Com o desagradável vento frio de agosto começou a campanha eleitoral. Para as alergias dá-se um jeito. Para a cilada das falsas promessas vai ser preciso filtro e paciência. A liberdade garantida ao cidadão pela Constituição é sufocada quando os interesses dos donos do poder são ameaçados. Ainda vivemos numa democracia controlada e fragilizada. Fale o que quiser desde que seja aquilo que “eles” querem ouvir. A velha máxima do “seu direito termina onde começa o meu” é discutível quando embrenhamos na seara da política e do poder. Somente com o voto consciente é possível amadurecer o verdadeiro Estado de Direito.
O Brasil precisa continuar no rumo da consolidação dos valores democráticos. Não se faz uma Nação livre com o crescente empoderamento do Legislativo e do Judiciário. Nem o Executivo pode ser autoritário. Nenhum poder pode extrapolar a Constituição. Se ela está ultrapassada, que se mude então a Constituição, antes de desrespeitá-la. No próximo 7 de Setembro o país comemora o Bicentenário da Independência. Uma oportunidade para refletir sobre independência, democracia e liberdade. Um mês após iremos às urnas para defender exatamente esse trinômio. Que tipo de sociedade defendemos, que regime político e modelo econômico é melhor para a nação. Defendo a liberdade no sentido amplo. Uma sociedade livre e aberta para os direitos individuais, a democracia na política, ampla liberdade econômica e direito a propriedade.
Nosso futuro como Nação será decidido em outubro. Não podemos cair na retórica das narrativas que buscam deliberadamente confundir a população. No Brasil os partidos de viés socialista não escondem suas preferências pelos modelos ditatoriais como os da Venezuela, Cuba e China. Essa ideologia vai nortear o capitalismo do Estado que só favorece os oligarcas nababescos instalados no poder. Economia estatizada e forte intervenção Estatal sob pretexto da igualdade social é forma de enganar a população. Querem controlar os meios de produção. Regular a imprensa, tributar pesadamente heranças e fortunas legítimas, e aumentar o poder do Estado. A intenção é clara. A ex-presidente Dilma Rousseff em visita a China disse recentemente: “a China representa uma luz nessa situação de absoluta decadência e escuridão que é atravessada pelas sociedades ocidentais”. O Brasil não é comunista e não está perdido na escuridão.
A esquerda se vale da massa de manobra para garantir voto. No tempo do Coronelismo havia o que se chamava de voto de cabresto. É um tipo de voto obtido sob controle de alguém. Consciente ou não. Esse antigo sistema produz um controle político abusivo, impositivo e arbitrário. Uma espécie de mordaça ou freio aplicada numa camada ingênua da população. Não votam em candidatos livres. Preferem aqueles das narrativas enganosas que não diz claramente a nação qual é sua ideologia. Preterem políticos honestos que dizem claramente ao eleitor a sua ideologia, suas propostas e valores que defende. Precisamos saber que tipo de sociedade o candidato defende, qual o regime político e modelo econômico integram sua plataforma de trabalho. A velha guarda política, deliberadamente, tenta confundir a população.
O futuro do Brasil não pode ficar à mercê de falsos discursos. BOA SEMANA!