Do imponderável ao lugar-comum

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No Brasil do imponderável, mesmo que se cole os cacos têm certas “coisas” que são difíceis de entender. Do absurdo ao trivial tudo acontece e vamos nos acostumando com a trivialidade. O que era inaceitável passa ocupar lugar-comum, e diante dele, cresce nossa indiferença. Corrupção, sonegação, racismo, mentiras, perseguições, guerras e a velha lei de “Gérson” onde se quer “levar vantagem em tudo”, passou a ter lugar-comum em nossa sociedade. Se essas irregularidades não nos atingem, a reação é de indiferença. Por vezes a noção do certo e errado fere valores familiares da boa formação e da religião. Vivemos perigosamente numa sociedade doentia. Que se louvem as exceções. Os fracos são oprimidos e os poderosos se servem do Estado.

A recente fuga de dois membros do CV – Comando Vermelho RJ – do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró RN, mobiliza mais de 600 agentes da PF – Polícia Federal. Helicópteros, viaturas especiais, rastreadores e cães treinados e todo tipo de recursos disponíveis vem sucumbindo diante das manobras dos fugitivos. O anúncio de que o destino deles seria se proteger nas favelas do Rio de Janeiro, parece pista falsa. Como a “Organização” está ligada ao narcotráfico seria mais seguro que fossem para a Bolívia, Colômbia ou Paraguai. Esses países são grandes produtores de cocaína ou rotas de distribuição que se valem do “CV” e do Brasil para adentrar a Europa e outros continentes.

A facilitação para a fuga de “Rogério e Deibson” foi constatada. Os suspeitos estão detidos e o Diretor do Presídio afastado do cargo. Prenderam também um “sinhozinho” morador da zona rural que sob ameaça forneceu roupas e alimentos para os fugitivos. Ele recebeu 5 mil reais que foram apreendidos pela PF. Pobre homem! Ele não tinha saída e está preso. Prendê-los é questão de honra para a PF e Ministério da Justiça, este, recentemente assumido pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski. Até o momento o “crime organizado” está dando trabalho. Qual o fator de sucesso dos criminosos? É que o crime é ORGANIZADO.
O CV não possui hierarquia e é classificado pelas autoridades como de mais difícil monitoramento por não ser tão organizado quanto o PCC (Primeiro Comando da Capital) nascido na Casa de Custódia de Taubaté (São Paulo), em 1993, que tem contabilidade de faccionados e até de armas. O Ministério da Justiça incluiu na INTERPOL os nomes e fotos dos fugitivos na lista conhecida como difusão vermelha para criminosos procurados internacionalmente.

Para aprimorar as buscas e capturar os fugitivos, foi enviado ao Rio Grande do Norte na última quarta-feira o cão farejador Fúria da raça belga malinois. Aos 7 anos, Fúria tem uma trajetória de sucesso em funções complexas, como encontrar drogas, celulares e armas dentro e fora de presídios mato-grossenses. Pertence a Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso.
Diante de tantos mistérios e imponderáveis, o Brasil que se retrata internacionalmente sob a “pecha” de que por aqui “tudo pode” sob os olhos complacentes da tolerância e da desorganização. Nos resta apostar no FÚRIA.

 

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