O Ministério da Saúde formalizou no início desta semana a compra de mais 54 milhões da vacina CoronaVac, totalizando até agora 100 milhões de unidades. A distribuição do lote pelo Instituto Butantan ocorrerá até setembro próximo. Neste cenário, vale lembrar que cerca de 80 milhões de vacinas contra o H1N1 devem ser produzidas e distribuídas para imunização em março. Medida animadora mais ainda insuficiente. Considerando que para a imunização são necessárias duas doses num intervalo de 28 dias, o benefício atingirá 50 milhões de pessoas. O mundo corre atrás das vacinas contra o COVID-19 e muitos laboratórios entram na briga para aproveitar a demanda alta. No ABC paulista 07 municípios formaram consórcio com o Laboratório União Química de Guarulhos para produzir a vacina Russa “Sputnik V” do Laboratório Gamaleya. A União Química tem um acordo de transferência de tecnologia da vacina e poderá fabricá-la no Brasil. O impasse atual fica por conta da obtenção da aprovação da ANVISA.
Entendo que toda iniciativa que venha contribuir no combate a pandemia deve ser observada com bons olhos, mesmo que os interesses comerciais e o lucro estejam no entorno. Já sabemos que o coronavírus vem sofrendo mutações em sua cepa, e, quanto antes for controlado e erradicado, menores serão as consequências e menor será o tempo de submissão a desagradável quantidade de regras. No Brasil a mistura dos interesses políticos com a saúde só atrapalha. Recentemente o STF – Supremo Tribunal Federal intimou o Governo Federal a prestar informações sobre a produção e distribuição da Hidroxicloroquina (HCQ) e Cloroquina pelo Exército Brasileiro. O uso desse medicamento no combate à COVID-19 ficou condicionado a prévia avaliação médica já que quem entende de medicina são os médicos. Acredito que nesse caso ocorreu uma interferência desnecessária do STF. Muito ajuda quem não atrapalha.
Existem diversos estudos que comprovam a eficácia da HCQ. Uma experiência com ótimos resultados vem sendo obtidos na Índia, país com 1,361 bilhão de habitantes e IDH de 0,647 (no Brasil = 0,765). No tratamento precoce os indianos utilizam a HCQ desde o início da pandemia. Se comparada com o Brasil, a Índia registra 10 vezes menos mortes por milhão de habitantes. Note que a população é 6,5 vezes maior que a brasileira. Os países com mais óbitos decorrentes do COVID-19 são Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e Argentina (dados publicados pelo Daily News USA no último dia 10). Entendo que erramos muito ao estabelecer o protocolo de tratamento. Mandar a pessoa ficar em casa apenas aguardando piorar ou não, não me parece adequado. Pergunto: por que não mudamos o protocolo? Está mais do que provado que toda doença tratada preventivamente ou precocemente, tem mais chances de cura. Quando o vírus é controlado no nariz ou na boca antes de chegar aos pulmões, a infecção não se torna tão séria. Então, por que não mudam o protocolo?
Independentemente do tipo de medicamento usado, pois isso compete aos médicos, o que fica e está intrigando os especialistas é a queda drástica de casos de COVID-19 na Índia. Lá o tratamento é precoce. BOA SEMANA!