O vírus está no ar?

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No início desta semana um grupo de cientistas solicitou à Organização Mundial da Saúde (OMS) que inclua no protocolo de prevenção que o vírus do COVID-19 também pode ser transmitido pelo ar. Se for confirmada a medida, danou de vez. Quem contrai o vírus tem dificuldade de respirar e até pode morrer por isso. Quem não foi contaminado vai ficar com medo de respirar? Então como fica a recomendação preventiva para abrir portas e janelas para ventilar o ambiente? Fecho tudo ou abro? Diante de tantas controvérsias e por mais precavido que possa estar, confesso que desde o início da pandemia esta informação me deixou confuso. A pergunta que fica é: quanto tempo o vírus sobrevive no ar?

Uma avalanche de informações vem sendo disseminadas principalmente pelas redes sociais (RS), que hoje é o veículo de informação de 52% da população. Nelas mora o perigo da desinformação através das “Fake News”. Uma mentira que circula nas RS alega que as autópsias feitas em cadáveres de vítimas da COVID-19 em Bergamo (Itália), deram conta que o vírus não é vírus e sim uma bactéria. Essa bactéria levaria a trombose e se não tratada como tal leva ao óbito. Até recomendam um tratamento simples através do popular “paracetamol” associado a anticoagulante. Especialistas brasileiros afirmam que a trombose pode ser consequência da infecção pelo coronavírus e não a única causa. Então, não repasse o vídeo com uma bandeira da Itália e explicações narrativas: é inconsistente!

Outro alerta foi feito pelo site “projetocomprava.com.br” sobre o vídeo divulgado pelo médico Ulysses JG Gomes que viralizou no Facebook. Afirma o site: O médico Ulysses José Guedes Gomes faz afirmações enganosas sobre a pandemia em um vídeo que obteve mais de 385 mil interações no Facebook até o dia 2 de julho. Na gravação, ele diz, entre outros pontos, que “nosso país continua fazendo esse alarde, aumentando o número de mortos, criando atestados médicos”. Erra ao dizer que o uso da máscara faz “acidificar o sangue” e, consequentemente, diminui o sistema imunológico. A conclusão é simples: USE MÁSCARA e se a contaminação também está no ar, não se separe dela.

Notícia verdade da semana chama atenção e nos traz mais preocupação, vem da pequena cidade italiana de Vo’ Euganeo de 3.200 habitantes. Após testarem toda a cidade, concluíram que 42,5% dos contaminados são assintomáticos. Com a mesma carga viral dos sintomáticos, eles foram considerados disseminadores do vírus. O estudo foi publicado na revista científica “Nature” no dia 30 de junho passado. Pesquisa da Universidade de Pádua na Itália, no mesmo local, mostra que testar todos os cidadãos, com ou sem sintomas, oferece uma maneira de gerenciar a propagação da doença e impedir que surtos fiquem fora de controle. Já o pesquisador da Universidade de Indiana (USA) afirma; “o estudo contribui para a compreensão da importância do isolamento social”. Penso que, se os assintomáticos não forem curados, a travessia será mais longa.

Mesmo tendo atingido o nível de estabilização no avanço do índice, a curva da pandemia tem diferentes estágios nas diferentes regiões do país. Nas pequenas cidades a curva de casos confirmados continua ascendente. BOA SEMANA!

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