A COP26 (Conference of the Parties) conferência do clima organizada pela ONU, iniciada dia 31/10 em Glasgow (Escócia) com o slogan: “conferência sem Fake News”. No pronunciamento de abertura o presidente dos EUA prometeu liderar pelo exemplo, promessa que estamos cansados de ouvir. Joe Biden nunca colocou as questões ambientais acima dos interesses econômicos dos empresários do “Tio San”, que desconhecem as metas. Esse modelo da fala que eu te escuto e nada faço, é prática americana que vem de tempos. Qual o motivo da desconfiança? Estamos na 26ª edição da COP e os americanos continuam sendo o país que mais polui no mundo, seguido pela China e Índia. Biden prometeu direcionar investimentos históricos em energia limpa. Dentre suas promessas está a criação de sistemas de captura de dióxido de carbono. Desta vez vai?
O principal objetivo da COP26 é obter até o dia 12 deste mês compromissos formais que levem a “redução das emissões de gases com efeito estufa até 2030”. O foco é na urgência e nas oportunidades de avançar para uma economia neutra em carbono através da cooperação internacional. Este é o desafio mais grave que o mundo deve encarar. A gravidade foi enfatizada pelo Primeiro Ministro Britânico Boris Jonhson. Disse ele: “falta um minuto para a meia-noite no relógio do juízo final, e temos que agir agora. Se não levarmos a sério as alterações climáticas hoje, será demasiado tarde para os nossos filhos o fazerem amanhã. A COP26 não será e não pode ser o fim da história das alterações climáticas. Se trabalharmos separados, somos uma força suficientemente poderosa para desestabilizar o nosso planeta. Certamente que, trabalhando juntos, somos poderosos para salvá-lo”.
Com avanços insuficientes, as pendências ambientais são muitas. A diferença cultural atrelada ao maior/menor conhecimento coloca as nações num patamar de desigualdade. Aqui mesmo temos a temporada das queimadas sob o pretexto de revitalizar o solo. Na maioria das cidades o esgoto urbano ainda é despejado in natura no rio mais próximo.
Felizmente Ponte Nova caminha para solucionar esse problema com a construção da ETE (Estação de Tratamento Esgoto), coisa rara em cidade de igual porte. A disposição final do lixo é outro desafio a ser vencido. Esse é passivo comum na maioria das cidades do país. Não é raro de se ver veículos, principalmente os de transporte de cargas, rodando com emissão do monóxido de carbono acima dos padrões. A poluição sonora, a coleta seletiva do lixo e a reciclagem, também acumulam passivos. Para avançarmos na relação com o ambiente em que vivemos, é preciso estabelecer prioridades, cumpri-las, e desenvolver uma nova consciência.
O Brasil ratificou compromisso de reduzir 50% das emissões de gazes até 2030, reapresentada pelo Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite na COP26. A meta é a mesma firmada na Conferência do Clima de Paris, em 2015. Vale registrar que a Índia se comprometeu a zerar a emissões líquidas até 2070. Entre verdades e mentiras, quem viver verá. O prazo da Índia é defasado em 20 anos do objetivo global da cúpula. Reflitamos, e BOA SEMANA!