esgoto, em que 100 milhões não possuem o benefício. Ainda de acordo com o Panorama 2020, entre janeiro e março deste ano, o Brasil teve 103.876 internações no SUS devido a doenças provocadas pela ausência de saneamento básico. Além disso, 31% das escolas públicas não tem acesso à rede pública de água e 63% não acessam a rede pública de esgoto. Ponte Nova em ritmo de saneamento básico  De posse de dados já construídos com o Plano Diretor de Esgoto de 2008, o prefeito Wagner Mol Guimarães colocou à frente do DMAES (Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento) Anderson Roberto Nacif Sodré. Confesso que fiquei apreensivo, pois jamais ouvira falar da existência dele. Nos primeiros meses de 2017 quando a sala do Codema (eu presidia) era dentro das dependências da autarquia, mantive diversos contatos com ele, todos de forma altamente produtiva. Com o passar do tempo percebi que a cantiga no DMAES era outra. O processo de avançar nas questões mais urgentes foi sendo alavancado. Houve avanços no saneamento rural, antes era zero; uma nova adutora foi construída e garante água tratada para mais 30 anos; interceptores de esgoto licitados e em construção; dinheiro no caixa conseguido na Caixa Econômica Federal para construção dos interceptores centrais nas margens do Rio Piranga para levar para o tratamento na futura ETE abaixo da Rasa. Depois do massacre eleitoral imposto pelo grupo que administra a prefeitura de Ponte Nova, tendo à frente Wagner Mol Guimarães e Valéria Alvarenga, é hora de arregaçar as mangas e colocar em prática as propostas inseridas no Plano de Governo que foi devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O tempo urge e precisamos de uma cidade moderna, devidamente saneada para proteger nossos córregos, ribeirões e o mais importante bem material de Ponte Nova: o Rio Piranga. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

23/11/2020– 00:05

Nesta semana iria escrever sobre a falta de mobilidade urbana para ciclistas em Ponte Nova e o perigo que os pedestres correm nas calçadas invadidas pelas bicicletas, além do péssimo estado de conservação (cheia de buracos e relevos). Mudei de ideia ao ver o vídeo em que Mariana “Mari” Ferrer, uma influencer digital de Florianópolis que foi humildada na frente do Promotor de Justiça (sic) e do Juiz de Direito (sic), sem que eles interviessem. Estou perplexo com esses tempos sombrios no Brasil! A jovem reclamou do interrogatório para o juiz: “Excelentíssimo, eu tô implorando por respeito, nem os acusados são tratados do jeito que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que é isso?”, diz. As poucas interferências do juiz, Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, ocorrem após as falas de Gastão. Na segunda semana de setembro, a hashtag #justiçapormariferrer alcançou aos trend topics do Twitter. O motivo: chegava ao fim o julgamento do empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a jovem promoter catarinense Mariana Ferrer, de 23 anos (na época tinha 21 anos e era virgem), durante uma festa em 2018, em Florianópolis. Ele foi considerado inocente. Inventaram a figura jurídica do estupro culposo. Como assim? Estupro é crime e pronto! Segundo o promotor Thiago Carriço, responsável pelo caso, não havia como o empresário saber, durante o ato sexual, que a jovem não estava em condições de consentir a relação, não existindo, portanto, intenção de estuprar – ou seja, uma espécie de ‘estupro culposo’. O juiz Rudson Marcos aceitou a argumentação absurda, que está sendo investigada no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A excrescência jurídica, até então inédita, foi a cereja do bolo de um processo marcado por troca de delegados e promotores, sumiço de imagens e mudança de versão do acusado. Imagens da audiência as quais o Intercept Brasil teve acesso mostram Mariana Ferrer sendo humilhada pelo advogado de defesa de Aranha na frente dos “homens da lei e da ordem”. A defesa do empresário mostrou cópias de fotos sensuais produzidas pela jovem enquanto modelo profissional antes do crime como reforço ao argumento de que a relação foi consensual. O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho analisou as imagens, que ele definiu como “ginecológicas”, sem ser questionado sobre a relação delas com o caso, e afirma que “jamais teria uma filha” do “nível” de Mariana. Ele também repreende o choro de Mariana: “não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo”. Em Ponte Nova, as redes sociais repercutiram o caso: “Vocês enxergam a qualidade de Judiciário que esse país tem? Vou nem citar episódios em que o judiciário diz não ter provas, mas ter convicção. Tô falando de um caso com provas, com DNA, com droga detectada no sangue. Isso, meus caros e minhas caras amigas, é a institucionalização do estupro. NÓS NÃO ACEITAMOS ESSE VEREDICTO”, manifesta Viktor Martinez. “Tentei assistir por 03 (três) vezes o vídeo da “audiência” da Mari Ferrer. Só na terceira vez consegui passar da parte onde o “advogado” começa a ofendê-la. Depois das primeiras ofensas, confesso que chorei e estou com estômago revirado até agora. Três homens e uma mulher na tela, ela chora e pede respeito. Ela é tratada como uma bandida porque tem fotos sensuais. Estou perplexa, enojada”, desabafou Fernanda Ribeiro, secretária de Educação e de Cultura e Turismo (interina) em sua página no Facebook em 03/11.

08/11/2020– 23:34

Conheço Terezinha Silva Malta Moreira desde os tempos em que me tornei assessor de Imprensa do governo Sette de Barros (1983- 1988). O marido de Terezinha Silva Malta Moreira, José Paulo Gonçalves Moreira começou a trabalhar como Chefe de Posturas da prefeitura, numa experiência que durou pouco, por causa do estilo calmo dele e pelo alto nível de adrenalina de Sette de Barros. Nos anos 70, conheci o menino Ronaldo Malta, um “piolho” de rádio. Era apaixonado pela magia da comunicação radiofônica. Acompanhava a equipe de esportes nos campos e ficava na cabine comigo e Luiz Carlos Silva. Volta e meia ele era chamado para buscar picolés para a equipe ou algum salgadinho que vendiam nos campos. Mas, seu sonho era falar no rádio. E acabou sendo mais tarde um grande repórter, sempre com aquela educação herdada da sua mãe, Dona Terezinha. Em 1993, final do ano, o “garotão” Guto Malta Moreira, guiado por seus pais, formou-se em direito em Belo Horizonte. Acho que no Centro Universitário Newton de Paiva, uma das mais conceituadas faculdades na área do saber jurídico. A partir desta data, eu me tornei companheiro de trabalho do jovem advogado que virou assessor jurídico do Sindserp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autarquias de Ponte Nova). Dona Terezinha gerou outros filhos, entre eles, Ricardo Túlio Malta Moreira, que é empresário do ramo imobiliário e com quem trabalhei como companheiro de Codema, quando eu era presidente e ele representava a ACIP/CDL como membro do colegiado ambiental. O estilo de vida mostrava a garra da sua mãe e a calma e a verve do humor do seu pai, Zé Paulo, que é nome de outro filho da Dona Terezinha. Acho que o mais novo. Dona Terezinha, que morreu em 22 de outubro e foi sepultada no Mirante da Paz no dia seguinte, também é mãe de Sérgio Luiz Malta Moreira, que é empresário do ramo de seguros. Este fez vida própria e resolveu enveredar por caminhos diferentes daquele proposto pela família. Mas, sempre iluminado pela energia cósmica da mulher que participava da vida social e de solidariedade em Ponte Nova: em clubes de serviço e na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Dona Terezinha, além de mãe zelosa, esposa dedicada, era também ligada ao mundo das artes. E volta e meia, lá estava ela declamando as poesias de sua grande e inseparável amiga, a poeta e Fada-madrinha das Artes, Laene Teixeira Mucci. Sabia como nunca interpretar a luminosidade daqueles poemas, pois colocava a alma para retratar as cores imaginárias das letras. Meus sentimentos a todos da família, solidário que sou a quem conheci e convivi de forma sincera. Dona Terezinha, era uma alma piedosa, alegre, sugestiva e tinha sempre um sorriso no rosto, mesmo nos momentos de angústia de seu filho prefeito. Fé, coragem, amigos Malta e Moreira, Dona Terezinha virou estrela está em uma constelação na companhia de Zé Paulo e Laene Teixeira Mucci! Dona Terezinha com os netos em 2017

02/11/2020– 10:31

Continuamos nossa contribuição como ambientalista e cidadão para aplicação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável. Vamos falar do entorno do Parque Natural Municipal Tancredo Neves tem mais de 20 ha (20 hectares) que pertencem à prefeitura municipal que hoje estão ocupados por remanescentes de pastagens e plantio de eucalipto. Algumas ações previstas: 1) Plantio de goiabeira da espécie Paluma em 10 ha (dez hectares) que produziriam mais de 30 toneladas ano, a partir do segundo ano (mudas de enxertia): 300.000 kg a R$ 4,00 – R$1.200.000,00; 2) Plantio de bananeiras da espécie Nanica 05 ha (cinco hectares) que produziriam 30 toneladas anuais, a partir do segundo ano de plantio e depois de forma perene: 150.000 kg a R$ 3,00 – R$ 450.000,00. 3) Reflorestamento em frutíferas nativas em 05 ha (cinco hectares) restantes. Estas nativas seriam para alimentação de animais e pássaros e para educação ambiental uma vez que fica nas proximidades da Escola de Educação Ambiental (queria seria recuperada e reformada). Entende-se por frutíferas nativas, as que não comuns para consumo em larga escala como: abiu, jamelão, jaboticaba, mangostão, manga ubá, uvaia, Cambuci também conhecido como cabucá e melancia do cerrado. 4) Cooperativa dos Produtores de Frutas do Passa-Cinco (CooperCinco) Objetivo do cultivo e goiabeira e da bananeira é criar uma cooperativa de produtores rurais, todos moradores (desempegados) na ousada empreitada que geraria mais de 30 empregos. Para o início do plantio como abertura de berçários (coveamento), capina e o próprio plantio, seria assinado convênio com a Penitenciária de Ponte Nova para a ressocialização dos presos; 5) Reativação da Horta Municipal do entorno da Penitenciária de Ponte Nova e plantio de goiabeiras na parte superior do terreno. Hortaliças e legumes serão distribuídos em escolas municipais e parte dela para o consumo da unidade prisional; 6) Implantar uma fábrica de goiabada e banana com a equipagem do imóvel já existente no terreno da horta com adequações. 7) Implantar Apicultura em uma área distante 02 (dois) quilômetros da Penitenciária, após o Viveiro de Mudas, com caixas apropriadas para o cultivo de mel. No entorno desta área promover o plantio de alecrim-do-campo que é o ideal para a produção de Própolis Verde, com maior valor de mercado por ser mais potente como remédio natural. Esta produção geraria mais empregos para famílias do entorno da Unidade de Conservação. (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977 Goiaba Paluma: uma solução para geraçãode emprego e renda

26/10/2020– 10:45

Nesta semana vamos mostrar o que tem que ser feito em um dos mais importantes patrimônios naturais de Ponte Nova, que está abandonado à própria sorte a quase 08 (oito) anos: Parque Natural Municipal Tancredo Neves, localizado no Passa-Cinco, zona rural de Ponte Nova, com acesso pelo Bairro de Fátima, que faz divisa com aquela Unidade de Conservação… 1) recuperar a nascente da entrada do Parque e construir um chafariz. A nascente precisa de melhor proteção do seu entorno para evitar entrada de animais silvestres que produzem coliformes fecais. Bom lembrar que esta nascente serve água para mais de 10 famílias e atende também currais para dessedentação do gado; 2) construir área de lazer no local da entrada recuperando imóveis deteriorados no local (bar, sanitários, fossa séptica e quiosque). Construir no local da antiga piscina pública (era Sette de Barros) uma cascata de água; 3) Recuperar a Estação de Tratamento de Água (ETA) que mandaria a água para a cascata com tratamento e cloro. A estação ficaria como opção de reserva em caso de complicações temporária na captação do Rio Piranga; 4) recuperar a casa de apoio com laboratórios que servem para operacionalizar a ETA; 5) recuperar a barragem da primeira lagoa que se encontra em situação duvidosa e sujeita a rompimento (não imediato); 6) arborizar o entorno da primeira lagoa, que vem sendo assoreada com a queda de barranco das margens; 7) recuperar a escola ambiental, prédio que poderia servir de amparo para educação ambiental que atingiria não só estudante, mas funcionários públicos e de empresas; 8) cumprir em 04 (quatro) um plano de recuperação da mata do Passa-Cinco com o plantio de 10.000 mil mudas de árvores nativas: este o déficit apontado em estudos e levantamento em campo de técnicos da UFV (Universidade Federal de Viçosa) e da Semam (secretaria municipal de Meio Ambiente); 9) colocar em prática o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Tancredo Neves aprovado pelo Codema em 2015; 10) recuperar as nascentes do Parque que estão deterioradas, prejudicando o comportamento da água em época de estiagem e só aumenta ano a ano; 11) recompor o número de servidores do Viveiro do Passa-Cinco, conhecido popularmente como Sementeira; local onde serão produzidas as mudas para recuperar das matas; 12) criar novas trilhas para passeios de bicicletas e de pessoas; 13) implantar criação de alevinos de peixes nativos para soltura no Rio Piranga e nas lagoas do Parque. O Passa-Cinco precisa ser ocupado para ser protegido

18/10/2020– 13:38

A partir desta semana vou publicar algumas sugestões que podem ser adotadas ou não pelos candidatos a prefeito de Ponte Nova. São ideias que podem aplicadas em qualquer gestão participativa, incluindo modificar a legislação para que o Codema (Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente) volte a ser independente e ser desatrelado do Poder Executivo. 1) Mudar o organograma da Semam (secretaria municipal de Meio Ambiente) para melhorar o atendimento às demandas da área e criar uma estrutura mais ágil administrativamente: A) criar a Fundação Municipal de Parque e Jardins que seria responsável pela manutenção das praças e jardins, incluindo o Passa-Cinco. Uma Fundação permite a captação de recursos extras junto a instituições internacionais, principalmente para investir no Parque Passa-Cinco; B) Criar a SLUR (Superintendência de Limpeza Urbana e Rural) que seria uma autarquia exclusiva para movimentar a coleta do lixo nas áreas urbana e rural. Os recursos oriundos da taxa da coleta de lixo teria efeito vinculante (aplicação somente na SLU). 2) Semam cumpriria o papel de destaque, para desenvolver a sua verdadeira vocação, tais como: A) fomentar a educação ambiental; B) Reforçar a Coleta Seletiva sempre com consonância com a Coorpnova (Cooperativa de Recicladores de Ponte Nova); C) Executar um Plano de arborização do entorno de Ponte Nova, criando uma floresta urbana, onde hoje existe apenas pasto sem utilização; D) Implantar Pomares Coletivos Urbanos nas áreas verdes abandonados e que viraram depósito de lixo e restos de material de construção. 3) Implantar o Aterro Sanitário até 2022, conforme determina o novo Marco Regulatório do Saneamento Básico e acabar com a vergonha do Lixão do Sombrio. A prefeitura tem o terreno, o projeto elaborado pela UFV com verba da FEAM, ainda em 2012; 4) Colocar em prática o Plano Municipal de Saneamento Básico que orienta todo o sistema de drenagem, com esta regra: asfalto somente com sistema de drenagem pluvial e de esgoto; 5) Implantar o Programa de Saneamento Básico Rural, com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente, incluindo 0,5% do orçamento anual do DMAES e recursos captados via Fundação Municipal de Parques e Jardins para a urbanização e jardinagem dos entornos das ETES RURAIS (Estação de Tratamento de Esgoto Rural).   (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

05/10/2020– 09:07

Os nomes aos cargos de prefeito já foram escolhidos pelos partidos em Ponte Nova. Qual será o Plano de Governo de cada um? Durante anos que moro em Ponte Nova, não enxerguei a evolução necessária para a execução de políticas públicas em defesa do meio ambiente. Algumas exceções devem ser anotadas neste minifúndio de papel. É da lavra do prefeito Sette de Barros (1983- 1988) o plantio da maioria das árvores existentes em Ponte Nova (mais de 04 (quatro) mil árvores), com preferência para a sibipiruna e alfeneiros. Antônio Bartholomeu (1974-1980 e 1989-1992) criou Parque Florestal Tancredo Neves (Passa-Cinco) que foi implementado por Sette de Barros, e o Codema.O Vicentino ainda marcou sua história na arborização das duas margens do Rio Piranga entre a Ponte da Barrinha e o Pontilhão de Ferro. A legislação municipal de Meio Ambiente foi criada no governo de Sette de Barros e alterada somente em 2016 (administração Guto Malta), com a criação do Código de Meio Ambiente. O que mais avançou foi no governo Taquinho Linhares, quando foram criadas as leis que protegem o Rio Piranga contra a construção de hidrelétricas e permite a implantação do parque linear nas margens do mesmo rio. Entretanto, estamos engatinhando na questão do lixo urbano e rural. Ponte Nova não tem aterro sanitário e a permanência do Lixão do Sombrio é uma ameaça à saúde pública e um desafio que permanece sem solução. Mesmo tendo a prefeitura um terreno adquirido em 2010 (Joãozinho de Carvalho), com verba do Fundo Municipal de Meio Ambiente que era controlado pelo Codema. O abandono do Passa-Cinco, entregue a vândalos e aberto a queimadas todos os anos, deveria ser prioridade em qualquer plano de governo de qualquer candidato. Não só pela beleza cênica, mas por ser uma alternativa para o abastecimento de água em caso de uma situação de risco na captação no Rio Piranga. No parque existe um déficit de mais de 40 mil árvores e isto é sentido em tempos de estiagem com o esvaziamento das lagoas em mais de 02 (dois) metros. O tratamento de esgoto é uma novela que se arrasta há 18 anos, mas vale a pena dizer que no atual governo (Wagner Mol Guimarães) estamos avançando com a construção de interceptores que livrarão os córregos e ribeirões do indesejado despejo de esgoto sanitário. Entretanto, será preciso fazer um rearranjo na área, devolvendo a autonomia ao Codema que foi retirada de forma sintomática e vergonhosa nos últimos anos, transformando-se num apêndice da Semam e de tabela sem a participação popular com voz e poder, que também foi retirado, pois o presidente é automaticamente o secretário de Meio Ambiente, que comanda o licenciamento. É bom lembrar que o Codema, criado em 1981, foi o responsável por todo o arcabouço da legislação criada em Ponte Nova, sempre com a participação efetiva do ambientalista Hélcio Totino (falecido). Depois que ficou debaixo das garras do poder executivo o que se viu foi uma aberração: medidas compensatórias são direcionadas para obras e não para melhorar o meio ambiente. Fica lançado o desafio para os candidatos: dirijam seus olhares para o que há de mais importante, pois cuidar do meio ambiente é uma questão de saúde pública! (*) Ricardo Motta é jornalista, escritor e poeta. Ambientalista desde 1977

21/09/2020– 10:29

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