Cidade desmascarada

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Sábado pela manhã faço o trajeto Padaria Popular até à entrada da galeria do Mila Center. No caminho, de não mais de 05 minutos, gasto meu tempo para observar as pessoas. Como de hábito, o sábado leva muita gente às ruas. Conto 36 pessoas, entre homens e mulheres, absolutamente despedidas do uso da recomendada máscara de proteção à COVID-19. Felizmente não notei nenhuma criança nesse cenário. Com o número ainda crescente de contaminados, me leva a pensar que o povo cansou de ter medo. Qual seria a razão? As estatísticas nos mostram baixo número de óbitos e alto índice de cura. Será o motivo? Reconheço a eficiência do serviço de saúde e das autoridades responsáveis pelo combate à pandemia em nossa cidade.

No início desta semana 08 óbitos indicavam que em Ponte Nova 01 em cada 7.500 habitantes foi vítima fatal do vírus. Os contaminados representavam 87 para cada grupo de 10 mil habitantes. Na Europa, principalmente, o protocolo mandava as pessoas com sintomas a ficarem em casa além do limite. Os hospitais entraram em colapso e não tinham capacidade para atender a demanda. O ficar em casa levou a maioria dos contaminados a entrarem no chamado estado crônico da doença, mais difícil de cura. Os idosos e portadores de morbidade em sua grande maioria vieram a óbito. Com certeza essa conta não terá pagador.

No Brasil não foi diferente. Embora o “aviso” tivesse vindo, fomos lentos em preparar nosso sistema de saúde para atender a população. O protocolo utilizado na Europa foi utilizado aqui. Não é preciso ser do ramo para entender que a medicina preventiva e o tratamento nos primeiros sintomas da doença melhoram consideravelmente as chances de cura. Ficamos discutindo a “cloroquina” enquanto a pandemia avançava para todos os lados. A profilaxia para os trabalhadores da área de saúde chegou tarde, e quando não, os profissionais já haviam determinado seu rito de prevenção. Mais uma conta que ninguém pagará.

A chamada segunda onda que hoje se faz presente em vários países faz retornar os cuidados. Com o inverno se aproximando no continente europeu, o fato era previsto. Por lá estão voltando os confinamentos, as restrições nas atividades comerciais, industriais e de serviços. A mobilidade urbana volta a ser vigiada. A ordem é ficar em casa. A pergunta é: teremos segunda onda no Brasil? Nesse aspecto estou otimista. Estamos na Primavera e logo virá o Verão com clima menos favorável ao coronavírus. Minha esperança é a vacina que deverá estar disponível antes do próximo inverno brasileiro. Até lá é provável que o achatamento da onda de contaminação continue lento ou ainda crescente em algumas regiões. Estamos nos acostumando a viver no risco.

As recomendações para ficarmos em casa só está funcionando com os idosos e grupos de risco. O restante liberou geral. No sábado da minha pesquisa o clima era ameno. Nos dias de calor usar a máscara é um suplício, mas é necessário. Para o bem de todos precisamos manter a cidade mascarada. BOA SEMANA!

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