O infindável 2020

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A pandemia não vai alterar o calendário de 365 dias. Mas o ano está longe de acabar. Para frente levaremos um passivo de irresponsabilidades que começaram com o Carnaval propagando a COVID-19. Os interesses financeiros sobrepuseram-se a importância da vida. E gradativamente fomos sendo robotizados. Ficar em casa, álcool 70°C, CPF, fechamento do comércio, serviços, igrejas etc. O desemprego atingiu 14 milhões de trabalhadores. Milhares de empresas fecharam portas nesse cenário cambaleante. Perdas são irreparáveis e os que sobrevivem são heróis desprotegidos. Geradores de empregos e tributos, estão a mercê da própria sorte e pouco notados pelo Governo.

Abonos emergenciais foram concedidos em ato de misericórdia. Erros cometidos no processo foram muitos e pouco se usou experiências bem-sucedidas no mundo. A politização da saúde tem na esperada vacina o epicentro de conflitos. Divisar poder no horizonte a custo de vidas parece não sensibilizar os homens do poder. A ciência envolta pela pressão do tempo queima etapas e acelera o processo de produção dos imunizantes. Laboratórios até então desconhecidos, como a Moderna (USA), viu seu valor de mercado atingir a estratosfera. Os conceituados Pfizer/Biontech (USAGER) e a Oxford/AstraZeneca (ANGLO-SUECO) também cresceram nas Bolsas de Valores.

E nos deparamos com os esforços do Governo de São Paulo em estabelecer alianças com Estados e Municípios para o uso da vacina chinesa “CoronaVac”, não aceita até hoje em países desenvolvidos. O Instituto Butantan adiou por 02 vezes a entrega dos resultados dos testes de eficácia da CoronaVac exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVI-SA). Prometeu fazê-lo em 07 de janeiro. O próprio Butantan já admite que a eficácia é de 50 a 90%. Um grande range se comparado com outros laboratórios. Poucos países correm atrás dela, entre eles o BR pelo Estado de São Paulo e por extensão Belo Horizonte e Ponte Nova.

Para quem já viveu em risco por um ano, por que não esperar mais um pouco por segurança? No início desta semana a Agência especializada em saúde da ONU, divulgou que a OMS – Organização Mundial da Saúde – marcou para fevereiro próximo a avaliação da vacina Oxford que testou eficaz 100% na imunização de pacientes em estado grave. Vista como uma das melhores opções para países menos desenvolvidos porque permite produção em massa, é mais barata e mais fácil de distribuir sem proteção -70 °C como a vacina da Pfizer. Esclarecimento necessário: a ANVISA aprovou para a Pfizer, Oxford e Sinovac, PROCESSO de produção e não a vacina. Torço para que os responsáveis ofereçam a população vacina que tenha processo e produto eficazes, diminuindo o risco de efeitos colaterais para os quais o Estado prometeu lavar as mãos.

O governo brasileiro negocia cerca de 350 milhões de doses. Nelas estão a vacina de Oxford, com produção no Brasil pela Fiocruz. Há encomenda de 100,4 milhões de doses até julho/2021 e produção nacional de mais 110 milhões até dezembro/2021. Da COVAX/OMS devem chegar 40,5 milhões de doses no 1º trimestre/2021.

A ansiedade precisa ser controlada. Vacinar é importante porque o esperado “efeito manada” não acontecerá em 2021. Sairemos dessa fortalecidos se as portas forem bem escolhidas. BOM ANO!

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