Apesar dos pessimistas de plantão tentarem criar cenário de terra arrasada, a economia do país tem demonstrado vigor. A Reforma Tributária tramitando na Câmara dos Deputados estima redução de 30 bilhões de reais na carga dos impostos. O projeto prevê cobrar menos de trabalhadores de baixa renda e compensar com aumento dos impostos sobre ganho de capital (dividendos) e daqueles com maior salário. Se aprovada, a medida favorecerá uma camada da sociedade que representa o maior potencial de consumo no varejo. Favorecerá a circulação da moeda e, a exemplo do abono emergencial, que vem sendo pago pelo governo, estimulará o consumo, produção e geração de empregos.
A paralisação radical da economia em 2020 trazida pela COVID-19 com recuo de 4%, vem sendo superada pela performance de 2021, a reboque das atividades do agronegócio. O restabelecimento parcial do poder de compra vem sendo determinante nessa reação. Aqueles que esperavam entrar em 2022 com a economia em “frangalhos” e dessa forma vencer as eleições com facilidade, terão que mudar a estratégia. O governo federal continua investindo. Pensando nos pós pandemia, o Ministério do Turismo investe no fortalecimento do setor. Recentemente foram entregues 110 obras de infraestrutura com investimentos de R$ 49,2 milhões, principalmente no Nordeste e Sul do país.
Levantamento do TCU – Tribunal de Contas da União – registraram 38.412 obras inacabadas em 2018. Dessas, 27.126 estavam totalmente paralisadas. Sinal de que o dinheiro do contribuinte vinha sendo mal utilizado, sem contar o superfaturamento e a corrupção que essas obras públicas desencadeavam. No ano passado, apesar da recessão, o governo concluiu 86 dessas obras de grande porte e promoveu 12 concessões entre rodovias, aeroportos, portos e ferrovias. A medida tira do Estado uma carga financeira pesada pelos maus resultados de então. Na gestão da iniciativa privada cessam os prejuízos, melhoram os serviços e a União recebe por isso. Neste ano, o planejamento contempla mais 50 concessões entre aeroportos, terminais portuários e ferrovias, além de 11 lotes de rodovias. Devem render cerca de R$ 137,5 bilhões em investimentos contratados e quase R$ 3 bilhões em outorgas, segundo dados do Ministério da Infraestrutura. O Brasil caminha para deixar de ser um Estado pesado e se prepara para crescer.
Olhando para o horizonte, o caminho poderá nos levar a melhor prática da Justiça Social pela construção moral e política, voltada para a equiparação dos direitos/solidariedade da população. O país tem um passivo acumulado por décadas de descaso. A melhoria não virá por “passe de mágica”. Serão necessárias algumas décadas para elevar o estágio atual ao patamar da dignidade. É preciso parar de transformar o brasileiro de boa fé em massa de manobra e não o transformar, de 4 em 4 anos, no portador ingênuo do voto útil.
É direito de todo cidadão, conforme previsto no artigo 3º da Constituição, participar da construção de uma sociedade justa, amparado pela Justiça para a transformação e melhoria da sociedade. O desafio a ser vencido é de caminhada longa e passa pela moralização das instituições, começando pelos 03 Poderes. Muito faz aquele que não atrapalha. Que siga a caravana!