Conclusão extemporânea.
Necessitando adotar medidas que permitam planejar o próximo ano, o Brasil adota medidas que o fazem bailar de um lado para outro.
Pouco se move para frente. Resistindo às pressões internas e externas dos “furateto”, o governo enviou nesta semana ao Congresso o orçamento da União para 2021.
Por lá, a caneta deve promover emendas que não cabem nas receitas. Os Senhores Feudais querem, a bel-prazer, mais dinheiro em suas rubricas para fazer politicagem. Nas esferas do alto poder, ninguém está disposto a dar sua parcela de ajuda num momento de crise na saúde que afeta profundamente a economia do país. Pagar essa conta vai ficar por conta do cidadão comum.
No cenário atual a queda na arrecadação foi inevitável.
As despesas da máquina foram as mesmas. Foi necessário o Congresso Nacional autorizar o governo a “pedalar” no orçamento.
As perspectivas para o próximo ano são de recuperação tímida da economia no segundo semestre. No orçamento para 2021 na rubrica da saúde, o governo manteve o valor de 2020 (135 bi) atualizado pela inflação. Com a Pandemia esse valor fechará 2020 pouco acima dos 170 bilhões de reais. Os “do contra” e os analfabetos em economia que perambulam pela mídia, fazem coro que o governo fez corte na verba da saúde. Onde está o corte? Na verdade, a verba da saúde superou o orçado devido à necessidade de combater a COVID-19. Não é possível manter o valor no próximo exercício, porque não há de onde tirar.
Assim se baila de um lado para o outro. Na Educação foi mantido o valor do orçamento atual, corrigido pelo índice inflacionário.
Houve alarde de que o corte na verba da educação é insano.
Não houve corte e diante das dificuldades que enfrentaremos em 2021 manter o valor já é um ganho. Impressiona a forma como se analisa economia.
“Eles” querem e que se danem as necessidades prioritárias. “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.
E voltou à tona nesta semana o plano de mudanças na OLJ – Operação Lava Jato. A saída de Deltan Dallagnol é um recado escondido nas entrelinhas.
A OLJ vai combater a turma não alinhada, agora chefiada pelo Procurador Alessandro Oliveira, que integrava a OLJ na PGR – Procuradoria Geral da República.
Governadores e traficantes estão na mira, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro.
Quem não for amigo do Rei vai ter que prestar contas.
Ainda na semana, o governo anunciou que em 2021 continuará o arrocho fiscal. Mesmo assim conseguiu dinheiro para alongar o abono emergencial até dezembro. O valor será de 300 reais e a promessa é de respeito ao teto de gastos. O Presidente JB viu sua popularidade aumentar após o segundo lote de abono emergencial.
Governar anda de braços dados com a política e o dinheiro.
Deu certo? Então continua, para desespero das oposições. A animação foi tamanha que no orçamento para o próximo ano coube até aumento no programa Bolsa Família, com mais famílias incluídas. Na tramitação no Congresso, esse programa deverá ser rebatizado como “Renda Brasil”. Tá com pinta de caça votos. Boa semana!