Os efeitos da pandemia avançam pelo novo ano. O descaso para as recomendações de isolamento e higiene pessoal foram relaxados com os eventos de final de ano. O setor de saúde está em colapso em diversos estados brasileiro requerendo o envio de oxigênio por parte do Governo Federal. O programa de vacinação ainda não foi consolidado. As diferenças no entendimento sobre documentação e dados da CoronaVac apresentados pelo Butantan à ANVISA tem duas correntes. A do Laboratório paulista, que é produzir e iniciar a imunização antes do programa nacional de vacinação, capitalizando considerável ativo para o Governador João Dória e do outro lado está o Governo Federal que é quem vai pagar toda a conta e não renuncia aos ‘louros”. A politização da saúde está alongando o sofrimento da população.
No Brasil tudo que envolve dinheiro público desperta interesse considerável. Bilhões serão canalizados para Laboratórios de várias partes do mundo. No trajeto entre quem paga e quem recebe há uma generosa conta de comissões. Chegamos a 2021 com vários casos de desvio de verbas direcionadas ao combate da COVID-19. Os oportunistas estão roubando mais do que dinheiro, estão roubando vidas de inocentes.
Na economia, o agronegócio colaborou em 2020 com o superavit de 51,1 bilhões de dólares na balança comercial. Exportamos mais do que importamos e isso deve se repetir em 2021. Mas a pandemia está provocando efeitos desastrosos em outros segmentos. No início desta semana a Ford Motors anunciou o fim de um relacionamento com o consumidor brasileiro após 100 anos de atividades no país. As fábricas que operam no Ceará, Bahia e São Paulo encerrarão suas atividades nos próximos meses. Alegando reestruturação dos negócios na América do Sul, a montadora contabilizou perdas significativas nos últimos anos e que foram agravados pela pandemia, alta do dólar e retração da demanda. O desemprego atingirá 05 mil funcionários no Brasil e Argentina.
Também na última segunda-feira (11/01) o Banco do Brasil aprovou plano de reestruturação que trará como resultado a reorganização dos ganhos e eficiência operacional. Acho que as medidas anunciadas pelo Banco Estatal poderiam ser adiadas. Não é hora de aumentar o desemprego. Em 2019 o lucro do BB foi de 17,8 bilhões de reais e deve fechar o balanço de 2020 com lucro superior a 13,5 bilhões de reais. Mesmo com a queda, o lucro permite que medidas de otimização fossem adiadas. 112 unidades entre agências, escritórios e pontos de atendimento serão fechadas. Na conta dos desempregados contabilize-se 5.000 mil funcionários. Entendo que aperfeiçoar os sistemas e gerenciar custos deve ser ação permanente. O BB não deixaria de ser competitivo se o fizesse no tempo e na forma correta. Estão se valendo do clima pandêmico.
Sem baixar a cabeça vamos seguimos à espera da melhor vacina. Se não houver seringa/ agulha aceito tomar minha dose com gelo. O início da vacinação está parecendo a corrida do ouro no velho oeste americano. Quem vencerá: Durango Dória ou Messias Kid? O “bicho tá solto”, é bom se cuidar. BOA SEMANA!