O policial federal Marcelo Araújo Bormevet, que mora em Juiz de Fora, zona da Mata mineira, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na terça-feira, 18 de fevereiro, por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele está entre os 33 denunciados, grupo que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e apenas uma mulher, Marília Ferreira, que ajudou a PRF na tentativa de impedir os eleitores nordestinos votarem nas eleições que elegeram Lula (PT) presidente da República, em outubro de 2022.
A denúncia inclui os crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Marcelo Araújo Bormevet, ex-segurança de Jair Bolsonaro, foi preso em julho de 2023 durante a operação "Última Milha", conduzida pela Polícia Federal. Ele é acusado de integrar um grupo responsável por monitoramento ilegal de autoridades públicas e pela produção de notícias falsas por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde trabalhou como servidor público. Em novembro do mesmo ano, ele foi indiciado junto com Bolsonaro e outras 35 pessoas. Em janeiro de 2024, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão das funções públicas de Marcelo Araújo Bormevet.